Capítulo 14

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2 dias depois...

Nessa manhã recebi a ligação de Sasuke me perguntando se os preparativos do plano estão prontos, óbvio que menti e disse que só ficará tudo pronto daqui há uma semana e ele parece ter acreditado..

Eu realmente não quero o Sasuke lá, caso algo dê errado com meu plano, o meu primo é fácil de despistar caso eu veja algum tipo de perigo, se alguém tiver que morrer que seja eu, esse assunto é entre Deidara, Akatsuki e eu, e se for por mim cabeças irão rolar. Estou nesse momento ajeitando uma pequena mochila com umas roupas largas que irei usar durante a infiltração, nesse momento estou vestida com uma calça moletom e um casaco enorme preto, de tênis de mesma cor e também estou com uma peruca curta preta cobrindo meu cabelo rosa e lentes de contato castanho claro, Kai está com uma roupa parecida com a minha só que branca, e está usando uma peruca ruiva cobrindo seus cabelos loiros e lentes de contato azuis, cobrindo os olhos verdes que ele tem, iguais aos meus.. Claro minha tia que nos arrumou esses disfarces excelentes, quase não me reconheço no espelho

Estamos com tudo pronto, minha tia irá nos cobrir das câmeras de segurança do esconderijo da Akatsuki e dos homens da segurança deles, temos que entrar e nos misturar, vamos esperar o momento certo para começar a matar cada um dos homens da Akatsuki, deixarei o Deidara por último, para ser como um aviso, tenho certeza que isso vai deixá-lo amedrontado

Nesse momento já estou de mochila nas costas com Kai e dona Tsunade está nos sufocando com seus abraços

– Minhas crianças, cuidado por favor, não queiram me matar do coração, já não sou mais tão jovem – ela diz com a mão no rosto toda dramática

– Tia não se preocupe, vai dar tudo certo – falo com firmeza, minha tia me olha triste e preocupada

– Querida, realmente não quer que eu ligue e conte para os seus pais? Eu estou me sentindo horrível de estar escondendo isso deles, você está correndo um perigo enorme, Kizashi vai enlouquecer contigo, você sabe não é? Mas Mebuki será duas vezes pior – minha tia diz sussurrando a última parte, realmente minha mãe é assustadora quando é a última a saber das coisas, sei que vou levar esporro, Kaito sabem bem disso e já está rindo de mim antecipadamente, lhe dou um tapa na nuca o fazendo ficar quieto na hora

– Se eu demorar mais de 5 dias para sair de lá, a senhora liga pra eles e avisa, diga que eu os amo – falo com lágrimas nos olhos, minha tia me sufoca novamente

– Não se atreva a fazer esse tipo de discurso menina, eu jamais deixarei minha sobrinha morrer, não posso perder mais ninguém que eu ame, já sofri demais ao perder Jiraya – ela diz chorosa olhando pra mim e Kaito

– Eu prometo mãe, trarei meu girassol em segurança e a entregarei aos pais furiosos – Kai diz brincalhão querendo acabar com o clima triste e deu certo, acabamos rindo um pouco

Kai coloca nossas coisas no porta-malas do carro, pegamos um bem simples, um jeep comum, seremos viajantes, na cidade do interior onde está Akatsuki e Deidada, a cidade se chama Kyubi, não é achada em mapas, somente Kaito conseguiu encontrá-la pois meu primo consegue achar qualquer um que ele queira, coloco todas nossas armas nos bancos de trás, visto meu colete por baixo do casaco e ajudo Kai a vestir o dele, nessa cidade seremos um casal recém-casados viajantes, não dá pra sermos irmãos porque não nos parecemos, a única coisa que temos igual são nossos olhos que nesse momento estão escondidos pelas lentes

Kai dá partida imediatamente e seguimos cerca de 6 horas de viagem, é realmente bem longe do centro de Seul onde moramos, avisto ao longe uns portões abertos e uma placa escrito "Bem-vindos a cidade de Kyubi" Kai e eu nos olhamos e apertamos as mãos

Meu primo estaciona o carro no centro da cidadezinha e todos os feirantes param pra nos olhar um pouco, parece é novidade terem visitantes, mas logo todos desviam os olhares e voltam a seus trabalhos, antes de sairmos do carro, coloco minhas duas pistolas na cintura e coloco minhas facas e soco inglês nos meus bolsos, Kai também esconde suas pistolas e bombas em seus bolsos do casaco que são incrivelmente fundos, minha tia é incrível, pena que não dá pra eu carregar minha metralhadora e meu fuzil por aí, mas eles estão guardadinhos no carro no estacionamento da pousada onde Kai deixou o carro, ao se aproximar de mim, meu primo segura minha mão e começamos a encenação de um casal feliz, algumas pessoas vem nos cumprimentar e nos desejar boa viagem e outras ficam apenas nos olhando curiosas

Enquanto caminhamos pela cidade, vejo um homem em um bar sentado com a tatuagem de nuvem em seu braço, reconheci imediatamente um membro da máfia Akatsuki, chamei atenção de Kai e nós dois fomos para o mesmo bar, me sentei numa mesa próxima do homem que parece estar brigando com alguém ao telefone

– Eu sei Tenji das minhas obrigações mas que droga, não posso nem beber, tenho que ficar de olho se a vaca da Haruno chega a cidade, não fala assim da chefe da máfia tailandesa uma ova, ela só é uma patricinha metida a mafiosa, quero ver ela conseguir entrar nessa cidade sem eu saber, ela leva bala na testa antes disso, COMO ASSIM NÃO POSSO MATAR A HARUNO? O Deidara a quer viva? Pra fazer o que? Eu posso ser um assassino mas estuprador como esse doente eu não sou, vou ver se eu encontro a princesinha do chefe da máfia coreana Uchiha antes do Deidara e mato ela de uma vez, assim a coitada não sofre tanto – o nojento do homem diz enquanto sai do bar, quase quebro o copo em minha mão ao ouvir tanta barbaridade, Kai segura minha mão para eu não sair daqui e acabar com meu disfarce

Nós dois seguimos o homem discretamente, o mesmo vai até próximo aos portões da cidade vigiar, logo deduzi que ele é o responsável por quem entra e quem sai da cidade, olho pra Kai e assinto com a cabeça, nos escondemos atrás de um carro, coloco um silenciador na minha pistola e atiro na cabeça do cara, as poucas pessoas que passavam gritam assustadas, chamando atenção de outros membros da Akatsuki, vejo cerca de quatro homens aparecerem e checar se o nojento está vivo, como viram que não jogaram o corpo na mata, antes que os homens entrassem no carro deles, Kai atira na cabeça e peito de dois deles, os outros dois estão procurando de onde vem os tiros mas são burros demais para saber, atiro no peito dos dois e me escondo recarregando minhas armas assim como Kaito

Vejo os feirantes e moradores fecharem suas tendas e casas e deixarem as ruas quase desertas, Kai novamente segura minha mão e finge estar voltando assustado comigo até a nossa pousada, onde uma senhora gentil chamada Chyo nos recebe com um belo jantar, ela é tão boa, não quero que ela corra nenhum perigo, resolverei as coisas e sairei daqui dessa pousada, senhora Chyo não merece ser alvo de mafiosos por ser dona desse lugar

– Senhor Takane, cuide bem da sua esposa, não a deixe sozinha em nenhum momento, nesses dias essa cidadezinha está muito perigosa, eu soube que mafiosos entraram aqui e estão se escondendo, não entendo, aqui nunca tivemos essas coisas – dona Chyo fala ao Kai, claro que temos nomes falsos também, é uma pena aqui ser um alvo da máfia, mas não posso fazer muito

– Senhora Chyo não se preocupe, Hana está sempre ao meu lado nas nossas viagens, dificilmente nos separamos em algum lugar – Kai diz me abraçando de lado, fazendo Chyo nos olhar mais tranquila

– Dona Chyo, quer que eu te ajude a servir? – pergunto educadamente, afinal dona Chyo parece fazer de tudo aqui, isso é trabalho pesado pra uma pessoa na idade dela

– Claro senhora Hana, toda ajuda é bem vinda – dona Chyo responde sorridente, vejo outras mulheres também se prontificarem a ajudar, depois de me verem fazer isso

Assim que termino de servir os hóspedes, me sento para comer, sinceramente não sinto fome, estou preocupada em resolver logo esse assunto, se Sasuke e meus pais ficarem sabendo disso antes de eu voltar, terei problemas ainda maiores se eles resolverem vir até aqui, todos estarão em perigo

Kai alugou só um quarto, afinal somos "casados" dei graças ao ver que no quarto tem duas camas de solteiro, dona Chyo disse que era só juntarmos que virava uma cama de casal, nunca agradeci tanto por ter vindo a essa pousada, dividir cama com Kai é horrível, ele chuta os outros e ronca a noite toda, a última vez que dividimos cama tínhamos 8 anos e foi horrível, nunca tinha dormido tão mal na minha vida

– Kai, amanhã quero resolver isso de uma vez, precisamos acabar com tudo e depois de amanhã voltar pra casa, se Sasuke e meus pais souberem a coisa vai ficar preta – falo nervosa

– E você acha que não sei girassol? Também estou preocupado, se aquele Uchiha souber vai fazer escândalo e chamar atenção estragando todo o plano, fora tio Kizashi e tia Mebuki, vão estar uma fera e vão estar correndo perigo absurdo – Kai diz apreensivo, somente concordo com a cabeça roendo as unhas

Decidimos dormir e acordar bem cedo no dia seguinte, o dia será muito longo

A Princesa da Máfia UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora