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Capítulo onze

(Esse capítulo é bem triste, mas ele é importante pra história. Não esqueçam de votar nos capítulos!! Boa sorte, vocês vão precisar).

9 anos atrás:

Faltavam algumas horas para a formatura e Harry estava ansioso. A formatura em si foi de tarde mas a festa seria agora.

Harry já sabia o que iria fazer da vida. Ele quer ir para Londres fazer faculdade de música, até porquê escrevia e queria mostrar para o mundo suas canções.

Anne ajudava o filho a se arrumar e Louis se arrumava sozinho, já que recusou a ajuda de Anne.

Eles foram para o carro e a mulher os largou na frente da escola.

—Eu estou orgulhosa de vocês, amo muito os dois- a mais velha falou chorosa.

—Mãe!! Vai chorar de novo?

—Eu só estou muito feliz- Harry sorriu, deu um beijo em sua mãe e desceu do carro- tenha uma boa festa, os dois!!

E seria uma festa, mas não boa.

A festa estava muito boa, a decoração era roxa com glitter, também tinha um Dj, bebidas (sem álcool mas os alunos deram um jeito nisso) e pista de dança.

Harry dançava animadamente com seus amigos de classe quando viu Louis saindo da quadra, que era onde a festa estava acontecendo.

—Ei Louis!- Harry disse indo correndo atrás do outro- eu queria me desculpar pelas coisas que eu falei aquele dia. Eu fui um idiota, eu sei.

—Harry eu-

—O que tá fazendo, Tomlinson? Vamos logo- um dos meninos do time de basquete apareceu. —Falando com esse viadinho?

—Se fala gay, Spancer. Vê se aprende alguma coisa- Harry disse bravo encarando o outro.

—Eu consegui uma bolsa, Styles. E você? Preparado pra cantar na praça e ganhar alguns trocados?

—Vai a merda.

—uh, ficou bracinho?- o outro disse sorrindo —Quer se divertir com a gente?

—Deixe-o fora disso, ele é muito fraco pra essas coisas- Louis falou puxando o braço de Spancer pra longe dali.

—Não, eu quero ir.

—Louis, o menino quer ir.

—Não Harry, você não vai- Louis falou colocando a mão no peito do outro, segurando ele no lugar.

—Você não manda em mim!- Harry disse se esquivando das mãos do outro.

—Deixe o menino ir, ele quer tanto- Spancer falou sorrindo e puxando Harry para uma sala. —Olhem quem eu trouxe, ele insistiu.

Quando Harry entrou na sela se arrependeu inteiramente. Todos os jogadores estavam lá dentro o encarando e sorrindo maldoso.

—O viadinho?- um dos meninos do time perguntou.

—É gay- Spancer disse debochado.

—Já fumou maconha, Styles?

—Não e-eu...

—Você quer?- Harry negou com a cabeça. —Quer beber?

—E-eu acho que sim.

—Não precisa ficar nervoso, princesa- um dos meninos disse e os outros seguraram uma risada.

Harry não viu Spancer preparado sua bebida, mas Louis viu.

Louis viu Spancer colocando uma quantidade tão grande de Flunitrazepam que podia dopar um cavalo.

—O que caralhos você tá fazendo?

—Calma Tomlinson, só vamos nos divertir um pouquinho. Relaxa aí cara- ele disse se afastando e indo até Harry. —Toma aqui.

Harry virou o copo.

Alguns minutos passaram e o menor não conseguia se levantar, muito menos falar.

—Tá ouvindo Harry?- o menor escutava uma voz, com várias risadas no fundo e tudo estava girando.

—Ele tá chorando?

—Que viadinho de merda!!

—O que a gente pode fazer?

—Coloquem ele na cadeira giratória e prendem as mãos e os pés com fita.

Assim foi feito. Harry foi posto e preso numa cadeira giratória, cada um o rodopiava de uma vez.

—Gravem ele!!- Harry não sabe dizer se gravaram, pois ele não conseguia ver nada.

Eles riam, cuspiam e jogavam a cadeira de um lado para o outro.

Louis não o ajudava, ele não participava, mas também não falava nada para impedir os jogadores.

Harry não entendia, por que Louis não o ajuda e tira ele dali?

Por que ele está deixando que façam isso com ele? Dói.

—Deve estar se perguntando por que seu amiguinho não ajuda, certo?- alguém cochichou em seu ouvido. —A ideia foi dele, inclusive me viu colocando algumas coisinhas na sua bebida.

Harry estava quebrado.

Seu coração se desfez em mil pedaços, e ele sabia que não tinha concerto.

Aquilo doeu muito. Mas ficou pior. Os giros param, todos saíram e Harry ficou lá sozinho.

Sua cabeça latejava e ele vomitou em cima de si mesmo, mas não tinha ninguém pra ajudá-lo .

Ele ficou lá, sozinho, tonto, vomitado, até amanhecer e alguém da limpeza o soltá-lo. O zelador não questionou nada, pensando que era apenas  uma brincadeira.

Harry não deu queixa. Ele foi embora de táxi e a tontura ainda não tinha passado.

Muito menos a dor no coração.

~*~

Harry saiu do quarto só no outro dia.

Sua mãe perguntou como tinha sido a festa e ele com um gosto amargo na boca respondeu que havia sido boa.

Nessa mesma manhã Louis atirou suas coisas pra fora de casa e enfiou num táxi. Harry não olhou na sua cara, ele não olharia nunca mais.

—Louis, onde você está indo?!?-Anne perguntava assustada.

—Embora.

—Pra onde?

—Voce não é minha mãe, isso não te interessa.

—Querido, por favor, não seja assim...fale comigo.

—Falar o que Anne?!? Eu estou indo embora e não vou voltar mais, nunca mais e é isso.

—Não faça isso, nós precisamos de você aqui.

—Vocês não podem me ter por perto.

E ele foi embora.