֗ .⋆ 🕹'. - Josh Beauchamp ꒷ ˖ ๋⊹ ⌕. ࣪˖ ﹏﹏ point of view. ݁あ'.
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Apresso meus passos e adentro a escola indo direto para a sala. Me sento na última cadeira da parede. Coloco meus fones de ouvido e fico esperando dar o horário para começar a aula.
Aos poucos os alunos vão entrando na sala, mas como sempre, a garota rouba toda a minha atenção. Seus cabelos medianos cacheados presos no alto, os olhos castanhos e escuros; seu sorriso.
Eu a conheço a 8 anos, mas a mesma não me conhece. Estudei com ela em praticamente todas as turmas de todos os anos. Posso dizer que sou apaixonado nela...
Any, mudou-se para a casa ao lado da minha a alguns anos, sempre a via brincar com garotos parecidos com a mesma, mas eu não podia sair por causa da Úrsula.
Úrsula no caso é minha mãe, ou melhor, minha progenitora. Ela é uma pessoa ambiciosa, tanto que quando meu pai morreu, ela fez de tudo para tentar pegar a herança que o mesmo deixou para mim. Mas não foi possível. Então a mesma começou a "trabalhar", ganhar muito dinheiro, o resultado disso são as coisas luxuosas espalhadas pela casa onde eu moro.
Levanto meu olhar e encontro a garota me olhando com o cenho franzido, quando a mesma me vê, desvia o olhar me tirando um sorriso mínimo.
Estou fazendo algumas tarefas escolares quando o barulho de chuva começa. Tento ignorar mas as lembranças não ajudam. Com custo, consigo me encostar na porta com a respiração acelerada, e mãos nos ouvidos.
A janela está aberta e próxima a mim, me arrasto até o canto oposto ao que eu estava, me encolhendo ali. Escuto a porta da frente ser fechada e o barulho de carro se afastando, significando que Úrsula já foi.
Escuto a porta do meu quarto ser aberta mas não levo meu olhar até lá, vejo uma figura morena ir até a janela e fecha-la, logo vindo em minha direção.
- Oi - diz dando alguns passos - Sou Any - continua - somos colegas de turma, e neste momento acabei de descobrir que somos vizinhos.
Ela me estendeu a mão, olhei para ela que deu um sorriso. Segurei sua mão sentindo um arrepio quando sua pele quente se chocou com a minha que está fria.
- O que faz aqui? - consigo perguntar, baixo.
- então, eu meio que vi você pela janela. Como sou muito preocupada, vim aqui para tentar te ajudar - responde sem graça me ajudando a levantar.
- como entrou? - pergunto novamente.
- uma mulher abriu a porta, disse a ela que iria pegar a bolinha do meu cachorro que sem querer deixei cair aqui - diz.
