i (don't) like him - Minsung [HIATUS]

Chapter IV

❗ Esse capítulo contêm alerta de gatilho.❗

Mesmo ainda estando no começo da semana, Han sentia que ela seria péssima, só de pensar que iria para o lugar que evitou por tanto tempo, seu estômago se revirava.

Tinha acabado de chegar no colégio junto aos outros três, logo foram para uma parte mais afastada, os amigos estavam tentando aumentar o ânimo do alaranjado, e ficar na parte movimentada com certeza não era o certo, sabendo que ele odiava lugares cheios.

[...]

Na outra mesa, Minho reclamava sobre como o casal de amigos eram grudentos, e isso o dava gatilho, e que ele acabaria chorando, se ouvisse mais um chamar o outro por algum apelido tosco, não que ele já tivesse vivido um amor platônico, onde o cara que ele gosta, gosta de outra e no final eles se afastam e isso o afetou bastante, claro que não, era apenas o Lee que era dramático.

Eles ouvem o sinal tocar, indicando o começo das aulas do dia, e os outros quatro agradeceram mentalmente por finalmente terem de parar de ouvir o Lee reclamar. Quando entraram na sala, o arroxeado olhou em direção ao garoto de madeixas laranja e estranhou quando esse não devolveu um olhar de raiva, mas sim um olhar cansado, ele mentiria se dissesse que isso não o preocupou, não só isso, como também as olheiras, e o jeito diferente que ele estava, parecia estar mal e o arroxeado até desistiu de tirar alguma brincadeira, apenas sentando na cadeira, de vez em quando olhando disfarçadamente para ele.

– Hannie, não precisamos ficar junto deles no intervalo se não quiser. - o Kim diz, quando o sinal soa, fazendo os adolescentes saírem como se estivessem em uma corrida.

– Tudo bem Minnie, não precisa se preocupar, eu vou ficar bem. - ele fala, forçando um sorriso para o melhor amigo.

O mais novo dos quatro lança um olhar acolhedor para o amigo, quando eles veem os cinco garotos se aproximando, ele sabia toda a história dele, sabia cada detalhe e sabia também que ele estava mentindo apenas para não preocupar ninguém.

– Olá! Vocês vão se juntar à nossa mesa hoje? - Felix é o primeiro a se pronunciar quando chegam perto dos outros, Han automaticamente olhou para o Lee mais velho, que também estava o olhando e deu um sorriso para o Han quando seus olhares se cruzaram, não era um sorriso sarcástico, como os que ele geralmente o mandava, e sim um sorriso sincero e reconfortante.

– Vamos sim. - Chan responde a pergunta do outro australiano, eles haviam se dado tão bem.

Os nove caminharam por um tempo pelo grande lugar, compraram suas comidas e se sentaram por alí, o Lee sentou ao lado de Jisung, não planejava irritá-lo ou algo do tipo, apenas queria se certificar que ele estava bem, os oito conversavam enquanto o alaranjado se mantinha quieto, e isso atraiu a atenção do Lee.

– Está tudo bem? Você parece pensativo. - ele fala baixo, mas o bastante para o mais novo ouvir, esse que concorda com a cabeça, mas era óbvio que ele não estava, ele sabia que o Han não falaria, muito menos com ele.

[...]

A semana realmente havia sido péssima, os pensamentos negativos e lembranças ruins insistiam em ficar em sua mente, ele odiava a sensação de medo e inferioridade que estava sentindo, mesmo sua mãe lhe dizendo para apenas não se importar com aquilo, ele não conseguia, era fraco demais para isso.

Observando a paisagem pela janela do carro de seu pai, ele ia tentando controlar a respiração pela ansiedade que sentia, seu coração batendo fortemente, ele sentia como se fosse vomitar a qualquer momento, roía as unhas curtas desesperadamente enquanto mexia a perna rapidamente.

Quando Jisung viu a casa onde teve a maioria de seus traumas, ele queria sair correndo, mas não poderia, não faria isso. Desceu do carro, quando seu pai o estacionou em frente a casa de sua avó, ficou um tempo observando o lugar, já fazia um tempo que não ia lá.

– Jisunggie, quanto tempo! - ouviu uma voz feminina falar e logo sentiu os braços dela ao seu redor, ele retribui o abraço, feliz por ver a prima. - vem, vamos entrar. - Jiwoo fala, já puxando o primo pelo braço para entrarem na casa, ele sentia olhares direcionados a ele, sua prima vendo o quanto ele estava desconfortável, segurou sua mão, se sentou no grande sofá junto a Jiwoo, viu seus pais irem conversar com seus tios, esses que olharam para a filha com um olhar estranho e Jisung sabia muito bem o por quê.

Han tentava apenas continuar sua conversa com Jiwoo, sem ligar para os olhares, faria isso até a hora do almoço e depois iria embora, assim ele esperava.

Ao chegar a hora do almoço, a família Han se reúne na mesa, Jiwoo sempre ao lado de Jisung, queria aproveitar o tempo com o mais velho, já que esse seria o último dia que se veriam até a viagem da mais nova, e ela amava muito o primo, diferente dos outros primos do Han que o odiavam.

⚠️

– Ei, Jisung, ainda sendo uma vergonha para a nossa família? ou já se curou? - ele escuta o primo mais velho falar, a prima novamente segura a mão do mais velho, esse que abaixa a cabeça, se sentindo mal com o comentário.

– Você não cansa de ser idiota, não, Donghae? - Jiwoo fala indignada com o irmão.

– O que? Vai dizer que ele não é desprezível! Tantas mulheres lindas por aí e ele vai ser um gayzinho de merda. - as palavras cruéis faziam o Han se sentir cada vez pior, ele queria responder aquilo, mas sua voz não saia, queria chorar e se amaldiçoava por isso.

– Você acha que pode falar alguma coisa sobre ele? você é uma pessoa horrível, eu tenho nojo de ser sua irmã, você precisa pensar no que fala antes de abrir a sua boca para falar esse tipo de coisa, porra. - Jiwoo já estava alterada,
odiava quando falavam de Jisung.

Jisung lançou um pedido com o olhar para a prima parar, ela revira os olhos mas obedece o outro, eles continuaram o almoço, muitos comentários homofóbicos eram direcionados a ele, ele não aguentava mais aquilo, só estava ali por Jiwoo, mas ao ouvir um último comentário vindo de seu primo, ele se levanta, não sabia para onde iria, apenas saiu em direção para fora da casa, e caminhou pela estrada, pegou seu celular abrindo o aplicativo de mensagens, entrou no grupo recém criado, clicando no primeiro contato, nem ao menos viu para quem estava ligando, estava nervoso demais para isso.

📲 – Alô? - ouviu a voz do outro lado falar e logo olhou a tela, levando um pequeno susto ao ver que oito pessoas ligou logo para aquela.

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