27 - Leandro Paredes ⊗

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NARRADOR

Era dia 12 de junho, vulgo dia dos namorados no Brasil e para os católicos, véspera do dia de Santo Antônio — vulgo santo casamenteiro.

Como junho é tradicionalmente um mês de festividades no nordeste do país, Marquinhos e a esposa — com quem havia se casado há pouquíssimo tempo numa viagem dos dois à Cancún — estavam dando uma grande festa junina em sua fazenda na cidade natal da mulher, no interior da Bahia.

Leandro, que era argentino, desconhecia a cultura caipira, então estava super ansioso para experimentar tudo o quê o parceiro de time vinha falando há tempos sobre a culinária baiana, cachaças nordestinas e principalmente, as aventuras que o lugar poderia oferecer.

....

Eram quase 10h da manhã quando o jogador conseguiu chegar à fazenda, onde foi recebido calorosamente pelo amigo.

— Fala, seu puto! Até que enfim tu chegou! — Marquinhos disse empolgado assim que Leo adentrou à casa.

— E aí, cuzão! Beleza? — Leo falou animado e os dois se cumprimentaram com um abraço.

— Suave, pô! Pensei que tu tivesse se perdido, porra! Demorou pra caralho! — O anfitrião disse ao se soltarem e os dois riram.

— Porra, umas estradas ruins pra cacete pra chegar aqui! — O argentino exclamou indignado.

— Te avisei, né caralho? Isso aqui não é Paris não, porra! — Deram risada e foram andando para o interior da propriedade.

S/N

— Deixa eu te apresentar: Essa aqui é minha sogra, dona (S/Mãe), e aquela que tá ali no fogão que é a minha esposa, S/N. — Ouvi a voz do Marcos e me virei para ver quem estava entrando com o meu marido na cozinha.

Acabei me deparando com Leo Paredes, um de seus amigos mais próximos e companheiro de time.

Por causa da rapidez que as coisas se deram no meu relacionamento, eu ainda não havia tido a oportunidade de conhecer pessoalmente nenhum amigo do Marcos antes. Enquanto Paredes cumprimentava a minha mãe, observei-o atentamente, mas logo percebi que não havia sido uma boa ideia. Meus olhos se perderam em seu rosto e eu me arrependi mais ainda quando decidi baixar o olhar, me hipnotizando ainda mais ao reparar em seu corpo másculo e totalmente definido.

Leo era alto, forte, tatuado...

Tinha uma cara de bravo que... Misericórdia!

Puta que pariu! Que homem é esse?!

Discretamente, balancei a cabeça para disfarçar meus pensamentos impróprios com o jogador antes que seus olhos encontrassem os meus.

Não deu tempo, ele me pegou no caminho e seus olhos sobre mim eram tão penetrantes que me fizeram desviar o olhar em poucos segundos.

Mas, tempo o bastante para que me invadisse.

O jogador me analisou de baixo à cima, me avaliando minuciosamente e fazendo eu me sentir como se estivesse nua, à mercê.

Me senti totalmente intimidada, então tratei logo de me direcionar ao argentino pra desviar sua atenção.

— Olá! — Pus o pano de prato que estava em meu ombro sobre mesa antes de finalmente dar alguns passos para me aproximar dele, que estava perto da minha mãe e do Marcos. — Sou a S/N, prazer! — Sorri amigavelmente e limpei as mãos suadas num avental antes de estender uma delas para cumprimentar o jogador.

Imagines || Atletas ¹Onde histórias criam vida. Descubra agora