i (don't) like him - Minsung [HIATUS]

Chapter XVI

Jisung não estava com ciúmes, não era? Claro que não, só não tinha gostado da forma como eles estavam juntos, até demais. Também não gostou nem um pouco de imaginar que eles fossem namorados. "Merda, eu estou com ciúmes do Minho?" Foi o que Jisung pensou.

-- Eu não estava com ciúmes! - Ele diz para a garota, a vendo fazer uma expressão de completo sarcasmo. - Estou falando sério!

– Qualquer um consegue ver, Jisung. Eu te conheci hoje e vi isso estampado no seu rosto, bobão.

– Puta merda... Eu deixei muito óbvio? - Questiona, lançando-lhe um olhar preocupado.

– Estava tão claro quanto a luz do dia. - A Shin fala, dando batidinhas nas costas do alaranjado, como se estivesse o consolando. - Sabe, Jisung? Se eu fosse você, eu cairia na real logo e iria atrás do Minho. Ele ficou preocupado com você quando você saiu de lá quase soltando fogo pelo nariz. - Ela solta uma risada ao terminar de falar.

Jisung desvia o olhar dela por um momento, pensativo. Era difícil assumir que pudesse estar sentindo algo por alguém que jurou odiar, aquele sentimento era confuso, mas queria estar perto de Minho.

– Onde ele está? - Perguntou, se levantando do chão, limpando as mãos na lateral do corpo.

– Ele disse que ia para o terraço. - Ela diz, seguindo seu ato e também se levantando. - Boa sorte, Jisung!

A garota saiu saltitando, não dando chance de Jisung responder. Ela corre até Yeji, essa que os observava de longe e acena para o Han. Quando as duas somem de sua vista, ele suspira e começa a andar para dentro da casa, passa pelo bar e pega outra bebida sem álcool. Subiu as escadas que levavam ao terraço da mansão, olhando em volta, notando apenas uma pessoa ali, Lee Minho.

Se aproximou cautelosamente, se apoiando na grade de proteção assim como o Lee. Fitou o rosto bonito de Minho, sua face era iluminada pela lua, ele parecia bem mais atraente naquele momento, Jisung queria tanto colocar a culpa na bebida, mas nem tinha ingerido álcool.

– Por que saiu daquele jeito? Achei que estivéssemos bem. - E foi aí que Jisung notou a expressão frustrada que o mais velho possuía.

– Ah, não, não é o que você está pensando. - Desviou o olhar para baixo, tentando arrumar uma forma de se explicar. - Minho, os últimos dias tem sido turbulentos. - Ele engole em seco, brincando com os próprios dedos. - Eu não parei de pensar no nosso beijo em momento algum. Eu não parei porque eu simplesmente sinto vontade de repetir diversas vezes, todas as vezes que eu te vejo. - Seu coração parecia estar em pânico dentro de seu peito, sua respiração funda, era estranho assumir aquilo em voz alta, entretanto ele não queria parar, não naquela altura do campeonato. - Eu continuei afirmando para mim mesmo "eu não gosto dele", tanto que chegou a um momento em que não fazia mais sentido. Não fazia sentido eu continuar com esse pensamento, se tudo o que eu senti em relação a você me provava o contrário.

Minho se sentia nas nuvens, aquilo era real? Jisung estava realmente se declarando? Sorria involuntariamente a cada palavra proferida pelo menor, o frio na barriga era constante, seus olhos brilhavam e suas pupilas estavam dilatadas. Ele com certeza não precisava de muito esforço para entender que aquilo o que sentia era paixão.

Notou o nervosismo do Han, colocando sua mão sobre as dele. O olhava como se fosse o ser mais precioso existente, e talvez ele realmente fosse. – Fico feliz que tenha conseguido dizer isso. Eu gosto tanto de você, Jisung. Tudo em você é magnífico e eu inevitavelmente acabei me apaixonando por você, seu jeito me fez ter uma visão diferente do mundo.

Seus olhares finalmente se encontraram, os sorrisos discretos não deixam seus lábios. Minho leva sua mão à cintura do menor, o puxando contra seu corpo, o toque do Lee causava arrepios em Jisung, esse que suspira, deixando suas mãos pousarem no peitoral do mais velho. Jisung desce seus olhos para os lábios de Minho, segurando firme sua camisa, antes de o puxar sem muita delicadeza, fechando seus olhos e encostando seus lábios, os gostos de suas bocas se misturando e causando uma sensação que eles com certeza guardariam em suas memórias. O beijo era lento, não tinham pressa, apenas desejavam um ao outro. Mas também era intenso, suas línguas entrelaçavam, lutando por espaço. Jisung sentiu a mão de Minho adentrar sua camisa, os dedos eram gélidos o tocando, mas sentia sua pele queimar como fogo. Eles separam o beijo, mas continuam com as testas encostadas e os olhos fechados, recuperando o ar perdido.

– Você é viciante, acho que a nicotina faria menos efeito em mim do que você. - O Han sussurra, fazendo Minho rir. A risada dele também era viciante, inebriante, Minho era realmente esplêndido.

– Cuidado com o que fala, meu coração é fraco. - ele responde, abraçando ainda mais forte a cintura do garoto, o levantando do chão e girando algumas vezes enquanto o Han batia em seu braço, ordenando que o colocasse no chão.

– Você é mesmo um idiota! Se aproveitando dos meus momentos sentimentais! - Ele diz entre risadas, sendo posto no chão. Voltou a se encostar nas grades de proteção, mantendo seu olhar no mais alto.

– Hm, não estou me aproveitando de você, apenas estou feliz com os acontecimentos de hoje, acho que se tornou um dos meus dias favoritos. - O arroxeado murmura, se sentando no chão do terraço e se deitando em seguida. Observou as constelações que pareciam estar ali para apreciar o amor dos dois. E então, a lua, estava incrível, a lua cheia era tão perfeita.

– A lua está bonita hoje. - Minho sussurra, quase que inaudível.

– Sim, tão bonito. - Ele vê os olhos de Minho se voltando para ele. Jisung não olhava para a lua, não olhou desde o momento que tinha chegado ali. Mas seus olhos brilhavam, brilhavam como as estrelas que decoravam a noite, as estrelas também estavam bonitas.

Definitivamente, Minho tinha sentido primeiro, mas Jisung sentiu mais forte.

Eu amei escrever esse capítulo, espero que gostem tanto quanto eu!
Pela primeira vez, I (don't) like him tem uma capa que eu gostei.