Joyce Gracie iniciaria no ensino médio dentro de dois dias. Sentia-se nervosa, pois sua melhor amiga Beatriz havia se mudado para o Alaska e a não acompanharia nesse processo.
Joy, como era chamada pelo pai e pelos poucos amigos, era uma garota de personalidade forte, que usava jaquetas de couro, um cabelo curto e lábios vermelhos que não se rendia a grupos e pressões sociais. Por isso andava com apenas algumas pessoas na escola, a escória da escória. Sua melhor amiga era uma garota durona que sempre entrava nas brigas dela e a protegia de apanhar, afinal ela era uma garota baixinha e encrenqueira que sempre acabava perseguida pelos garotos mais velhos por simplesmente não cair nas provocações deles e reagir.
Mas agora era diferente, Beatriz não estava mais lá.
...
“Joy, minha querida. Você vai se atrasar para a escola." Disse o pai dela em uma manhã chuvosa.
Na pequena casa deles, moravam só os dois desde de que sua mãe fugiu com um cubano bonitão. O senhor Jaime era um homem bom, mas que não tinha ideia de como cuidar de uma menina sozinho, mas vinha tentando com vigor. Ele era mecânico, um homem simples com uma barriguinha saliente e um vício enorme em basebol, mas que Joyce amava muito.
“Já vou, pai!” gritou Joyce do quarto.
Ela levantou, foi ao banheiro, escovou os dentes e o cabelo. Pegou uma roupa que estava embolada em um canto no quarto e vestiu. Não faltou é claro que a sua jaqueta de couro que havia sido presente de Bia, então ela passou o mesmo batom de sempre, passou na cozinha e pegou um bacon que seu pai havia frito para o café da manhã e saiu com a sua bicicleta para o seu primeiro dia no ensino médio.
...
No caminho ela passou por um grupo de meninos que começaram a chamar por ela, ela conhecia alguns dos meninos, era eles os que implicavam com ela no fundamental, e outros dois mais velhos, um que usava o uniforme do time de futebol da escola e um com um tapete alto e um cigarro na boca. O do uniforme tinha cerca de 1,90 de altura e um corpo robusto e olhos azuis, o outro era mais baixinho e tinha os olhos castanhos, os dois foram os únicos a não mexer com ela do grupo, os outros a chamavam de atração de circo de horrores e outras coisas mais, até que alguns começaram a jogar pedras nela fazendo que o equilíbrio dela em cima de sua bicicleta fosse prejudicado.
“Vão se foder, idiotas!” gritou ela.
Então, voltou a perseguição de sempre, os meninos começaram a correr atrás da bicicleta dela. Ela corria muito, até que uma pedra das que eles haviam jogado nela a derrubou da bicicleta. Todos riram dela, menos os dois meninos mais velhos, o baixinho ficou parado lá trás sem dar muita atenção a situação e o outro veio correndo em direção a ela que estava jogada no chão com os joelhos sangrando.
“Ei, seus malucos!” começou ele “ Acho que ela se machucou de verdade. Você está bem, menininha?”
Ele ofereceu a mão para ajudar ela se levantar e Joy bateu em sua mão recusando a ajuda.
“Eu sei me levantar sozinha.” Disse ela envergonhada.
Ela se levantou montou em sua bicicleta de novo e saiu rumo a escola, antes que ela pudesse desaparecer daquela situação ela ouviu:
“De nada, viu? A propósito, sou Jim Hopper, mas obrigada por perguntar.”
Ela mostrou o dedo do meio sem olhar para trás e continuou sua jornada até a escola.
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I Don't Want to Talk About It
FanficJoyce Gracie era uma garota durona e encrenqueira que iniciaria no ensino médio naquele ano. Lá ela entra em conflito com o jogador de futebol da escola, Jim Hopper, mas o destino tem uma surpresa para eles.