Império - Natasha Romanoff / you

Nova secretaria

Pov Natasha

acordo no meu apartamento sem realmente ter dormido direito após a madrugada um tanto perturbada que tive, após minha saída do apartamento de S/n pensei diversas vezes em dar meia volta e voltar ao apartamento, ter certeza que ela estava bem e se precisava de ajuda, mas acabei decidindo por ir para casa, que nesse momento ela apenas queria e precisava estar sozinha, eu entendia bem essa sensação

mas depois que deitei na minha cama não consegui realmente dormir até as 6 horas, parecia sentir um misto de tristeza e vazio, talvez um pouco de arrependimento, mas não sabia a que ligar esses pensamentos, a noite foi perfeita, estar com ela ao meu lado foi perfeito, eu não devia fazer isso não devia sentir isso mas a quem eu queria enganar? eu gosto dela, gosto bem mais do que deveria para algo que não passou de algumas noites, somos pessoas diferentes, com possíveis vidas diferentes, não sabemos nada uma sobre a outra e tudo que nos liga e, uma noite de bar

tentei espantar os pensamentos com um banho de agua gelada, era o que eu fazia quando as coisas saiam do controle, um banho bem longo de agua fria, entrar de cabeça nisso e deixar que todos os sentimentos e problemas escorressem pelo ralo, eu gostaria de dizer que estava tudo bem, que após aquele banho vi que estava enganada e que tudo não passava de um bobo sentimento de preocupação pela madrugada, mas ele ainda estava la, aquele sentimento ainda martelava em seu peito

então ela iria fazer o melhor que podia naquela tarde, cair de cabeça no trabalho e deixar que ele consumisse a sua vida em problemas, problemas esses que ela sabia como resolver, diferente do problema que martelava em seu peito

[...]

Pov narrador

assim que chegou no trabalho comprimento brevemente a amiga que chegou entusiasmada para perguntar sobre a noite anterior mas ao ver a expressão não tão contente da amiga acabou deixando aquilo de lado por enquanto, Darcy não a conhecia a muito tempo mas desejava que fosse a séculos, por que a amizade que ela tinha com Natasha era tão importante para ela quanto Natasha jamais imaginaria, não agora

Natasha foi até a sua pequena mesinha se surpreendendo que pela primeira vez desde que chegou ela não estava abarrotada com casos de gatos desaparecidos ou roubo de alguma lojinha local, parecia uma ironia do destino, no exato dia que estava preparada para se afundar de cabeça no trabalho e não pensar em mais nada o dia todo sua mesa estava limpa de casos

acabou se sentando respirando fundo e fechando os olhos por alguns segundos, se perguntando quando ela deixou que seus sentimentos ficassem tão confusos

abrindo sua gaveta puxou um caso que ela mesma havia guardado ali, um caso fechado que talvez, e com talvez ela queria dizer com certeza, que Steve não autorizaria que ela abrisse novamente, mas e como dizem, eu ja to na merda, o que mais poderia dar errado?

naquele caso muita coisa mas Natasha não deu muita bola para isso, sua estadia no lugar parecia estar com os dias contados e mesmo que não quisesse pensar na possibilidade de deixar a cidade tão cedo, não via muito futuro em continuar no lugar, quem sabe conseguisse levar Darcy com ela? não gostaria de deixar a amiga sozinha naquele lugar novamente

abrindo o envelope tirando algumas coisas de dentro, ela pode reler melhor cada detalhe do caso de Carol Danvers, empresaria muito bem sucedida e conhecida em todo país, empresaria a qual a policia jamais conseguiu colocar as mãos e desvendar os segredos por trás da grande indústria que comandava, imaginando que todas as outras delegacias fossem igual a que ela trabalhava ela poderia notar por qual motivo ninguém nunca a pegou no flagra, e se pegou, isso ficou em segredo por uma pequena quantia de dinheiro, tolos

devo ter passado mais de uma hora encarando os poucos papeis que investiam algum tipo de acusação a mulher, mas eu sabia que naqueles papeis em pequenas letras quase ilegíveis existia algo, algo que a levaria a resposta que ela tanto procurava, Danvers, ela não sabia dizer o porque, ou por qual razão sentia seu sangue ferver ao pronunciar aquela palavra, era como se algo dentro dela pudesse sentir, sentir que existia algo que ela não estava enxergando, Natasha odiava isso, odiava o fato de ter algo a frente dos seus olhos mas mesmo assim, ela não pudesse enxergar