Parte I

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Falta dois dias para o casamento mais grandioso da temporada, parecia que toda a alta sociedade estava empolgada pelo evento, as modista e suas costureiras mau pregava os olhos para terminar os vestidos dos convidados, todas as floriculturas estavam prontas para qualquer pedido de emergência vindo do palácio oficial de sua realeza, o alfaiate estava fazia o último ajuste na roupa do visconde Bridgerton, Anthony estava no White e sentia que todos os olhos estava virado para ele e alguns sussurras suas aposta alto o bastante para que ele pudesse ouvir, ele levanta os olhos em direção ao quadro e se pergunta quem era o tolo que a apostará que ele fugiria dias antes de seu casamento?

Anthony estava agindo da forma que todos queriam, não era essa a sua vontade se casar com o diamante da temporada e um casamento sem amor. Em dois míseros dias o visconde teria tudo da forma que planejou desde o começo da temporada, mas ainda assim ele não se sentia vitorioso, não sentia completo com satisfação como a sua vida estava saindo com o planejado. Ele ganhará, mas ainda assim ele se sentia como um perdedor. Sempre que fechava os olhos, mesmo que brevemente os olhos castanhos da Srta Sharma invadiam a sua mente, a pequena parcela de confusão e tristeza em seus olhos.

A certeza que a magoará feria seu coração mesmo quando seu lado menos racional lhe lembrava que ela iria voltar para Bombaim em poucas semanas. Anthony se perguntava por quanto tempo a lembrança dela lhe bastaria, será que ela sempre o assombrava em seus sonhos, ou será que em pouco tempo ela sumiria de sua vida. Para o bem dele e da felicidade de seu matrimônio. As milhas de distâncias fariam bem aos dois.

"Irmão!" A voz assustada de Benedict o despertou.

Então ele sentiu a ardência em sua mão direita, a mera raiva da certeza da partida o fez apertar a taça de brandy que segurava. O sangue vermelho escorreu e álcool em seu machucado o fez soltar o restante dos vidros. O visconde sentia que tudo em sua volta estivesse em mais lento, foi Benny que segurou colocou um pano para estancar o sangue. Os outros clientes do White comentavam alto sobre o que havia acontecido, uns ria dele e falava que era pressão do casamento.

"Benedict, você sabe quem apostou em minha fuga?" O visconde apertou o pano em sua mão machucada.

Benny sorriu da expressão séria de seu irmão mais velho. Anthony sempre carregou o peso do mundo em seus ombros e sempre viveu sua vida da forma que planejou, mas pela primeira vez Benedict viu que o homem que vivia um dilema profundo e parecia questionar seu dever. O segundo filho lembrou de quando no ano passado quando o irmão mais velho estava acreditando que morreria e que o Artista da família viraria o novo visconde, ainda assim Benny não via seu irmão tão preocupado ou pior machucado. Era como se fosse a sua vontade a um certo tempo, mas agora todos os Bridgerton sentia que a barreira em torno dele estava cada vez mais forte e que ninguém conseguiria o salvar de si mesmo.

"Simon, a mando de Daphne" respondeu a pergunta e acrescentou. "E eu apostei que você dirá 'não' ao bispo."

"Por que vocês estão tão contra a Edwina entrar na nossa família?" O perguntou em voz baixa, em vez de uma censura a qual todos esperariam dele. Parecia que o visconde precisava de um empurrão.

"Edwina não combina com a gente, nós os Bridgerton vamos destruir aquela doce garota." Benedict começou. "Ela ficará com receio de colocar ordem nas coisas, ela não parecia confortável jantando com a gente, ou jogando. Ela nunca irá se impor a nada e nem a ninguém, Edwina pode ser uma viscondessa perfeita, pode ser uma condessa perfeita e qual outro título ela seria perfeita, mas o sobrenome Bridgerton não combina com ela, para nossa família ela não é perfeita."

Anthony concordava com a cabeça e sabia que o irmão estava certo.

"Hyacinth, me falou que odeia a Edwina hoje a tarde." O visconde contou ao irmão. "Ela disse que como Edwina não me faz sorrir, ela não aprova o casamento e não participará de nenhum evento ao lado de minha noiva no futuro."

O homem se levantou da poltrona que estava sentado e sussurrou somente ao irmão, Daphne ganhou. Assim que o visconde saiu, Benedict gritou que o visconde iria pagar a próxima rodada de todos que estavam no estabelecimento.

Assim que cruzou a porta de sua residência de solteiro, duas dúvidas pairam sobre o visconde. A primeira para onde ele iria, seu lacaio já estava cuidando da carruagem que usaria e seu mordomo em pessoa prometeu lhe fazer um pequeno baú somente com o necessário. Ele retirou de seu cofre pessoal uma quantia que calculava de cabeça que seria o necessário, deixou escrito a Benedict como cuidar das contas da família e escreveu uma carta clamando o perdão de sua mãe. Violet ficaria muito decepcionado com seu filho, ou pelo menos era o que ela pensava que ficaria. A segunda dúvida era se Kate o perdoaria por fugir. O restante das mulheres Sharma e Lady Danbury poderia ir para o inferno junto com a suas decepções, Anthony não se importava com o que elas pensavam, ou o que a sociedade falaria sobre sua fuga. No fundo ele sabia que a sociedade londrina o perdoaria e até mesmo alguns jovens tolos ficariam impressionados com a sua partida. No entanto, saber que ao magoar Kate está certeza apertava seu coração e o fazia reduzir a canalha, ou pior como a ouvira chamá-lo uma vez um Libertino.

Seu criado o despertou do devaneio para avisar que a carruagem estava pronta e seu baú já estava guardado nela. O homem saiu de sua residência de solteira, no meio da noite e entrou em seu veículo. As ruas estavam más iluminadas, poucas pessoa andava por ela, ***Street*** o homem viu que estava chegando na rua da casa onde morava a maior parte de sua família. Então em um ato puramente egoísta, seu coração começou a bater forte em seu peito como de uma forma que nunca sentiu em toda a sua vida. O visconde mandou seu cocheiro passar na residência da Lady Danbury, mas não pela entrada principal e sim onde suspeitasse que fosse a entrada de serviço. Será que era assim que seus irmãos se sentiam? Essas incertezas e excitações desenfreadas que conseguia calar todas as vozes das razões, que o fazia somente querer mais e mais tomar para si aquilo que queria sem pensar em mais nada. Era isso que esse o tipo de sentimento que Anthony talvez tenha sentindo brevemente no passado, antes do seu mundo virar de ponta cabeça.

Mesmo com o movimento do veículo, pegou em seu compartimento secreto o tinteiro e a caneta que deixava escondido, ele também deixava algumas folhas de carta lá para emergência e sem qualquer capricho com a sua escrita ou se ficasse um pouco borrado, Anthony escreverá um pequeno bilhete para a Kate.

Assim que a carruagem parou totalmente, ele saltou do veículo e caminhou no escuro até o portão. Quase que por uma sorte divina, uma das empregadas estava abrindo o portão para um dos garotos que limpava as escadarias das residências em troca de um ou dois xelim. Assim que o menino que não parecia ter mais de oito anos que usava uma roupa alguns números maior que ele e com remendos, saiu assobiando contente. Anthony aproveitou a deixa e apareceu na frente da criada.

A mulher parecia ter mais ou menos vinte e tantos, o seu rosto mostrava cansaço e surpresa. Anthony podia não saber o nome dela, mas a criada sabia o dele e já fofocou com as outras criada de Lady Danbury sobre a bela aparência do homem. A surpresa da apreciação do homem a chocou, talvez fossem uma visita à escondida para ver a sua noiva. A jovem mulher segurou a vontade de suspirar apaixonada e levemente com inveja da sorte de Edwina Sharma.

"Eu preciso que entregue um bilhete para mim." Pediu o visconde. "E lhe darei dez libras para que isso fique somente entre nós dois e a dona do bilhete."

Os olhos azuis da moça na frente brilharam com felicidade, para a moça era lindo ver uma história de amor acontecendo bem em sua frente. Era como se estivesse vivendo nas páginas da Lady Whistledown e não somente lendo o folhetim.

"Claro, a senhorita Edwina ficará muito feliz com isso."

O visconde fez um som de negação ao que ela disse.

"Esse bilhete deve ser entregue à senhorita Sharma mais velha e se ela vier até mim, mais dez libras serão entrega a senhorita e espero que tudo o que você tenha visto nesta noite seja esquecida. Pode fazer isso por mim?"

Mesmo tentando esconder a surpresa, a moça afirmou balançando a cabeça. A mulher encostou o portão e voltou para a casa, Anthony só ficou parado no escuro e torcendo para que seu desejo fosse realizado.

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