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🍷Sofya Plotnikova🍷

Sentada em uma das espreguiçadeiras que haviam perto da piscina, meus olhos devoravam cada palavra daquelas folhas intituladas "O Lado Feio do Amor" de Colleen Hoover.
Minha atenção se desvia um pouco do livro e se volta ao carro de Bailey que acabara de estacionar em casa.

O moreno sai do carro e vem até mim, com seu típico outfit: camisa social branca, calça social preta, sapato preto e óculos de sol.
Ele estende a mão para mim e me ajuda a levantar, segurando minha cintura e me beijando em seguida.

Ele se senta onde eu estava sentada e me puxa para sentar em seu colo, assim que ja estava aconchegada em suas pernas eu começo a passar a mão em seus fios lisos e castanhos e conversar com ele.

"E como foi na empresa hoje?" - Pergunto-o.

"Meio estressante. Aqueles funcionários não sabem fazer nada direito, não é possível!! Tem muitas coisas atrasadas na empresa, por descuido deles." - Em seu tom de voz dava pra perceber o quão estressado estava, o que não era tão bom.

"Fica calmo meu amor!! Vai dar tudo certo, sempre da, você é o Bailey May, sempre consegue o que quer." - Sorrio para ele.

"Tomara que você esteja certa viu, porque não da pra ficar me estressando o tempo todo. Mas enfim, podemos falar de outra coisa?" - Ele me olha cansado e pega na minha mão, entrelaçando nossos dedos.

"Na verdade tem algo que eu queria falar com você..." - Digo com receio.

"Pode falar Sofy." - Ele fica esperando para ver o que eu iria dizer.

"Então, sei que a gente nem casou ainda... Mas eu tava pensando, você alguma vez ja parou pra pensar sobre filhos? Porque eu sempre tive vontade de ser mãe de pelo menos uma criança sabe?" - Passo minha mão em seu cabelo novamente.

"Ter filho é a última coisa que eu quero no mundo pra ser bem sincero Sofya, não me vejo sendo pai, não tenho jeito pra isso... E acho que em um certo ponto uma criança ia atrapalhar bastante." - Ele diz com um tom sarcástico que me irrita um pouco.

"Por que uma criança iria atrapalhar?" - O olho confusa.

"Pensa só... Ela poderia me atrapalhar em relação ao trabalho caso algum dia eu tivesse que trabalhar em casa; nós iamos precisar tomar o dobro de cuidado durante a sua gestação; eu ia ter que ficar atento a todos os seus desejos; provavelmente ia ter que ficar sem trabalhar nos primeiros meses de vida do bebê pra te ajudar; daria muito trabalho, sem chance." - Agora o tom de Bailey era mais sério, chego a ficar incrédula com o que ele fala.

"Que?? Bailey, em nenhum momento eu falei que viraria uma pessoa 100% dependente de você. Sim, seria bom receber um pouco mais de atenção, mas não é como se o mundo fosse acabar também né!!" - Saio do seu colo.

"Eu entendo que você quer ser mãe, mas eu não quero ser pai!!! Nada vai mudar minha cabeça Sofya, desculpa." - Ele diz seco e se levanta de onde estava sentado.

"Não é sobre isso Bailey, é sobre você falar que tudo o que aconteceria seria culpa de uma criança, sendo que a única coisa que você realmente se importa é a droga da empresa, as vezes até parece que é noivo da sua empresa invés de ser meu noivo." - Ele ri ao me ouvir falar essas coisas, como se eu estivesse louca ou algo assim.

"Sofya entenda uma coisa, uma criança traz sim mais trabalho para as nossas vidas ok? E caso você não tenha percebido, é 'a droga da empresa' que faz com que você viva tão bem." - Bailey se gaba insinuando que eu vivo as suas custas.

"Ah por favor né Bailey, você sabe muito bem que o dinheiro que eu uso é o dinheiro que eu ganho com as roupas que faço e vendo online. E quem vive na boa é você, porque afinal, quem tinha casa pronta e mobiliada na Itália era sua noiva né e não você." - Digo em tom sarcástico.

"Quer saber, foda-se o que eu quero né? É você que importa." - Entro dentro de casa, cansada de discuções.

"Qual é Sofya, não da pra você parar de ser mimada e entender o meu lado?" - Ele entra atrás de mim.

"Ta bom Bailey, sem filhos, ja entendi. Podemos parar de brigar agora?" - Digo indo até a cozinha e pegando um copo d'água.

"Estamos brigando por sua culpa, você que quis falar sobre isso." - Bailey me segue até a cozinha.

"Ta bom, então agora eu não quero mais falar disso okay? Chega, não quero brigar mais." - Me viro pra ele e ele fica olhando.

"Ta." - Ele me olha com indiferença e vai pra fora de casa, entra no seu carro e da partida.

Mais um dia, mais uma briga. Juro que não entendo o que acontece que eu e ele brigamos tanto ultimamente, desde que chegamos na Itália é briga atrás de briga, não temos paz nem um minuto.
Sei que muitas vezes ele sente ciúmes de Noah, mas ele precisa agir dessa forma por conta de um amigo meu?

Falar daquele jeito de uma criança, como se fosse o maior peso do mundo em nossas vidas, simplesmete não faz sentido.

O que eu menos queria estava acontecendo, eu estava encostada na pia da cozinha e lágrimas escorriam pelo meu rosto. Não estou chorando pela discução, mas sim pelo fato dele não querer filhos.
Talvez ele esteja certo, sobre eu ser mimada em relação a isso... Mas eu sempre quis ser mãe, sempre planejei ter filhos, nem que fosse só um.

Ai quando o seu próprio noivo vem e fala que não quer filhos, que não vamos ter, porque uma criança só atrapalha.
Isso dói demais de ouvir, porque eu sei que não é bem assim que funciona.

E essas minhas brigas com o Bailey, as vezes até me fazem pensar se estou fazendo a coisa certa de me casar com ele, porque por mais que eu queira isso e ame ele, não parece certo as vezes.

Continua...

Gente, se vcs puderem sempre comentar pelo menos o que acharam do cap, me ajudaria muitoo!! Porque nunca sei se estão gostando da fanfic ou não.

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