Aimed to kill

Prólogo

A música calma ressoava pelo enorme salão, assim como o som de passos daqueles que se deslocavam ou dançavam.

O ar gélido tocava as partes expostas de sua pele com delicadeza. Sentia-se arrepiar-se com pequenas gotas frias que escorriam da taça de champanhe à sua mão.

Seus olhos dançavam por todo o espaço, acompanhando cada um com atenção até que se prenderam a uma mulher que adentrava na sala, recebendo uma taça do garçom.

Sasuke a analisou de cima abaixo atentando-se a todos os detalhes de seu rosto e corpo. Trajava-se com um vestido preto com duas fendas laterais e, a essa altura, o som de seus saltos destoava dos outros. Contudo, o detalhe que a destacava dentre tantas as outras pessoas no mesmo salão eram seus longos cabelos tingidos de rosa claro.

Seu olhar cruzou com os delicados olhos verdes que carregava e pode vê-la sorrir. Tudo naquela mulher lhe apresentava gentileza. Ela caminhou em sua direção, deixando a taça em uma das mesas.

- Você deve ser o Sasuke. - a voz melodiosa deixou seus lábios.

- É como fui batizado.

- Não me disse seu sobrenome.

- Não seria muito inteligente, não é? - ela sorriu.

- Presumo que não. - concordou, aproximando-se com um passo de forma a deixar seus rostos próximos.

Ela retirou a taça das mãos do homem a sua frente e a colocou de lado. Sasuke levou seu olhar à perna direita da mulher, que ficou mais visível com seu movimento para alcançar a mesa próxima e depositar a taça.

- Não acho que isso seja pra mim, não é? - ele perguntou, chamando sua atenção. Ela seguiu seu olhar e soltou um leve riso, reposicionando sua saia para cobrir sua coxa.

- A princípio não. Sem ofensas. Não preciso usar com a maioria dos homens que me chamam, mas é uma medida protetiva. Você deve entender.

- Completamente. - Sasuke estendeu sua mão, que foi prontamente pega, e guiou-a até o centro do salão para dançarem.

Em meio aos passos, ela soltou um leve riso e desviou seu olhar de Sasuke.

- O que foi? - questionou.

- Nada. Apenas tive um pressentimento.

- Conte-me, por favor. - ela interrompeu a dança e caminhou com ele de volta ao canto em que antes conversavam.

- Você é distrativo.

- Queira me perdoar. - sorriu pequeno.

- E corajoso.

- Sou inteligente.

- Muito bem, Sr. Inteligente. - ajeitou sua postura, colocando ambos os braços na frente do corpo, e lambeu os delicados lábios. Diga-me: quem eu devo matar?