Depois de Uma Guerra

cap.09

Droga
Meu coração estava dispara do só em pensar que aquele lugar me trouxera lembranças que jamais irei esquecer, queria que pelo menos um terço delas fossem boas, tiveram lembranças boas, mais não o suficiente para apagar as más.
Eu precisava dar uma volta e beber um copo d'água , andei até o vagão da sala de jantar, mas antes de pegar a água avistei uma garrafa de cachaça, um pouco não me ia fazer mal , das raras vezes que bebia eu sábia quando devia parar, pena que essa não foi uma dessas, cada gole me deixava mais livre do que eu estava sentido, sei que não era o certo.
As horas foram passando sem que eu percebesse, quando Peeta deu de aparecer, não me lembro direito mas eu estava no chão, ele me carregou até o uma poltrona, me colocando de forma que ficaria confortável, foi para bancada e começou a preparar algo, depois estendeu a mão que carregava um copo cheio de uma substância alaranjada.
-Beba, você vai ficar melhor- neguei com a cabeça, mas Peeta inclinoi o copo próximo a minha boca de forma que eu bebe-se.
Eu só me lembro de ter vomitado, e apagado.
Acordei assustada , estava em uma cama, Peeta dormia ao meu lado, mas acordou depressa ao sentir meu desespero.
-Katnnis?! Tudo bem?- eu apenas soluçava de pânico- Calma Katnnis, eu estou aqui com você!
Ele me deitou na cama, me acariciando, tentando me acalmar, eu lembrava da quele jeito, eu lembrava o quanto se preucupava com meus pesadelos.
-Petta!- o abracei, queria senti-los de novo, queria vê-lo seguro, não queria o perde também.
Ficamos abraçado na cama por um bom tempo, em silêncio, ele acariciando o meu cabelo e eu com a cabeça em seu peito ouvindo o seu coração bater.

Até que fomos interrompidos por um som.

-Senhoras e Senhores, gostaria de avisar-los que chegaremos ao destino em 20 min.

"Não "

-Eu acho melhor levantarmos, antes que alguém venha chamar- Peeta falou, mas continuou imóvel.
-Sim- foi oque conseguir dizer

Levantamos, coloquei os meu sapatos que por acaso estávam ao lado da cama, Peeta também colocou os seus.Mas antes de sairmos ele olhou em meu olhos.

- Ainda vou lutar - ele se inclinou deixando que seus lábios se encaixassem aos meus, me dando um beijo profundo, meus sentimentos por ele se reacenderam com tanta força, queria que aquele beijo fosse interminável.Senti sua mão em meu rosto, o que me trouxe arrepios, mas não havia coisa melhor do que o seu toque, que fazia me sentir completamente dele.
Quando nosso lábios se separararam consegui pronúnciar algo que realmente importasse.

-Lutar? Não precisa lutar por algo que já conquistou- o abracei, agora sei que depois de tudo ainda prevalecia o sentimento que ele sentia por mim, apesar de tudo.

-Senhoras e Senhores, gostaria de anunciar o desembarque, obrigada.- ouvimos novamente.

Não sabia que nosso beijo tinha demorado tanto tempo, nós separamos, mas seguimos ao desembaque de mãos dadas, minha vontade era de nunca solta-lo.