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RADIANTE ;

As aulas foram normais, já estava começando a aceitar Draco e Astoria de conversinha pelos corredores, mas não quer dizer que não dói. Sinto um aperto no peito quando vejo eles, tento disfarçar e não me sentir afetada, mesmo que seja impossível.

Agora, a caminho do dormitório, vejo alunos pelos corredores e me dirijo até minha comunal, escuto sussurros assim que passo pela porta e acabo escutando sem querer.

"Parece que Draco está namorando Astoria, vi os dois se beijando nos corredores perto do salão principal" a garota número um falava, provavelmente se dirigindo a outra garota.

"Deve ser só um passatempo, assim como foi com várias garotas" a outra garota fala "Draco e insensível, não quer nada com ninguém".

"Verdade" a garota fala, passo por elas fingindo não ter ouvido e vou em direção ao meu dormitório.

Só de pensar no que eu já passei com ele eu me sinto triste, era bom, mais acho que não valia a pena porque tudo que ele me disse era mentira, Draco nunca me amará de verdade.

"Oh, Ames" Odeya diz assim que entro "precisamos conversar" ela me olha nervosamente, me sinto um pouco aflita.

"Bem" me sento ao seu lado na cama "sinta se a vontade para começar" a olho de forma atenta.

"Ames, eu fiz uma coisa, não me arrependo, mas pode te chatear" ela começa, sinto um frio na barriga já esperando o pior "eu juro que não sabia, descobri ontem, você sabe que tenho pouco tempo aqui, é até difícil falar isso, nem sei como falar, só não me afaste por isso" eu a olhei me sentindo mais nervosa ainda, tinha medo do que podia sair de sua boca agora "você lembra que eu te disse sobre aquela garota aquele dia?" Eu acenei que sim pedindo para ela prosseguir "era sua irmã" ela me olhou provavelmente esperando uma reação ruim.

"Tudo bem" ela me olhou um pouco chocada "eu e Fiona não nos damos bem já tem muito tempo Deya, mas não quer dizer que vou te impedir, a vida é sua, não seria legal da minha parte tentar controlá-la" eu dei um leve sorriso "eu gosto muito de você, te quero feliz, mesmo que seja com alguém que não me faz feliz, o que importa é sua felicidade" ela sorri pra mim, um sorriso sincero "no pouco tempo que te conheço tenho certeza que você falaria o mesmo para mim se fosse ao contrário, você e especial para mim" Odeya me abraçou, eu retribui.

"Fico feliz com isso, você é muito importante pra mim Ames" ela sorri abertamente "ok, agora vou me encontrar com ela, não me espere, não sei se chego cedo" ela piscou e saiu sorrindo.

Olhei para o céu através da pequena janela do dormitório, a lua começando a tomar seu lugar, linda como sempre. Ela me faz pensar me trás calmaria.

Odeya e Fiona, quem diria. Nunca imaginaria esse tipo de coisa, Fiona sempre foi preconceituosa em relação a mim, por eu ser da lufa-lufa em maior parte, e estranho ela "namorar" com uma lufana.

As vezes tudo que eu sempre quis foi uma irmã que me defendesse, me ajudasse e a princípio me amasse, eu sei que Fiona tem vergonha de mim e nunca gostou de mim, mas sempre quis que ela e minha mãe me amassem. O único que realmente parecia me amar era o meu pai.

Eu sentia meio que uma necessidade, de ter algum tipo de amor tanto na infância como nos tempos atuais, acho que por isso sou emocionalmente instável, me sinto muito apegada por gestos carinhosos, talvez seja porque não tive isso na infância.

As vezes o mínimo me faz radiante.

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O capítulo não foi revisado, peço desculpa por qualquer erro e pela minha escrita, faz tanto tempo que não escrevo, isso provavelmente está horrível.

SL*T - PARTE DOISOnde histórias criam vida. Descubra agora