Era o caos ouviam-se policias na rua.
_Erin arruma tudo, rápido temos que fugir, os polícias estão lá fora, vou preparar o carro.
_Eles vão dar conta de nós, é melhor escondermo-nos na cave.
_Não há tempo para isso, despacha-te!
Erin corre para o carro, com o pequeno Dave ao colo, mete as malas no porta bagagens, senta Dave no banco de trás, corre para o banco da frente. Paul carrega com a máxima força no acelerador, faz marcha atrás, sai da garagem, acelera em direcção á auto-estrada. Ouvem-se tiros o vidro de trás do carro parte-se, um tiro acerta de raspão em Paul.
_Ah...- gritou Paul pela dor sentida.
_Tem calma tenho o meu kit de primeiros socorros na mala. — disse Erin tentando acalmar Paul.
Depois de desinfectar a ferida, Paul voltou-se a concentrar.
_Temos de ir a casa do meu irmão, ele tem que vir connosco, não podemos correr o risco de deixar o Dave sozinho.
_Sim, enquanto eu fico no carro tu corres para casa dele com cuidado para não seres avistado, tens é que parar o carro num local onde não seja-mos vistos.
Paul continuou a conduzir até chegar a uma espécie de floresta com uma vegetação muito densa, ficava a cerca de cinco minutos da casa de Jack, tio de Dave.
_Tenham cuidado se ouvirem, algum tipo de movimentação fujam, não hesitem, quando eu chegar atiro uma pedra para saberes que sou eu.
_Ok, tem cuidado, e despachem-se.
Paul desapareceu por entre o montante de árvores, que ajudavam a esconder o carro.
Correu intensamente até chegar á berma da estrada, do outro lado ficava a casa de Jack e a sua mulher Brenda. Não havia movimentação nas redondezas, pelo que atravessou a estrada rapidamente. Passou pela frente da casa escondendo-se no quintal de trás. Agachou-se e espreitou pela janela. Dentro de casa havia movimentação. Um homem vestido de verde falava para Jack, apontando-lhe uma arma, enquanto Brenda estava sentada no sofá com outro forcer (nome que se davam aos guardas da FSN) a observá-la.
Paul percebeu de imediato a situação, mas tentou não entrar em pânico e ouvir a conversa.
_O teu estupido irmãozinho, teve a lata de fugir, mas se descobrir-mos que estiveste com ele ou tentaste fugir deste cubículo nojento, vamos atrás de ti e matamos-te, a ti e á tua mulher. Fica também sabendo que estás a ser vigiado.
Acabada a conversa, os dois forcers saíram pela porta da frente, enquanto Jack tinha ficado imóvel, a sua mulher tinha começado a chorar.
Paul do lado de fora da casa observou a situação, sabia que não podia entrar de rompante pela casa, porque estavam a ser vigiados. Olhou para a janela da casa de banho que estava ligeiramente aberta. Correu para lá sempre agachado de forma a não ser visto por ninguém. Abriu sorrateiramente a janela e entrou.
Decidiu fazer um som para que Jack fosse ver o que era, então começou a bater na porta da casa de banho.
Subitamente apareceu Jack, sorriu, mas ficou perplexo.
_Paul o que estás a fazer aqui, eles estão a vigiar-nos.
_Eu sei, fecha a porta e entra, rápido!
Dito isto Jack fechou a porta e ficaram os dois frente a frente.
_Eu ouvi a conversa toda, mas agora concentra-te, eles descobriram tudo, vim buscar-te para fugir-mos, temos que ir para a sede da Rebelião. Vai buscar a Brenda.
_Fica aqui, eu vou buscar umas coisinhas que eu tenho guardadas, e já volto com ela.
Parecia uma eternidade, passados longos escassos minutos, Jack apareceu com uma mochila nas costas e três AZAS00 (uma das armas utilizadas pela FSN), Brenda estava ao seu lado.
_Onde arranjas-te isso?
_Digamos que é uma longa história.
_Olá Brenda.
_Olá Paul.- Cumprimentaram-se rapidamente.
_Ouçam este é o plano: saímos pelas traseiras, agachados para ninguém nos ver, eu vou á frente e vejo se á forcers pelas redondezas, se não houver faço sinal e vocês correm o que conseguirem até ao outro lado da estrada, depois disso não parem continuem a correr, se houver forcers por perto voltamos para dentro ou escondemo-nos e esperamos que a patrulha passe. Entendido?
_Sim.- Disseram os dois em simultâneo.
Paul espreitou por um canto, para o exterior da casa, e avistou os dois guardas que tinha invadido a casa de Jack.
_Estão ali guardas. — sussurrou ele.
_Tenho uma ideia — disse Jack — como são só dois, eu e tu vamos até lá, atacamo-los pela retaguarda e matamo-los com os silenciadores nas armas.
_Ok.
Começaram-se a aproximar dos dois forcers, uma explosão de adrenalina invadiu o corpo de Paul. Jack disparou primeiro, no instante seguinte Paul. Arrastaram os dois corpos até ás traseiras das casas. Tiraram-lhes os fatos verdes da FSN e vestiram-nos. Colocaram as mascaras brancas o que impossibilitava ver-lhes a cara.
_Então e a Brenda? - quetionou Jack.
_Fingi-mos que somos forcers e que a Brenda é uma offender (nome que davam a todos os que que infringiam a lei) - disse Paul.
_Ok — respondeu Brenda.
_Atravessamos a estrada normalmente, se alguém der conta de nós deixem estar que eu trato da situação.
Começaram a caminhar, levavam Brenda á frente deles, apontando-lhe as suas armas. Já estavam quase do outro lado da estrada quando uma mão puxa Paul para trás.
_Ei, vocês os dois, quem é essa que levam com vocês?
Paul vira-se e responde ao sujeito alto e musculado que os questionou.
_Vamos executar esta offender.
_Deixem estar, eu e aqui os meus colegas tratamos do assunto. Necessitam de vocês no posto C14.
A ansiedade apoderou-se de Jack, e este antecipou-se a responder.
_Não, nós queremos fazê-la sofrer, insultou-nos, a nós e às nossa família, então agora vai ter o castigo que merece!
_E aonde vão fazer isso?
_Ali naquela floresta. — disse Paul.
_Ah, ok, mas tenham cuidado, não deixem essa pirralha escapar com vida.
_Sempre as ordens sir.
Continuaram a caminhar. Uma sensação de alivio dominou Paul.
Estavam quase a chegar ao carro quando se ouviram tiros para lá da linha de árvores que escondia Erin e Dave.
[NO PRÓXIMO CAPÍTULO DE QUANDO A LUA CAI]
Paul começou a correr, Jack acompanhou-o, atravessaram a linha de árvores, o coração de Paul tinha caído aos seus pés, estavam três guardas, Erin deitada no chão gemia de dor.
Jack começou a disparar contra dois dos guardas, logo de seguida paul dispara contra o último, os três caíram no chão.
Paul corre até Erin, que estava num banho de sangue, já a respirar com muita dificuldade.
_Erin não te vás, por favor, fica comigo, eu fui o culpado não te devias ter deixado para trás.
Erin olha para Paul como se disse-se "Tu não tens culpa" e no seu último gesto apontou para um arbusto que não se encontrava muito longe do local.
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Quando a Lua Cai
AdventureNum mundo destruído pela terceira guerra mundial, onde bombas atómicas foram lançadas sobre as maiores potências mundiais, reina a miséria e a fome. Dave um adolescente separado dos pais no decorrer da guerra, vai ter que aprender a lidar com as dif...