A RAPOSA

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Eu não sou um cara de contar histórias, mas a que contarei é muito importante
para mim, então espero que gostem, bom ela tem início comigo uma pequena raposa que havia perdido meu pai esse que vivia no mundo do crime, meu pai foi morto por policiais, fiquei sabendo disso ainda pequeno, pois meu irmão mais velho que me contara havia visto tudo na época, esse irmão que já tão jovem tinha sido preso, já eu, bem que caminho acha que eu tomaria?

Eu estava com minha jaqueta sem mangas vermelha e meus cabelos deslumbrantes e grandes enquanto ficava com meus fones de ouvido deitado com os braços na carteira em aula, quando a diretora abre a porta e chama pelo meu nome e todos ali ficam me encarando como se eu tivesse feito algo de errado, no momento que saio a sala vira uma bagunça, mó barulhada, a diretora me caminha até sua sala o lugar tinha uma carpete verde uns livros em volta e em cima de sua mesa tinha um rifle de caça usado para caso a encrenca seja grande demais, mas não se preocupem no lugar de balas havia tranquilizante.

A diretora era uma cerva, sempre usava um colete marrom e gravata vermelha, sua beleza era descomunal, apesar da idade embora eu sempre a achei uma chata de galocha, alguns respeitavam pela sua beleza, outros por sua imponência, os garotos da escola sempre tinha sonhos molhados com ela, isso nunca rolava comigo eu de primeiro achei que era devido a ela sempre pegar no meu pé, depois achei que eu estava quebrado de alguma forma, por fim fui entender mais tarde qual era o meu caso, mas chega de enrolar ela veio falar algo para mim se lembram? Ela fala com o rosto sério e sereno para mim eu sentado naquela cadeira esperando pelo pior:

— Tá, o que você quer? E o que eu ganho com isso? — falo apoiando um dos braços na mesa, olhando para ela com cara de desgosto, claramente não querendo estar ali.

— Nada é apenas um favor para mim — ela fala estralando os dedos logo após isso, relaxando o corpo quase ao ponto de colocar as pernas na cadeira e olhando fixamente para meus olhos.

— Quer que eu faça um favor de graça? Pergunto tirando o braço da mesa e começando a bater o pé por impaciência.

— Mas é claro, leve isso como uma forma de cumprir um favor obrigatório por venda ilegal de jogos de azar na escola! Ela levanta a mão quase como se estivesse contando nos dedos.

— ééé... mas como você descobriu? — arqueei umas das sobrancelhas e deixei escapar essa frase sem querer.

— Tenho meus contatos — Ela dá um sorriso de leve enquanto coloca as mãos atrás da nuca e ficando ainda mais relaxada.

— Quer dizer, tem os seus X9s né?! — Falo rangendo os dentes enquanto olho para ela.

— Só ande logo, não o deixe esperando — ela fala batendo os dedos sobre a mesa claramente impaciente.

Eu então saí pela porta falando:

— Tá, eu faço esse favor logo de uma vez! — e fecho a porta.

Caminho pela escola bravo por ter que cumprir este favor, porém feliz por não ter que ouvir aquela aula, e pensativo de como poderia ser discreto na hora de vender da próxima vez.

Chegando lá eu me deparo com uma lebre ou um coelho, nunca soube a diferença entre os dois, ele é baixinho, possui olhos azuis, pelos de cor bege claro, camisa social branca, calça marrom, um colete azul e uma gravata borboleta também azul, ele olha para mim e pergunta.

— Olá! É... Sr. Seria você o responsável por me apresentar a escola? — ele fala meio acuado e com uma entonação de vergonha em sua voz.


— Sim, por onde você quer começar? — falo com os braços cruzados de uma forma que fica claro que aquilo não estava sendo divertido.

— Bem, você poderia me indicar um lugar? — Ele fala de forma trêmula, aparenta ainda estar envergonhado.

Olhei para ele tentando entender seus gostos, ele usava uma roupa formal e também trazia consigo um livro com o título "biologia de algo" não dava para ler direito, então deduzi que ele seria um daqueles nerds amantes de livros.

O Coelho e a RaposaOnde histórias criam vida. Descubra agora