Capítulo 2

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Changbin mal consegue olhar Minho nos olhos durante sua próxima sessão de estudo. Ele tenta controlar seus pensamentos, mas assim que vê Minho e os mais velhos sorriem deslumbrantemente para ele, ele espirala tudo de novo.

"Espero que você tenha estudado na minha ausência?" Minho pergunta como forma de cumprimentar, abrindo seus livros.

Changbin acena com a cabeça. Ele estudou, mas mal consegue se lembrar de nada. É como se sua mente tivesse se transformado em uma poça, em todo um sonho.

Ele se sente mal, seu estômago se enrolando de culpa toda vez que Minho envia outro de seus sorrisos inocentemente doces. Como sua mente poderia ter conjurado coisas tão sujas sobre alguém como o Minho? Minho provavelmente nunca se ofereceria para orientá-lo novamente se soubesse que as imagens piscam na mente de Changbin à medida que passam por diferentes problemas.

Changbin se muda em seu assento, orando silenciosamente para que seus pensamentos voltem ao normal. Infelizmente, Minho percebe sua inquietação, pausando e consertando Changbin com um olhar curioso.

"Você está bem?" Minho pergunta, lábios com bolsa.

"Sim, desculpe", Changbin pede desculpas com uma risada. Parece forçado aos seus próprios ouvidos. "Apenas um pouco nervoso para o teste de amanhã, eu acho."

"Ah, entendi," Minho cantarola. Ele empurra os óculos, que começaram a cair fofamente pelo nariz. "Bem, você parece conhecer o material agora. Acho que se você ultrapassar os nervos, ficará bem para o teste amanhã."

Changbin olha para o papel de rascunho na frente dele. É verdade, ele passou por muitos dos problemas até agora, com alguns erros desajeitados no meio. Ele simplesmente não sabe como deve fazer um teste como esse, lutando contra seus nervos e seus próprios pensamentos blasfemos.

"Espero que sim."

"Você parece muito tenso", observa Minho. "Por que não fazemos uma pausa e vamos a algum lugar? Você gosta de café?"

Changbin pisca para ele. "Café?"

Ele não sente falta da maneira como as orelhas do Minho começam a manchar de vermelho. "Sim. Só para fazer uma pequena pausa mental e relaxar esses nervos. Não adianta estudar se você não consegue se concentrar." Ele hesita por um momento, sorrindo tímido. "... Por minha conta?"

Changbin realmente não deveria passar mais tempo com o Minho do que o necessário. Não com todos esses pensamentos constantemente aparecendo no fundo de sua mente. Mas, ao mesmo tempo, a ideia de café parece boa e inocente o suficiente. Certamente ele pode controlar seus pensamentos para uma pequena pausa para o café.

Além disso, não é culpa do Minho que a mente de Changbin tenha decidido se voltar contra si mesma. Ele não deveria recusar um gesto tão gentil por causa de suas próprias falhas.

"Claro", concorda Changbin, lábios se levantando para devolver o sorriso de Minho, que se amplia consideravelmente com sua resposta. "Café parece bom."

Eles arrumam suas coisas e saem da biblioteca, Minho levando-o pela rua até um pequeno café. Eles pedem suas coisas e, apesar de Minho ter dito antes, Changbin tenta protestar quando Minho retira seu cartão para pagar.

"Saíbilo", diz Minho, passando o cartão e pagando antes que Changbin possa impedi-lo. "Eu te disse, por minha conta."

Changbin suspira e desiste, ambos sentados em uma mesa perto de uma janela até que suas bebidas cheguem. Ele se desloca um pouco em seu lugar, imaginando o que dizer ao Minho. Como ele pode iniciar uma conversa que não é sobre cálculo?

Me quebre e me construa de novo | Minbin (Stray Kids)Onde histórias criam vida. Descubra agora