Watch your back

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Dirigi-me ao carro e retomei o meu caminho para casa. Durante o curto caminho que tive de percorrer até casa não pude deixar de pensar nas palavras do meu superior. Hoje especialmente. Sei perfeitamente a razão que o levou a dar-me o dia de folga. Faz hoje quatro meses que o meu pai desapareceu durante uma missão. O que aconteceu? Quem é o culpado? São todas óptimas perguntas para as quais ninguém tem resposta. Na central já todos desistiram de procurar devido à falta de provas. Contudo, eu não consigo deixar de pensar no que aconteceu ao meu pai. Sempre tão cauteloso, organizado e um bom agente, isto não aconteceu por acaso... e eu vou descobrir tudo.

Estacionei o carro à beira da estrada em frente ao portão que dava entrada à minha casa mas sentia-me observada. Olhei em redor e nada,, a rua estava deserta. Devo estar mais cansada do que imaginava, o trabalho já me afeta. Entrei em casa e de novo a sensação de estar a ser vigiada tomou conta de mim. Que raio? Estou com a mania da perseguição.

Ainda tenho umas quantas horas até ao almoço é melhor deitar-me um pouco.

Tomei um banho rápido para me refrescar, estar horas num telhado com um tempo abafado como este não é fácil.

Após o banho tomado finalmente poderia repousar. Assim que me deitei tudo à minha volta apagou.



Acordei com o som do toque do meu telemóvel. Número privado? Que estranho.

- Estou?

Ninguém respondia

- Estou? –disse um pouco mais alterada.- Isto não tem piada.


- "Vigie as suas costas... Cuide-se" – ouviu-se do outro lado e de seguida desligaram


Mas que..? O que acabou de se passar? Isto intrigou-me. Seria uma mensagem?

Não vou dar grande importância até agora não foi nada de mais. Pode ser só uma partida na central, brincamos muito uns com os outros para não dar-nos em loucos com a seriedade e responsabilidade do trabalho que temos.

A minha vontade de fazer o almoço era pouca e decidi pedir uma pizza à muito que não encomendava comida, aliás há muito tempo que não tenho uma refeição de jeito.



- Boa tarde. Sim era uma pizza média se faz favor. Fiambre e carne picada. Sim obrigada.


Dei-lhes a morada e agora era só esperar. Enquanto esperava que o meu almoço chegasse. Olhei para a caixa onde estavam os ficheiros do meu pai, dados pessoas, missões, possíveis inimigos... Há uns dois meses que andava a pesquisar o sucedido.

Pego na caixa e tiro de lá o ficheiro mais recente. A sua última missão era apanhar um serial killer conhecido como a "Sombra". Era assim designado porque nunca deixava pistas, era impossível de localizar, era discreto e perigoso e apenas se ligavam os crimes que cometia devido à sua marca, um símbolo de dólar cravado na pele das suas vítimas. O meu pai desapareceu enquanto seguia uma pista do Sombra em Central Park. Perdeu contacto com a central e nunca mais se ouviu falar dele.

Perdida nos meus pensamentos ressalto quando ouço bater à porta.

Levanto-me e vou até à porta na esperança de ser a tão esperada pizza.

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