Lembra da primeira vez?

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A mansão da família Suthilluck estava bastante agitada naquele dia e Kongpob sabia bem por que. Seus pais receberiam a familia Rojnapat para um jantar de compromisso que resultaria na apresentação de seu suposto parceiro de vida. O moreno suspirou enquanto estava escondido no jardim de frente para um lindo córrego e o tal dito jantar já se desenrolava no interior da construção ou era o que ele esperava. O mais novo não queria fugir tampouco se esconder, mas o medo havia falado mais alto e sabia que seu pai poderia inventar uma desculpa pela sua ausência quem sabe até não oferecer sua segunda irmã mais velha a se casar em seu lugar! Ele tinha apenas 14 anos e suas entranhas estremecem só com o pensamento de estar com um homem. Isso não era pra ser normal era? Ele ergueu o olhar para as estrelas como se elas fossem lhe dar algum tipo de resposta.

Enquanto isso no salão de visitas duas mulheres conversavam animadamente enquanto esperavam a volta de seus respectivos maridos que estavam em uma discussão sob o sumiço de um certo jovem mestre:

- Arwena _ começou a sra. Rojnapat _ você acha que nos precipitamos?

-Com o que querida?

-Com esse jantar... digo... Oon está ciente de suas obrigações, mas Kongpob ainda é tão jovem e...

-Não se preocupe... Kong é muito maduro para sua idade e assim como Arthit também já sabe o que lhe que cabe. Esse encontro os ajudará a se preparar melhor para o futuro que os aguarda.

-As vezes me pego pensando em como seus avôs foram capazes de firmar esse acordo não deveria ser sua menina do meio a escolhida?

-Bem meu falecido pai deixou explicito em seu documento que deveria ser a mais nova... naquele tempo ainda não sabíamos o sexo da criança então ele queria que fosse a última... Por algum motivo sempre teve essa obsessão com o número três...

-Entendo... Que bom que não somos intolerantes, seria mais difícil e tenho certeza que vamos prosperar muito como familia e mal posso negar que estou tão ansiosa!

-Sim! Bem devemos nos reunir o jantar já vai ser servido vamos chamar as minhas filhas.

-E Kongpob?

-E Arthit? _ Arwena questionou com uma sobrancelha erguida.

-Ele resolveu andar nos arredores...

-Então não precisa se preocupar _ ela comentou rindo _ creio que em breve ambos estarão aqui...

-Como você...

-Venha, venha... vamos chamar as meninas.

Arwena acompanhou a sra. Rojnapat até a escadaria para que ambas fossem se juntar a Gift e Minnie que estavam em seu quarto terminando de se arrumar. Era um segredo que Minnie tinha uma paixão por Arthit e tinha certo ciúme que seu irmão havia sido escolhido para aquela posição, em sua mente ela pensava que se o conhecesse poderia inverter os quadros. Ela o havia visto uma vez em uma das reuniões de seu pai com o sr. Rojnapat e desde então jamais o esquecera... Com este pensamento ela se encostou a janela e lá no pátio do jardim estava seu objeto de maior desejo. Minnie sorriu com o pensamento de que no jantar Arthit expressaria sua aversão por se casar com um homem e tudo correria como planejou durante aqueles anos.

Kongpob não tinha noção de quanto tempo havia se passado e ele estava começando a se agitar pensando na situação que causara aos pais por um comportamento infantil. Ele encheu o ar com pulmões para tomar coragem e colocar um fim em tudo, mas ao se virar trombou em alguém e ergueu o rosto para olhar a parede humana em sua frente. O mais novo esqueceu como respirar por um instante ele não sabia quem era o homem na frente dele e também não podia negar que era a pessoa mais linda que já havia visto em toda sua curta vida. Sentiu seus olhos piscarem rápido e a garganta secar mesmo quando o rapaz mais velho falou consigo não conseguiu voltar a normalidade:

Me Diga A VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora