Your Starry Soul - JIN

>>❷❾<<

↳SEOKJIN'S POV

— Nini! — Acenei para ela que correu até mim com um sorriso no rosto. — Pensei que você não fosse mais sair da escola. — Brinquei e ela sorriu.

— Desculpa, eu me empolguei conversando com as garotas no vestiário. — Colocou as mãos para trás e balançou o tronco para direita e esquerda de modo ritmado.

— Vamos então? — Estendi a mão para que ela segurasse e assim ela o fez e saímos para tomar sorvete como havíamos combinado durante nossa conversa de madrugada.

Ao chegar no estabelecimento simples e afastado do centro da cidade, sentamos na calçada e ficamos conversando sobre nossas vidas pessoais e coisas da escola.

— É sério? — Falou com surpresa.

— Sim, inclusive que horas são agora? Eu preciso ir para o evento político onde minha família vai estar. — Suspirei chateado.

— Eu também tenho que ir a um evento político agora... — Olhou para o celular e mostrou a tela de bloqueio me permitindo ver o horário. — Espera... — Parou por um momento. — É o mesmo evento?

— Oh, eu não havia pensado nisso. — Falei me sentindo surpreso.

— Qual é o partido que sua família apoia? — Perguntou.

— PB Korea. — Respondi lembrando o verdadeiro motivo de minha família "apoiá-los".

— Infelizmente meu pai é o homem que concorre para prefeito nesse partido há doze anos e sempre ganha. — Ela solta um suspiro parecendo um pouco triste. — Jin, eu preciso dizer uma coisa sobre meu pai... — Me encarou.

— Pode falar, Nini. Prometo que independente do que for, eu não deixarei você. — Tentei passar segurança para ela e segurei em sua mão esquerda que estava apoiada sobre seu joelho.

— Jinnie... Meu pai não é o homem que parece.

Sim, Nini. Eu sei que não é... Se ele fosse, não teria traído a amizade do meu pai e matado meu irmão. Infelizmente eu não quero que você saiba disso e acabe machucado seu coração ao saber que seu pai é um monstro. Imagino que ele possa machucar outras pessoas pois não significam nada para ele, mas ele não machucaria a própria família. Certo?

— O que você quer dizer com isso? Sobre ele não ser uma boa pessoa? — Questionei preocupado com ela.

— É que... — Pareceu pensar bem no que falar e soltou um suspiro contido para continuar sua fala. — Ele só pensa nele mesmo, não se preocupa de verdade com a família. Só sabe ser amável quando estamos em eventos e frente as câmeras. Ele é uma fraude. Não queria que sua família apoiasse ele. — Baixou a cabeça.

— Tudo bem, nini. Eles tem uma razão mais que valiosa para apoiar, acredite em mim. — Acariciei sua mão e lhe mostrei um sorriso que demonstrasse que tudo estava bem. — Quero que você saiba que pode contar comigo para qualquer coisa, independente do que seja. Até mesmo se precisar de ajuda para dar fim em um corpo. — Falei a última frase baixinho para que somente ela escutasse e sorri para não deixá-la tensa.

— Vou me lembrar disso. — Sorriu também.

No momento seguinte sentimos gotas de chuva caírem sobre nós, então nos levantamos terminando de uma vez o nosso sorvete que já tinha virado água. Jogamos os copinhos em uma lixeira próxima e infelizmente fomos molhados pela chuva repentina que havia se tornado mais forte enquanto voltávamos para onde deixamos o carro estacionado.