Era 399 Vez

Vez 2 - Vagalumes

      Era uma vez no século XX, no tempo onde grandes revoluções cientificas aconteciam, surgiu-se um homem de 42 anos que, após ver num cartaz que procuravam cobaias para testes científicos, se interessou pela ciência, mas não conseguiu a vaga e ficou muito desapontado, mas encontrou um astrônomo que lhe ofereceu uma vaga em seu curso, ele aceitou, mas o que ninguém esperava nem sequer imaginava é que ele se tornaria um grande e importante nome para a astronomia.

      Edward Tryan era o nome dele, e, agora com 65 anos, ensinava aos seus filhos tudo o que ele havia aprendido, pois queria que eles se tornassem nomes importantes também, e sabia que por serem mais novos tinham muito mais chance de conseguirem isso.

      Entre os filhos de Edward, estava uma garota chamada Mirella Tryan Oliver, que na época tinha apenas 8 anos de idade. Por influência do pai, ela passou a se interessar e estudar muito sobre astronomia, e amava ver e conhecer as estrelas e constelações no céu noturno. A garota foi crescendo e cada dia mais ia desenvolvendo seus conhecimentos sobre o universo. E, para incentivar a garota, Edward deu para a filha um pote de vidro com vagalumes dentro, afirmando que quanto mais a garota aprendesse, mais os vagalumes iriam brilhar, mas se ela não aprendesse nada em tanto período de tempo, os mesmos iriam morrer. O homem sempre trocava os vagalumes quando via que a filha ia bem por outros mais jovens, e os deixava envelhecer se ela se comportasse mal em algum momento.

      Mirella tinha um irmãozinho que sofria de nanismo, e por isso era anão, e era assim que ela o costumava chamar. Certa noite, especificamente no dia 9 de maio de 1933, quando Mirella e o irmãozinho dela tinham 11 e 7 anos respectivamente, os dois estavam sentados num gramado na frente da casa brincando com um telescópio, sendo iluminados apenas pela iluminação natural da lua e o brilho dos vagalumes no pote de vidro, quando o irmãozinho apontou para o céu de repente, Mirella logo olhou, viu algo diferente e, olhando pelo telescópio, viu que se tratava de uma sequência de estrelas numa mesma posição, era uma constelação! O irmãozinho havia descoberto uma constelação!

      Mirella foi correndo chamar os pais, e de tão animada que estava quase não conseguiu pronunciar bem as palavras, então os chamou para vez com os próprios olhos. Os dois correram até o telescópio e, olhando para onde a menina apontara, viram a constelação; e o pai, que conhecia ponta a ponta cada uma das constelações que até aquele tempo haviam sido descobertas, pôde afirmar claramente que aquela constelação era nova, e que nunca havia sido antes descoberta nem nomeada por ninguém. A pedido da filha, Edward a chamou de Constelação do Anão.

2.1

      O tempo foi passando, e Mirella ia crescendo e cada dia mais se aprofundando nos estudos astronômicos, e passou também a estudar tudo mais sobre o universo, e ia escrevendo livros e mais livros relatando suas descobertas, até que um dia, com 32 anos de idade, ela resolveu uma enorme equação e chegou à conclusão de que existiam outros milhares de universos além do que era conhecido e habitado por ela e pelas pessoas que conhecia, e que para que a ordem reinasse nesses lugares era necessário o domínio de um ser poderoso, e bem sabia que todos eles tinham um único Rei, mas concluiu que existiam outros seres com um menor nível de poder que o do Rei Maior, que eram como que reis de cada universo, e tinham como principal objetivo manter a plena ordem entre as galáxias e evitar possíveis colapsos universais. A alegria que Mirella sentiu ao descobrir tudo isso foi imensa, e logo escreveu tudo em um livro separado, o qual denominou de Reges Universales, que é Reis Universais em latim.

      Após terminar de escrever o livro, Mirella viu que já era tarde da noite, então resolveu que levaria a público suas teorias e descobertas no dia seguinte, e como acreditava que aqueles escritos eram deveras importante para o mundo, o colocou em um pote de vidro, o pote em que antigamente ficavam vagalumes, e o colocou em cima de uma estante, pois pensou: "Se algum ladrão entrar aqui enquanto durmo, por que pensaria em levar um pote de vidro com um livro dentro?" E foi dormir.