Nervousness

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[ POV TONY STARK ]

Caralho, é ela mesmo?

Em primeiro lugar, essa mulher é ainda mais linda do que sua voz e foto de perfil me permitiam imaginar. Em segundo lugar, como um idiota pode ter se permitido perde-la? Isso só prova o quão idiota esse homem deve ser.

Ela está usando um vestido azul, com um detalhe prendendo e valorizando sua cintura, barras pontudas e decote consideravelmente atraente. Segundo o cronograma de viagem que ela me passou, chegaremos à Londres e iremos diretamente para o primeiro evento do conjunto de programações pré-cerimônia.

— Por favor querida, me chame de Tony — eu sorrio abrindo espaço para que ela passasse por minha poltrona e se sentasse na dela, ao lado da janela.

— Tony, bom — ela limpa a garganta, é notável o nervosismo dela — Eu... É...

— Me desculpe pelo atraso em te responder — me sento ao lado dela agindo naturalmente, e principalmente, profissionalmente — Espero que não tenha se irritado com isso...

— Não! É.. humm... — ela diz enquanto parece analisar meu rosto e eu dou um sorriso confiante — Você deve trabalhar bastante — ela sorri, mas logo seu sorriso se desfaz após uma crítica interna sobre o comentário que ela havia feito.

— Mais ou menos isso — dou risada me ajeitando na poltrona — Vejo que está nervosa... — dou uma risada nasal vendo o quão confusa ela estava em relação a tudo — Quero que se sinta confortável — estendo minha mão até a dela e a seguro, acariciando de leve os ossos de seus dedos com meu polegar, provocando um suspiro que ela sequer parecia estar segurando.

— Ok — ela respira fundo — Você se chama Anthony Edward Stark, tem trinta e um anos e... nunca trabalhou como um acompanhante de casamento, certo? Era o que dizia no site.

— Sim, é tudo verdade. — falo tranquilo, olhando para as pessoas que passavam pelo corredor.

— É tudo o que eu posso e preciso saber sobre você? É sério? — ela pergunta aflita, e eu a olho em silêncio, indicando um "sim" — Certo... acho que você precisa saber algumas coisas sobre mim.

— Além do que estava escrito nos textos que você me mandou em mensagens? — pergunto irônico, com um riso nos lábios.

— Você leu?

— Eu não deveria? — outra vez fui irônico, e ela suspirou — S/A Brown Lieberman, vinte cinco anos, formada em jornalismo, tem alergia a amaciante, adora ler, ouvir música e escrever suas matérias nos horários vagos. Tem uma vida social péssima e provavelmente quer voltar com o ex noivo que te deixou pouco antes de vir à New York.

— Eu não disse nos textos que queria voltar com ele! — ela tenta argumentar, e eu rio soltando sua mão.

— Não disse mesmo, mas está ficando mais óbvio a cada segundo que passamos juntos — esboço um sorriso convencido, e ela me repreende com o olhar — Ah e mais uma coisa sobre você! — ergo um indicador como se esquecesse algo — É bastante tagarela, não é?

A mulher permaneceu em silêncio por não mais que dois segundos, s rapidamente introduziu um novo assunto aleatório.

— Sabe aquelas famílias em que todo mundo discute, debocha um do outro mas continua se amando no fim do dia? — dou risada pela pergunta dela.

— Sim... — respondo.

— Minha família com certeza não é assim — ela fala permanecendo séria.

Ela parece tão preocupada com a idéia de visitar a própria família, chega a ser engraçado, mas não posso rir. Confesso, ela também é fofa assim, rosto vermelho pelo nervosismo, lábios entreabertos e olhos inquietos vagando por toda a parte.

The Only Exception  - Tony StarkOnde histórias criam vida. Descubra agora