My Favorite Gun

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 Big respirava com dificuldade enquanto meu rosto repousava sobre seu peito, o ar ainda estava quente, o banho tomando a pouco tempo só nos fez ansiar ainda mais um pelo outro, Big acariciava meus cabelos, enquantos meus dedos estavam em seu abdômen, era uma sensação diferente, nova. Algo que eu nunca havia sentido. Big se afasta de mim e o encaro, ele se abaixou ao lado da cama e ergue sua glock, ele pega minha mão e pousou a arma ali.

- fique com a minha arma preferida, como prova de que isso é real, assim como o ar que adentra em meus pulmões agora - sorrio levemente enquanto aperto a arma em meus dedos, ele se aproximou colando nossos lábios novamente, seu beijo era lento e suave, suas mãos vão de encontro com meus cabelos, quando o ar nos falta ele apenas afasta nossos lábios, sua testa ainda está encostada na minha, ele abre seus olhos novamente - Você é a única pessoa que eu quero ver todos os dias, essa arma será a minha promessa a você.

Bangkok 15 de maio 16:48

 As pilhas de documentos para serem analisados pareciam não ter fim, cada documento deveria ser analisado, cada número, cada pessoa que foi responsável por dar baixa, cada destinatário, cada movimentação. Eu estava cansado, minhas costas doíam, meus olhos pesavam, parecia que cada palavra estava dançando diante dos meus olhos. Pol já cochilava próximo a sua pilha, lhe dou um leve cutucão com o pé e ele se remexe despertando. Eu sabia que isso iria acontecer, depois de Arm entrar na pesquisa de campo junto a Pete, Pol e eu ficamos sobrecarregados sobre o sumiço da documentação sobre a importação internacional. Todos os dias chegavam mais pilhas de documentos, eu não estava aguentando. Meu único refúgio se tornou, Big, porem Big estava se ausentando cada vez mais, eu sentia falta de seus beijos no fim da noite, de nossos corpos se chocando em meio a madrugada, de nossas fugas nos domingos para tomar cerveja e transar na praia, minha mente estava cheia dele enquanto meu corpo implorava por descanso e por ele.

Toda a minha relaçao com Big havia começado a pouco mais de três meses, porém com a volta de Tawan, Big estava sendo responsável por sua guarda, o que me deixou levemente irritado. Eu não gostava do modo que Tawan agia, seu olhar sobre Big e Porsche era um pouco semelhante, mesmo ele não sabendo a real situação entre Porsche e Kinn. Em uma das noites em que Big ficou cobrindo o turno de Tod, Tawan estava circulando pela mansão com um copo de leite em mãos, e eu o havia visto andando até mesmo pela área de quartos dos guardas costas. Eu só queria que ele fosse embora. As suspeitas sobre todos estavam aumentando cada vez mais, lembro-me que quando estava sendo o principal guarda costas, Tawan era um pouco inconveniente na maioria das vezes, me obrigadava a entrar em seu quarto, até mesmo quando não usava roupas ou estava fazendo algo com o Senhor Kinn. Porém era obrigada a aguentar tudo e continuar trabalhando enquanto aguentava suas provocações. Penso se ele está fazendo o mesmo com Big.

- Soube como Porsche está? - Pol ergue um documento enquanto me olha, tiro meus olhos dos meus e o encaro

- Eu não pude mais descer para vê-lo - ele circula algo na documentação e volta a me encarar.

- Senhor Kinn ter mandado-o prender me deixou muito assustado, deve ter sido horrível pra você fazer isso com ele - Pol suspira separando alguns documentos - Ele está sendo acusado de vender os documentos de importação para a segunda família, tenho certeza que não foi ele, mas o senhor Kinn insiste em acreditar nas palavras de Tawan.

- Eu não sabia nem como reagir, ver Porsche ser acusado daquela forma diante de meus olhos, ele implorando para o Senhor Kinn acreditar nele, sinto que ele se sentiu mais do que traido, nao foi apenas por ele acreditar em Tawan, mas...Kinn realmente ama Porsche, nao entendo como pode acreditar nas palavras de Tawan e não das de Porsche que o ama com todo o coração, você viu nos olhos de Porsche isso - solto os documentos frustrados, passo os dedos por meus cabelos. Eu não gostava de Porsche, mas não desejava que ele fosse acusado por Tawan, eu o conhecia, sabia que era um mentiroso compulsivo, quando o Senhor Kinn soube da traição, eu fui o responsável por trazer as provas, não apenas para tranquilizar Kinn, mas por um bem maior. Lembro-me bem quando Tawan me acusou de roubo do seu relógio dado por Kinn, fui jogado nas celas subterrâneas da mansão, fui torturado, tendo três costelas e o braço quebrado, até eu admitir. Como eu era inocente apenas aceitei, não havia o que fazer. Quando me retiraram das celas, fui isolado em um dos quartos, esperando o que o Senhor Khun iria decidir, foi nesse momento em que Pete encontrou provas que me inocentasse. Nesse momento entendo o que Porsche está passando e sentindo, e por algum motivo quero fazer o mesmo e inocentá-lo como forma de agradecimento, porque quando eu precisei, eu tive alguém que tentou me salvar.

I Hate U Part.2  - Oneshot BigKenOnde histórias criam vida. Descubra agora