Minha Nova Vida Em Um Mundo de Anime, Não é Tão Simples Quanto Parece

Segundo Dia e V?

O segundo dia nesta escola foi em sua maior parte gasto com as políticas e as regras da escola. Embora seja tecnicamente o primeiro dia de aula, já que ontem era a cerimônia de entrada.

Os professores eram bons e amigáveis com os alunos, amigáveis o suficiente para Sudo, que dormia a aula inteira, se ignorado. 

Os professores até notaram Sudo dormindo a aula inteira. Mas nem um deles mostrou qualquer vontade de impedi-lo de dormir.

Um bando de tolos.

Ainda me pergunto como ninguém percebeu nada. Os professores ignoram a atitude dos alunos, comida de graça, aqueles três itens domésticos por mês, as câmeras escondidas em cada um dos quatro cantos da classe.

Além de mim e do meu irmão, Ayanokoji e Horikita, mas ninguém tá achando estranho que o bom senso esteja sendo ignorado? Eles não são mais crianças, agora eles são adolescentes no ensino médio, deveriam ter percebido o óbvio.

Todos são realmente um bando de idiotas. 

Mesmo que haja um bando de pistas sendo jogadas em suas caras. Ou talvez seja apenas porque o bom senso não faz sentido no mundo dos animes, afinal de contas, mais da metade, não, mas de setenta ou oitenta por cento de todos os 400 dos alunos dessa escola são apenas figurantes sem nome.

É realmente estranho perceber esse fato pessoalmente … e de alguma forma esse fato me faz pensar que eu sou o único ser humano real nesse mundo. Sim, eu sei que de alguma forma não sou diferente dessas pessoas, sei que estou em um mundo que não existe, um mundo de anime, mas… eu sou capaz de pensar, me sinto vivo neste mundo, tenho um nome. Porém… e todas essas pessoas sem nome no mundo?

Se alguma dessas pessoas sem um nome morressem, acho que ninguém perceberia.

Logo a hora do almoço chegou. 

Todos estavam seguindo com seus amigos e conhecidos para almoçar. Eu me levantei do meu assento e lentamente saí da sala, meu irmão me seguiu ao meu lado.

"O que você quer comer irmão?"

"Não há comida que seja perfeita para nós aqui Otouto."

"Então, qualquer coisa serve."

Nós dois normalmente não trocamos muitas palavras inúteis. Eu entendo ele, e ele me entende, nossa relação como irmãos é tão simples como desconhecidos acenando um para o outro no meio da rua no Brasil.

"Koenji-kun!"

"Hein?" 

"Hm?"

Meu irmão e eu olhamos para trás quase ao mesmo tempo quando alguém chamou por nosso sobrenome. Era a Kushida, com o seu lindo sorriso alegre e aquele jeito fofo que todos da classe amam. 

Sob o olhar de meu irmão, Kushida olhou para mim estando nervosa com o olhar de meu irmão.

Meu irmão olhava para Kushida com um olhar divertido. 

Até mesmo uma puta de duas caras como ela se sentir desconfortável com meu irmão, hein. Ou talvez a Kushida ainda não tenha se esquecido do que aconteceu no ônibus?

"Nos vemos no refeitório Roku-nii."

Meu irmão que aparentemente entendeu a situação imediatamente, desceu a escada indo direto para o refeitório.

"Boa sorte com a Garota Bonita Otouto. De a ela um gostinho da nossa perfeição."

Meu irmão havia me desejado boa sorte com a Kushida, mas aparentemente ele entendeu a situação um pouco errada. O meu irmão realmente acha que estou tentando pegar a Kushida desde o ônibus? Se bem que se houvesse uma chance eu não desperdiçaria, mesmo ela sendo uma puta de duas caras.