Às 15:00 da tarde

Querido Ocean

Hoje às 15:00 da tarde não fui nada mais que saudades dos olhos teus. Às 16:00 foram 60 minutos regorgitando as lembranças que insistiam em não me deixar, não por estar farto de você, mas por não aceitar que aquilo não iria mais voltar. Às 17:00 me vi querendo te chamar: "Querido Ocean, como estás?". Bem, aqui tem sido difícil, e os segundos parecem não passar... Às 18:00 inesperadamente ouço aquela sua música e inevitavelmente sai pela estrada, não a de San Lucas, mas aquela que nos víamos e íamos até o nosso cantinho de amar.

Adivinha só? Eu fui ao nosso encontro, mesmo sabendo que não iria te achar. Pedalei, pedalei e pedalei. Eu cheguei. E Obviamente, não te achei. Entretanto, olhando mais um pouco não pude deixar de deslumbrar, a visão das estrelas... Ah... Meu coração se acalentava, pois um resquício de nós tinha sido eternizado lá, e as estrelas que desta vez me viam só, são as mesmas de 1 mês atrás, tais quais nos deslumbrava em nossos momentos de maior fragilidade, aquele momento em que nos entregávamos com vontade. Eu podia sentir cada parte sua, mesmo com um pouco de timidez. Eu sentia sua respiração ofegante e até mesmo as trocas de olhares. Eu sentia que podia tocar os céus, quando tocava o céu da sua boca. E bem, por aquela janela, a lua e as estrelas de vela, invejavam aqueles momentos que tanto sinto saudade.
Eu não sei se pra você, querido Ocean, foi tão mágico quanto pra mim. E se eu estiver tão enganado assim sobre nós, saiba que não dúvido dos meus sentimentos por ti.
  É inevitável... Essas linhas não nos salvarão.
Querido Ocean, sou grato por fazer parte de mim.