Dois dias haviam se passado desde a première de Forever Autumn, e Wai encarava Chang na varanda do seu apartamento. Trocaram mensagens, e marcaram de se encontrar no dia anterior, mas os planos não deram certo. Então, de surpresa, Chang se convidou para tomar um vinho no apartamento de Wai e o modelo aceitou.
Chang possuía um charme que havia desarmado totalmente Wai, um charme que o fazia lembrar de Pat. A forma que os dois expressavam esse charme, no entanto, era muito diferente. Chang sabia exatamente quais palavras usar, na hora certa, envolvendo Wai em um jogo de bate e volta interessante. O charme de Pat, por sua vez, vinha de seu jeito brincalhão e espontaneidade de seus atos.
— Você está divagando novamente — Chang disse.
— Acho que essa segunda taça de vinho já está fazendo efeito — Wai sorriu.
Chang estava encostado no parapeito de vidro, de costas para o céu azul de Bangkok. Ele era uns dez centímetros mais alto que Wai e possuía pelo menos vinte quilos a mais. Chang era encorpado, pernas grossas, costas largas e braços grossos. Não era malhado, ele só era grande.
A coloração saturada do azul do céu e o amarelo do sol faziam um ótimo contraste com os cabelos pretos e ondulados de Chang que caíam em uma franja sobre sua testa. Wai não podia deixar de notar em como ele era bonito.
— Bem, se essa for sua última taça de vinho, pelo menos sobra mais para mim — Chang saiu da varanda e sentou-se na mesa de jantar onde Wai estava. — Alguém já te disse que você tem um olhar onde parece que está sempre à beira do choro?
— Já — suspirou.
— E por que seus olhos são tão tristes?
Wai levantou uma sobrancelha. — O Chang jornalista está vindo à tona.
— Oh — Chang sorriu. — Me desculpe, acho que é um costume meu sempre ficar perguntando e perguntando sobre tudo.
— Então fale qualquer coisa que não seja uma pergunta.
A ideia pareceu interessar Chang. Wai percebeu os olhos de Chang percorrer toda a parte do corpo dele que não estava coberta pela mesa, e então se sentiu um pouco envergonhado. Wai tentou não transparecer, mas desconfiava que suas bochechas estavam coradas.
— Você tem as mãos pequenas.
— Só isso? — Wai questionou. — Parece mais um jornalista falando um fato que qualquer outra coisa.
— Então entramos em um impasse, eu não posso nem fazer uma afirmação nem um questionamento, o que nos resta a fazer?
Wai sabia exatamente onde Chang queria chegar. E pela primeira vez em meses ele queria continuar o flerte.
— Você sabe dançar?
Wai não se surpreendeu nem um pouco quando Chang respondeu que não. Isso não impediu, no entanto, do modelo levantar-se e estender sua mão na frente de Chang. Wai aumentou um pouco o volume da música que estava presente no fundo durante toda a conversa dos dois.
Não sabia se podia caracterizar que o que estavam fazendo como dançar, mas com certeza estavam se movendo juntos. Wai se sentia confortável em dançar sem ninguém o olhando, fechou os olhos e lentamente se movia de um lado para o outro, com as mãos apoiadas nos ombros de Chang que o seguia com dificuldade.
— Se eu soubesse que iria passar vergonha, eu tinha treinado um pouco em casa — Chang disse.
— Você realmente se preocupa sobre o que eu penso sobre você?
Wai interpretou o breve sorriso de Chang como um "não". O espaço entre eles estava cada vez menor. As duas mãos de Chang pousavam levemente na cintura de Wai, mas era o modelo que conduzia a dança.
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Staged Love!
ФанфикPran e Pat eram amigos de infância e hoje são atores tailandeses famosos, no entanto poucas pessoas sabem que, hoje em dia, os dois se odeiam. Ao serem escalados como protagonistas de uma nova série BL, os dois precisam colocar suas diferenças de la...