Love Scenery - KTH +18

CAPÍTULO 2

- "Finalmente" - digo saindo da sala de aula, - "esta sentindo?" - pergunto a Mingi enquanto finjo sentir algum cheiro, - "Não?! o que?" - pergunta o mesmo tentando sentir algum cheiro no ar. - "o aroma da morte, minha sanidade morreu depois dessa aula" - respondo pondo as mãos na minha cabeça, uma de cada lado, - "a pelo amor de deus Jeyon!" - Min rir e me da um pequeno empurrão.

- "Que horas são?" - pergunto, - "12h, porque? ta esperando alguém sua safadinha" - meu amigo me olha com aquela típica cara de quem espera uma responda do tipo "hoje a noite eu irei dar...", caminhavamos para a saída da faculdade.

- "Para com isso Min, esta chovendo então o metro sempre atrasa duas estações antes de chegar aqui"- faço cara triste e então lhe pergunto - "não quer ficar aqui comigo esperando não?".

- "Desculpa yon" - responde retribuindo minha cara triste - "mas tenho aula de basquete, tenho exatamente 1 hora para me arrumar e ir" - diz olhando para o seu relógio de pulso. - "Tudo bem, bom treino gatinho" - pisco para o mesmo e aceno quando ele começou a se afastar.

Ainda chovia muito então tive que esperar dentro da própria universidade antes de ir para o metro. Minha bateria do celular estava descarregando então so me restava ficar observando as pessoas entrando e saindo pelas catracas da entrada da faculdade. Ate que o mesmo garoto do dia anterior aparece, obviamente estava todo molhado ja que tinha saído da chuva a pouco tempo, seu cabelo pingava e o mesmo passou uma de suas mãos por aqueles longos fios loiros os alinhando para trás.

Ok, talvez essa foi uma das poucas cenas mais excitantes que eu ja tenha presenciado pessoalmente, parecia que o mundo tinha ficado em câmera lenta por alguns segundos. Após todo esse evento apenas por uma passada de mão no cabelo, continuo observando o garoto e vejo que o mesmo não entrar pelas catracas com a sua digital (como todos os outros estudantes), ele entra com um cartão.

Pelo o que eu sei, so quem entra de cartão são os funcionários, porém ele tinha cara de ser alguém jovem, eu daria uns 22 anos no máximo. Será que estavam aceitando estagiários? Não acho que não, todos os funcionários daqui tem cara de 30/40 anos, como isso é possível? Talvez ele fosse então um aluno de outro faculdade e veio assistir alguma palestra então recebeu um cartão para entrar? Essa teoria faz mas sentido.

A chuva ja havia passado e eu finalmente pego o metro para voltar pra casa, ainda com a cena do garoto em looping na minha mente, como era possível alguém ter uma beleza tão memorável como aquela?

Chego em casa, mesmo cenário, mesmas obrigações e mesmas reclamações.

-" Chegou tarde" - disse o meu padrasto, não o respondi e continuei andando em direção ao meu quarto. - "Seu padrasto falou com você Jeyon, o responda!" - diz com rispidez, minha mãe. - "Ah? não ouvir" - mentir, realmente não queria brigar hoje.

- "Ela esta cada vez pior vida, deveriamos fazer algo a respeito" - fala meu padrasto para minha mãe, com a sua voz asquerosa e agonizante.

Apenas respiro fundo e entro no meu quarto, ligo meu fone e coloco a música no volume máximo enquanto tento controlar a minha respiração para não chorar.