CAPÍTULO 02

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ZEUS MARINO

- Acorda idiota. Nem parece que é pontual - Ouço a voz do meu irmão ecoar pelo meu quarto.

Abro meus olhos lentamente, olhando Eros andar pelo meu quarto como se fosse dele.

- Quando vai parar de invadir minha casa porra? - Pergunto com raiva. Eros é um intrometido.

- Nunca. Somos irmãos, é a minha obrigação fazer da sua vida uma puta diversão - Eros responde com esse sorriso que eu detesto.

Eros é meu irmão do meio, ele é sorridente demais, muito elétrico, juro que não sei a quem ele puxou.

- Para de mexer nas minhas coisas! - Reclamo vendo ele abrir meu closet - Não importa quantas vezes eu diga ao porteiro pra não te deixar subir, você sempre entra aqui como se fosse o dono - Falo.

-Seu Afonso me ama, no fundo ele sabe que isso é apenas besteira sua - Seu Afonso é o porteiro que deixa esse idiota subir - Sabe irmãozinho, você tem ótimos ternos, acho que a mamãe te mima demais - Fala experimentando um terno meu.

Vou até ele com muita raiva, fecho meu closet e arranco o terno da sua mão.

- Larga de ser abusado. Você tem dinheiro suficiente pra comprar suas próprias roupas e o que diabos a nossa mãe tem haver com isso? - Falo indo até o banheiro, bato a porta, se eu não fizer isso, é capaz do Eros entrar e ficar me enchendo o saco.

Ouço ele dizer algo, mas não respondo, as vezes é melhor se fazer de surdo ao lado dele.

Faço minhas higienes pessoais, tomo um banho demorado na esperança de quando eu sair do banheiro o Eros já tenha ido embora, mas é em vão, ele continua aqui.

- Não sei porque você acha que pode se livrar de mim! - Fala sentando na poltrona do meu quarto.

- Sai do meu quarto, preciso me trocar, a num ser que você queira me ver nu - Ameaço abrindo um pouco a toalha que está em volta do meu corpo.

- Deus me livre. Eu preciso dormir de noite, essa visão acabaria com a minha inocência - Diz levantando, saindo do meu quarto.

Inocência? Como se esse bastardo idiota tivesse.

Visto meu terno preto usual, sou um homem muito sério, não gosto de cores e muito menos sorrisos, detesto pessoas bajuladoras. Não uso roupas de dia a dia, na verdade, acho que nunca usei uma calça jeans e camiseta, não para sair. Coloco meu sapato social, relógio, pego meu celular e saiu do meu quarto.

Assim que chego na sala da minha casa, vejo Eros todo espaçoso deitado no meu sofá. Eu juro que ainda vou matar ele.

- Oi Garoto! - Passo a mão na cabeça do meu cachorro, cérbero.

Cérbero é um American Bandogge, ele cresceu em um ring de lutas clandestinas, o antigo dono dele era um miserável. O castigou tanto que ele ficou cheio de cicatrizes. Cérbero é um bom cachorro, obediente e muito leal. Por ter o corpo coberto de cicatrizes, as pessoas têm medo dele e eu acho isso bom, não gosto que cheguem muito perto dele.

- As vezes sinto que o Cérbero não gosta de mim, ele sempre ameaça me atacar! - Meu irmão diz nós olhando.

- Que pena que eu não tenho essa sorte, ele me faria um grande favor - Falo indo até o cozinha - Por que invadiu minha casa às 07h da manhã? - Pergunto preparando uma xícara de café para mim.

- Simples, negócios irmão - Fala vindo até a cozinha - Faz uma xícara pra mim também - Pede.

- Você é muito abusado sabia? - Reviro os olhos pra ele - Que tipo de negócios? Não me lembro de nenhuma reunião hoje - Digo.

A BELA MULHER DE ZEUSOnde histórias criam vida. Descubra agora