Entre Bosques

Capitulo 11: Entre as Ruinas parte 1

Ao chegarem o grifo desceu até as ruínas e os dois desceram e ficaram admirados com o que viam. As ruínas flutuavam a um meio um lugar sem fundo para baixo, como se também fizesse parte do céu.

— Esse lugar me dá um pouco de medo. Fala Erfarum

Zefa: Pelo que eu observei no mapa o único jeito de sairmos dessas ruínas é irmos para o outro lado, pegarmos a pedra certa e tentar a sorte. Eu ouvi falar que as pessoas ficam presas aqui por anos ou até para sempre! É um verdadeiro labirinto misterioso.

— Por sorte eu não fico aqui tendo que ver sua cara feia pelo resto da minha vida. Diz Erfarum.

Zefa: -engraçadinho.

— Eu sinto que devemos pegar essa pedra. Pula Erfarum na rocha flutuante.

— SE A GENTE FICAR AQUI Para SEMPRE POR CAUSA DE VOCÊ EU TE MATO! Diz Zefa num tom preocupado

Eles sobem na rocha e procuram algum lugar para ficar...

Erfarum acha um local que gosta muito e se senta ali olhando a imensidão das ruínas e vendo que algumas até mesmo se chocavam.

Zefa observa Erfarum concentrado olhando as ruínas e fica um pouco pensativa...

— Eu posso te fazer uma pergunta Erf? Pergunta Zefa.

— Porque não? Responde Erfarum

— Por que você está aqui comigo, neste lugar, mesmo sabendo que pode nunca mais sair? e por que você fugiu de casa?

Você deve ter seus motivos, acho que não sairia por aí do nada, sem rumo...

Erfarum sorri e fala:

-Sabe... Eu estou me perguntando agora mesmo o que seria de mim se não tivesse fugido de casa. Acho que eu não viveria tudo isso que estou vivendo, eu nem mesmo tinha um objetivo ao sair de casa, eu só queria ver o mundo e me aventurar, eu não queria simplesmente passar a minha vida naquela mesmice de sempre, e também eu sinto algo em meu coração que me faz sentir fazendo o certo. Eu quero ver até aonde a vida vai me levar, se sairmos daqui é claro. Más se bem que não seria nada mal ficar aqui observando essas ruínas e tendo esta paz para sempre

— É com certeza você é meio doido, más acho que te admiro pelo seu jeito de ver as coisas. Más me diz, você sente saudades do seu pai? Pergunta Zefa

-Sim, eu sinto, às vezes me pego pensando nele, mas eu acho que o único jeito de viver a minha vida seria fugindo. Isso parece um pouco egoísta, eu sei, só que é algo bem pessoal. Fala Erfarum com um aperto no peito.

— Entendo... pelo menos você conseguiu o que queria. Comenta Zefa

— E quanto a você? Fadinha da floresta. Oque te fez ir atrás dessa tal relíquia antiga? Pergunta Erfarum enquanto observa as ruínas se chocarem ao redor deles.

— Bem... desde que eu era pequena, eu vivia sozinha com a minha mãe e nos éramos mais pobres éramos fadas comuns que viviam em cogumelos pelo reino. E eu sempre admirava as fadas importantes do castelo, porque todos os respeitavam e os admiravam. Eu queria ser assim também, queria poder ter meu lugar naquele reino e o mesmo respeito que as fadas reais possuíam.

— Um dia uma Relíquia lendária que foi conquistada pelas fadas na guerra antiga, foi roubada por uma criatura mística e muito poderosa. Essa relíquia era símbolo de poder no reino das fadas e era passada de geração em geração pelos descendentes reais.

— A rainha ficou devastada e pediu ajuda para um mago que vivia nas montanhas draconianas, ela pediu que ele a trouxesse de volta a qualquer custo.

— Más ele disse: "Eu não posso, não sou eu que devo fazer isso, pois a minha visão fala que quem deve ir atrás dessa relíquia e trazê-la de volta é o poder de uma fada e um elfo juntos."

— A rainha não falou mais nada e simplesmente voltou para o reino das fadas.

— Depois a notícia se espalhou pelo reino e a rainha havia dito que quem a trouxesse de volta seria muito bem recompensado e teria direito de morar no castelo.

— Más ninguém tinha coragem de enfrentar aquela Criatura, mesmo com a ajuda de um elfo.

O tempo foi passando e as fadas foram deixando isso de lado.

- Quando eu bati na sua cara eu estava tão apressada que não me toquei na hora, más logo a notícia de que um elfo estava no reino se espalhou e eu como uma boa buscadora de informações já fiquei sabendo e logo me lembrei de você. Até que eu tive a brilhante ideia de ir até lá com você e tentar trazer a relíquia de volta, e até que foi bem fácil, parece até que foi o destino.

Eu penso que é melhor arriscar minha vida tentando ser alguém do que simplesmente aceitando a minha situação, acho que vale a pena tentar, não tenho nada a perder mesmo.

— Não se preocupa, eu te protejo. Fala Erfarum com um sorriso

Zefa sorri envergonhada.

— Erf, eu aposto que a gente vai ficar muito famoso se conseguirmos. Todo mundo vai nos respeitar e nunca seremos esquecidos. Fala Zefa animada para Erfarum

— Tem razão, mas só de estar aqui agora para mim já valeu a pena. Eu vi muita coisa incrível até agora e testei os meus limites, espero conseguir ficar mais forte.

— Sabe, é estanho pensar que sua vida pode mudar totalmente conforme o que você faz, até mesmo o carma prova isso. Às vezes me pergunto o que teria acontecido se eu tivesse feito algumas coisas diferentes na minha vida. Não que eu queira mudar, mas eu penso nisso às vezes. Diz Erfarum reflexivo

— Eu não posso discordar disso Erf. Fala Zefa também pensativa

Eles não sabiam, mas o tempo nas ruínas passava bem mais devagar do que no resto do mundo. Oque para eles seria uma eternidade, geralmente não passava no máximo de um mês. Era um lugar tranquilo onde as emoções ficavam mais afloradas com o tempo. Muitos filósofos e sábios daquele mundo se aventuravam nessas ruínas a procura de aprenderem a lidar com suas emoções...

A noite chega nas ruínas e as estrelas brilhavam de forma espetacular, era até possível observar os planetas próximos aquele mundo. As estrelas cadentes eram algo perceptível no intervalo de alguns minutos.

Os nossos protagonistas tiveram uma longa conversa durante o tempo que estiveram esperando as ruínas chegarem ao fim.

Durante a noite observavam as estrelas e os planetas vizinhos...