O amor não suporta definições

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Antes de permitir que você comece a se aventurar por essa história de amor, de amizade, de crescimento, de libertação e de amadurecimento, quero pedir para que a acompanhe de mente e coração abertos porque, na minha concepção, o amor não suporta definições.

E quando digo isso é no sentido mais literal possível. Não dá para defini-lo. Não dá para procurar essa palavra tão universal no dicionário e se contentar com os poucos vocábulos que o definem de maneira seca, áspera e, ouso dizer, superficial. Porque o amor não é coisa de corpo. O amor é coisa de alma. E coisa de alma não se vê, não se apalpa, não se mensura, não se discrimina. Coisa de alma apenas se sente, apenas se vive, apenas é.

E se o amor não suporta definições ele, também, não tolera predefinições. Nesse sentido, não há amor certo, não há amor errado, não há amor respeitável, não há amor abominável. O amor não suporta definições. Ele apenas é. O amor é. E, portanto, não há uma forma que deva ser proclamada como a exemplar, a que todos deveriam adotar em suas existências. E aqui entro em mais um conceito que me ajuda a entender o mundo.

Existência precede essência, Sartre um dia elucidou. Essência é estática, passa uma ideia de imutabilidade. Já a existência é um colocar-se para fora, mostrar-se, é dinâmico e requer modificações conforme amadurecemos. Não somos. Existimos. E existimos do nosso próprio jeito. Porque, no final, cada um tem o seu jeito de ser – um ser em constante vir a ser.

E nesse sentido, cada um terá o amor em sua existência como esta o concebe. Para mim, o amor é algo. Para você, o amor é outro. Porque nossas existências diferem. Mas para nós importa apenas uma coisa: que possamos vivê-lo por nós mesmos, sendo quem somos – ou estando como estamos, existindo como existimos.

Que a sua leitura, além de romântica, seja inspiradora!

Amilton Júnior

Meu OrgulhoOnde histórias criam vida. Descubra agora