📸 ﾐ Existia sempre algo que Cha Eunjae detestava em si mesma, seja fisicamente ou mentalmente. Era "amaldiçoada" pela gentileza excessiva e frustrada artisticamente, talvez por isso tendem a tirar proveito de sua bondade e vulnerabilidade sempre...
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Hum... bom, legal, comum.
Essas foram as últimas palavras da senhorita Kang após eu passar quatro horas pintando o que eu pensava que seria a melhor obra de arte da minha vida, não eram exatamente as palavras que eu gostaria de ouvir.
Todavia, minhas roupas, meu cabelo, minhas mãos, e não julgo que até mesmo meu rosto estavam cobertos de tinta. Tudo isso para apenas sublinhar naquela paisagem com pequenas borboletas sobrevoando acima de uma macieira num campo florido, meu suspiro decepcionado era bastante evidente.
Senhorita Kang era minha tutora de artes visuais há dois anos, uma mulher na faixa dos quarenta que usava um óculos maior que seu rosto fino e cardigãs de várias cores diferentes. Nessa semana, eu não duvidaria nada que ela tivesse usado todo um arco-íris. Mas apesar de aparentar ser gente boa, a senhorita Kang era muito inexorável quanto aos seus alunos.
── Apenas isso? Pensei que havia captado a essência que tanto falava...
Suspiro chateada comigo mesmo, com a senhorita Kang, e com todo esse tempo desperdiçado.
Isso é injusto.
Pessoas são injustas.
O mundo é injusto.
A vida é injusta.
── Eunjae, querida, não precisa ficar triste por um fracasso. Aprendemos com eles, praticamos com eles e superamos eles. ── as mãos da tutora massageiam levemente meus ombros ── Falta vida nesta tela, falta...
Eu a encaro confusa, enquanto ela tenta procurar uma palavra para minha pobre pintura.
── Falta amor, emoção, realismo.
Nós duas observamos a imagem mais uma vez, confesso que isso realmente aparenta ser comum demais. Estive tanto tempo concentrada na perfeição que esqueci a minha paixão.
── Pode me dar mais uma chance?
Estou quase implorando aos seus pés quando ela aperta meu ombro, acenando em concordância. Isso é tudo para me fazer sair mais aliviada da sala da senhora Kang, embora tendo um novo desafio pela frente.
Que arte eu poderia fazer?
Enquanto caminho pelos corredores da Hailee, sinto uma grande mão indo contra minhas coisas, jogando-as todas sob o piso de madeira em ondas embaraçosas, parando abruptamente e chamando a atenção dos alunos que andam acumulados apenas para me observar.
