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Não acredito que o Harry foi capaz de fazer isto ao Thomas. Eu juro que não percebo as atitudes dele. Num momento está bem como do outro está contra o mundo. Ele precisa claramente de apoio psicológico.

Quem é que no seu perfeito juízo vai bater em alguém no meio da rua sem razão aparente? Só uma pessoa que precisa de ajuda.

Estou em casa com o Thomas. Pedi ao Sr. Cohen para me dar a tarde, e como eu tenho feito um trabalho exemplar, segundo ele, deu-me a tarde sem pensar recusar em qualquer comento.

O Thomas está no sofá sentado enquanto eu trato do sei lábios aberto que não se cansa de libertar sangue.

" Se te estiver a aleijar diz-me Thomas. "

" Não te preocupes Catherine. " eu passei o algodão com um pouco de álcool pra desinfetar e ele nem sequer estremeceu.

Acabei de lhe tratar das feridas e ele começou a sorrir para mim. " És tão linda Cat. " eu sorri e agradeci mesmo sabendo que o meu vermelhão já tinha respondido por mim.

Sentei-me ao seu lado no sofá e liguei a televisão.

" Tenho que te dizer isto antes que me arrenda. " olhei para ele e esperei que ele recomeçasse a falar. " Eu gosto de ti Catherine. Desde o primeiro dia que te vi entrar naquele café que te acho a rapariga mais bonita do planeta. E tudo o que mais quero é ver-te do meu lado a sorrir e a chamar-me de namorado. Porque nestes dias tenho nutrido sentimentos por ti que nunca senti por ninguém. Portanto..... Tu queres namorar comigo?! "

Wow não esperava por esta. Não sabia que ele sentia isto por mim. Ele admitiu que gostava de mim da maneira que um homem gosta de uma mulher e por isto não esperava.

E eu? Eu nunca mais me apaixonei por ninguém a sério. Nunca senti aquelas borboletas na barriga quando via a pessoa entrar, nunca senti as minhas bochechas a queimar só por essa pessoa olhar para mim. Nunca senti nada do que uma pessoa normal apaixonada costuma sentir. Ou então talvez, esses sinais não existam e seja só mais um critério não necessário para uma verdadeira paixão. Talvez eu até possa gostar do Thomas da maneira que ele gosta de mim, talvez.

" Sim eu aceito. " ele sorriu e beijou-me. É disto que falo. Não sinto nada quando ele me beija, sinto o calor do seu corpo a sair pela sua boca quando choca com a minha, sinto as suas mãos nas minhas bochechas. Só sinto isso, só sinto o contacto físico. O sentimento em si não senti....mas talvez com o tempo vá ganhando. Certo? Certo.

Continuamos no sofá a trocar beijos e carinhos e quando reparei já era 17:40, não tinha almoçado é muito mais lanchado. A tarde passou rápido. Sem dúvida que o Thomas é uma ótima companhia.

Quando me ia levantar o meu telemóvel toca. Lucy está marcado no ecrã do meu telemóvel.

" Estou, onde é que te meteste hoje Catherine? "

" Longa história amanhã conto-te. "

" Olha liguei-te para te perguntar uma coisa. Tu sabes que eu moro só com a minha irmã cá e ela hoje faz anos. E para não sermos só nos as duas sozinhas a festejar o aniversário dela, queria perguntar-te se querias vir ao Mcdonalds connosco e cantávamos lá os parabéns à miúda. "

" Claro que vou, mas o Thomas também pode ir? "

" Sua tola!! O quê que o menino tanto faz contigo? Mas claro que pode vir. "

" O menino é meu namorado. "

" O QUÊ ? Tens mesmo muito que me contar. "

" Até já. Daqui a nada estamos aí. "

Desliguei o telemóvel e perguntei ao Thomas se queria vir jantar ao Mcdonalds connosco. Ele aceitou logo e saímos logo de casa. Saímos um pouco cedo porque eu ainda queria passar por uma loja para comprar uma prenda para a Tânia.

Estava a porta do elevador a abrir e o Harry aparece por entre elas. Mas não vinha sozinho, uma morena, com as mamas quase de fora e um pircing na parte de cima do lábio. Uma palavra: puta.

Eles saíram e nós entramos. Nenhuma palavra foi dirigida.

O elevador parou e nós saímos do prédio. Entramos no carro do Thomas e caminhamos até ao shopping. Iria à Claire's comprar umas maquilhagens e umas bijuterias. Uma rapariga de 16 anos gosta sempre destas coisas.

Compramos e saímos logo da loja. Fomos novamente para o carro e o Thomas conduziu até ao Mcdonalds.

Quando lá chegamos já estavam as duas à nossa espera. Saímos do carro e cumprimentei a Lucy e a Tânia. Dei o embrulho à Tânia e quando ela abriu delirou com as prendinhas. Ainda bem que ela gostou. Eu adiava quando alguém me dava uma prenda e eu não gostava dela, era a pior coisa do mundo na idade dela, isso e que o namorado a traísse com a melhor amiga. O pior pesadelo de uma adolescente.

Estávamos quase a entrar na porta do MacDonalds quando a Lucy me para e sussurra. " O Harry está lá dentro com uma gaja e ele disse que quando chegasses para ires falar com ele. "

O quê? Ele tem grande lata .... Espera lá. Como é que ele sabe que eu vim ao MacDonalds? Ele não me pode ter seguido porque chegou mais cedo que eu. Não entendo.

Entramos no "restaurante" e se o Harry estava à espera que eu fosse ter com ele esta muito enganado.

Senti-me numa das cadeiras olhei para eles e sorri cínica. Ele levantou-se e veio na nossa direção.

Merda outra vez não. Ainda por cima agora, a Tânia está aqui.

Parabéns querida TannyaRS8 espero que gostes do capítulo porque ele é dedicado a ti. Feliz dia linda. Tu mereces.

É claro um beijinho e um agradecimento a todas as leitoras que fazem a minha vontade de escrever maior a cada dia. Obrigada a todas vos.

Com todo o amor. xxA

Black Side // h.s. •Acabada•  #Wattys2015Onde histórias criam vida. Descubra agora