E se... Lucius prestasse?

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- Lucius! É o nosso filho! Não pode aceitar! - Narcissa implorava com a carta na mão - Você não pode fazer isso! Vai destruir esta família!

- Querida respire - O loiro segurou os antebraços da mulher e respirou junto dela - O que aconteceu?

A Malfoy entregou a carta em sua mão trêmula, o rosto quase sem cor e o lábio tremendo em choro

Lucius leu, era um chamado para os seguidores de você-sabe-quem

Ele acreditava em supremacia de sangue, mas desde que passou a estudar sobre isso percebeu que é um atestado de extinção do mundo bruxo

- Narcissa - Chamou a esposa que lhe olhava aterrorizada - Quero que me escute muito bem

A loira começou a chorar, levou a mão a barriga avantajada em sinal de proteção

- Esse serzinho dentro de você é o nosso filho - Pegou a mão dela - Tudo que quero é o bem de vocês, acima de tudo

- Lucius - Choramimgou ainda envolvendo seu brotinho

- Me envolver naquilo só os fará mal, fará nosso filho sofrer - Pousou a mão na barriga da esposa após ela permitir - Vou estudar e proteger vocês, criar nosso filho da forma certa

A mulher chorou e o abraçou apertado, sentiu seu filho chutar e sorriu ao beijar o amado de forma simples

E o tempo passou

Draco nasceu

Lucius se apaixonou com a criança, era um pai babão

- Papai - O loirinho chegou perto do homem que tratava negócios, ele estava com os olhinhos cheios de água

Malfoy maior parou a conversa e pegou seu pequeno no colo, passou a mão nas costas do menino ao sussurrar para ele, tentando o acalmar

- O que aconteceu, príncipe? - O menino o olhou com um biquinho nos lábios

- Pansy puxou meu cabelo - Fungou - Depois de que ter dito que o vestido dela fazia ela parecer uma princesa dos contos de fadas

- Oh meu príncipe - Beijou a testa do filho - Pansy não gosta de contos de fadas

- Mas eu não quis ofender! - Apertou os dedinhos na roupa do pai

- Então diga a ela - Colocou o menino no chão - Peça desculpas e diga que ela está bonita

- Está bem, papai - Correu até a menina que estava sentada no chão com o rosto triste

Draco se abaixou perto dela e falou algo com a menina, Parkison se levantou e abraçou o loiro, passou a mão gordinha no cabelo dele

Quando Draco fez doze anos e chegou em casa para o Natal triste, Lucius quase morreu

- O que ouve, príncipe? - Se ajoelhou ao lado da poltrona em que o mais novo estava sentado segurando uma bolinha de vidro

- Ele está lá na escola, papai - Respondeu choroso - Ficou lá sem mim, depois de ter me dado o melhor presente de Natal que eu vou ganhar

Malfoy não sabia quem era o foco da conversa, não sabia qual era o presente ou o porquê de tanta preocupação, mas abraçou o filho e o consolou

- Sabe o porquê dele ficar na escola? - Afagou as costas cobertas pela blusa grossa

- Os tios dele não querem que ele volte, não querem ele naquela casa - Fungou acabado

- Por que não o convidou para passar o Natal conosco? - Draco se afastou assustado

- Eu posso?! - Arregalou os olhos idênticos aos do pai - Vamos buscá-lo, papai! Vamos!

Draco pulou do colo do pai e correu até a lareira de pó de flu, bateu os calcanhares animado e Lucius riu

- Aí não, príncipe - Pegou a mão do filho e andou até a porta da sala - Narcissa! - Gritou a mulher que ajudava os elfos na cozinha - Mais um prato a mesa! Teremos um convidado!

Aparatou com o filho que não parava quieto de tanta felicidade, apertava a bolinha de vidro fortemente contra a palma pálida e pequena

Draco saiu saltitando pela neve até os portões da escola, Lucius ria da animação do menor

Entrou correndo na escola e foi na direção das masmorras, Malfoy mais velho tentava acompanhar o ritmo jovem do menino

- Harry! - Draco gritou enquanto entrava na comunal - Harry! - Pulou por cima do sofá e saiu rolando no chão com um menino menor e mais magro

- Dray? - Os olhos verdes focaram no peso em cima de si - Dray! O que faz aqui? - Abraçou o loiro

- Te levar para casa! - Levantou e pulou no lugar ao bater palminhas - Passar Natal comigo!

Lucius se aproximou e Harry se encolheu atrás do menino maior, os olhinhos aterrorizados ao encarar o rosto sério do homem

- Papai! Este é Harry - Draco abraçou o amigo pelos ombros - Ele é da Sonserina também - Sorriu orgulhoso

- É um prazer conhecê-lo, Harry - Lucius se abaixou e olhou o menino com um sorriso no rosto - Quer vir com a gente para o Natal?

- Vem, Harry! Vem com a gente! - Draco bateu palmas ao tirar os pés do chão - Quero compensar seu presente - Abriu a palma, lá estava a bolinha de vidro colorido

- Você guardou - O moreno tocou a bolinha - Eu te dei no seu aniversário - O sorriso do maior se alastrou - Mas é tão feio em comparação aos seus outros

- Não é não! - Draco disse indignado - Ele é lindo - Inflou as bochechas - É meu favorito, porquê ele é seu, você me deu! Era importante para você!

Naquele Natal os melhores amigos passaram juntos

Lucius descobriu depois que os Weasleys eram parte da família, Molly basicamente adotou Harry e Draco tomou posse do menino como se fosse seu irmão mais novo

A guerra veio, com ela dor, medo e traumas

O loiro mais velho segurou sua esposa e filho no peito para protege-los de tudo que acontecia lá fora

Prometeu estar sempre lá, protegendo e amando

E é com isso que o homem estava mais que chorando naquele momento

- Pare com isso, Lucius - Narcissa beliscou seu braço - Assim parece que alguém morreu

- Meu principezinho morreu, Narcissa - Limpou as lágrimas - Agora já é um homem - Assoou o nariz no guardanapo que a loira o entregou, revirando os olhos

O que estava acontecendo? Bom, Malfoy mais novo estava se formando em medicina trouxa

Leia bem... o rapaz queria ser um grande medibruxo, mas para isso ele precisava saber - além da magia - O lado trouxa da história

E era o melhor aluno, agora iria trabalhar no St. Mungus, fez o estágio obrigatório lá inclusive

- Amor! - Narcissa abraçou o filho, Lucius veio atrás com o rosto choroso - Seu pai está fazendo drama

- Você não é mais meu menininho - Apertou a cabeça loira como a sua contra o peito, o rapaz se encurvou para conseguir essa posição

Narcissa riu ao ver o marido tão dramático e seu filho se contorcendo para afastar o mais velho

Nesse universo essa família foi feliz, pois como diz o ditado: "uma fruta podre estraga a fruteira"

~•°What if°•~

Gente minhas provas começaram, aí eu esqueci de vocês kakakakak

Perdão

Um beijo estalado na orelha esquerda e até o próximo, minhas lagartas astronautas

What if...?Onde histórias criam vida. Descubra agora