⚜Prólogo⚜

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Melissa Sanches

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Melissa Sanches

Seis  anos antes

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Olho pela grande janela da mansão Castro, paro um pouco atrás das cortinas grandes enquanto meus olhos se perdem na extensão do local. Vários carros entram pelos grandes portões, pessoas elegantes saem deles e seguem para a sala ao sul do jardim. 

Uma grande festa está acontecendo lá, ouço a melodia clássica de onde estou. Porém, jamais me atreveria a sair e ir conferir, mesmo com a curiosidade aguçada!

Mesmo tendo apenas 11 anos sei bem como esse trabalho é importante para a minha mãe, não arriscaria isso por nada. Há muito tempo ela já trabalha na casa dos Castro, uma grande e poderosa família. Sempre que venho ajudá-la aos fins de semanas vejo como se dedica no seu emprego, e ao contrário do que muitos imaginam, me orgulho muito dela por isso!

Vi de perto a luta dela para ajudar na nossa casa, ajudar o meu pai... ele trabalhava muito e nunca deixou nada faltar para nós, mas desde que descobriu aquele glaucoma qual custou sua visão, ficou impossibilitado!

Lembro-me bem de ouvi-los conversando a noite, de ouvi-lo chorando e minha mãe o amparando. A doença chegou sorrateiramente e quando ele buscou os devidos cuidados, já era quase irreversível. Contudo, ainda surgiu uma esperança no fim do túnel. 

Mas ninguém disse que seria fácil!

Uma cirurgia poderia ser a esperança para nós, mas o valor que precisa ser pago é bem alto. E aqui estamos nós, economizando, trabalhando e lutando para quem sabe... poder nos reerguer!

Todos juntos!

― Ei! 

Tomo um susto e giro meus calcanhares lentamente, mas quando meus olhos chegam na porta da entrada um sorriso se forma em meus lábios.

― O que faz aqui? ― digo colocando minhas mãos para trás evitando que Bruno veja o pano de limpeza nelas ― Não devia está lá?

Aceno para a janela, ele revira os olhos e se aproxima.

― Para com isso, sabe que odeio esses eventos. ― murmura e se senta desajeitadamente no sofá ― E achei que sua mãe já te dissesse que não queria você fazendo isso!

Ele acena para o balde próximo de meus pés, solto o ar dos meus pulmões pesadamente e me sento ao seu lado. Bruno é o filho dos Castro, um moleque bem inteligente, e um amigo que nem imaginei que conseguiria quando comecei a visitar esse lugar. Não com o filho dos patrões de minha mãe. 

Eu sempre achei que ele seria metido, uma criança mimada e pé no saco. Mas agradeci por estar enganada!

― Só estava querendo ajudá-la. ― respondo e dou de ombros ― Se terminarmos tudo a tempo podemos chegar mais cedo em casa hoje!

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