8.

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O segredo dos dois quase tinha sido exposto na manhã, esqueceram totalmente que tinham duas crianças e dois jogadores de futebol os quais também eram duas crianças nos quartos ao lado. Não, não fizeram nada além de dormir, mas quase esqueceram da parte de acordar antes deles e fingir que Gavi realmente tinha dormido no colchão do quarto dela e não na sua cama. De conchinha. 

Não sabia ao certo quando tinha sido a última vez que dormiu tão bem, mas sabia que fazia tempo e principalmente desde que se mudou para a casa dos Hernández. Não a leve a mal, a família lhe acolheu e fez com que ela se sentisse em casa, mas a saudade de casa, de seus pais, seus amigos e sua rotina é completamente normal.

Pablo tinha se tornado alguém especial para a menina, não imaginava que estaria se abrindo e se permitindo viver algo além de simples ficadas em festas com alguém, não depois de seu término, por mais que tivesse superado, as dúvidas sempre ficam em sua cabeça, e bom, não podia deixar de questionar se isso realmente iria para frente. Ela queria, mas será que o sentimento era recíproco do outro lado?

Afinal, se seu ex que comparado ao jogador era um zé ninguém a deixou para aproveitar a vida em festas com uma menina diferente a cada noite, por que o garoto que podia ter qualquer uma aos seus pés escolheria ficar somente com ela? 

Sim, ela estava em uma de suas crises existenciais. 

No meio da balada.

Com vários jogadores do Barcelona. 

Ok, tudo começou depois de observar cinco meninas em questão de minutos irem se jogar para cima do Gavi, sim, ele é solteiro, mas caraca, eles tinham algo, né? Bom, ela achava que sim e ainda acreditava nisso após as cinco serem recusadas imediatamente e a cada não que o jogador soltava da forma mais educada que podia, saia do local o mais rápido possível. 

Queria se aproximar da menina que tinha toda sua atenção, mas não sabia como fazer isso e ainda se segurar e não expor toda a situação deles ali. Não via a hora dela falar que queria ir embora para ele usar a velha desculpa de leva-la em casa e ter um momento só dos dois. 

Guardar esse segredo nessas horas era uma merda. 

Perdeu a Alemã de vista por alguns segundos e não gostou da sensação, aproveitou que os amigos estavam distraídos entre si ou com suas namoradas e saiu andando pelo espaço, buscava a morena por todos os lados até então a encontrar. 

Revirou os olhos vendo a cena a sua frente ao mesmo tempo que apertava o passo, sua garota no bar claramente esperando uma bebida, enquanto algum babaca — em sua humilde opinião — tentava dar em cima dela. Observar as mãos do garoto passeando pela sua cintura, braços e cabelos fazia com que o Sevillhano quisesse amputar as mão do mesmo. Claro, só em sua cabeça. 

— Oi amor, tudo certo? Demorou — Ele chegou por trás da menina, usando sua força que era muito maior que a dela para finalmente afastar as mãos do garoto dela, ao mesmo tempo que sentia ela se encostar nele. Estava aliviada e ele conseguia perceber isso. O garoto era insistente, se ela havia tirado as mãos dele não era para colocar de volta.  

— Oi — Ela sorriu aceitando a água que o barman finalmente lhe trazia e agradecendo mentalmente aos deuses a chegada do garoto, livrando-a do empecilho que havia saído do seu lado no momento que o jogador se aproximou 

— Oi — Ele sorriu tentando esconder a irritação, não com ela, mas com o estrupício. — Quer ir para casa?

— Nossa, aceito, meus pés vão me matar e eu não aguento mais escutar cantada barata. — Ela confessou e ele riu baixo da careta da garota 

Um alivio percorreu seu corpo ao escutar a última parte. 

Enviou uma mensagem no grupo avisando que estava indo deixar a mais nova em casa, talvez voltasse depois, não voltaria e nem a deixaria em casa. 

O uber chegou rápido e em pouco tempo os mais novos estavam em um silêncio agradável dentro do carro, algumas palavras trocadas com o motorista e finalmente estavam em frente a casa de Gavi. A garota olhou confusa para o mesmo que deu de ombros sorrindo inocentemente e saindo do carro, puxando a mesma junto. 

— Vou deixar ela em casa, disse ele — Ela falou irônica enquanto eles entravam em sua sala de estar

— Ué, você está em casa — Ele sorriu para ela e ela não evitou o sorriso com o balançar da cabeça — Só você falar ao Xavi que vai dormir na casa de uma amiga e pronto, problema resolvido, você sabe que ele não vai desconfiar. 

E foi isso mesmo que ela fez. Uma mensagem depois para Xavi e ela estava autorizada a dormir na casa da suposta amiga, que no caso, era um de seus jogadores. 

Gavi tinha lhe emprestado algumas roupas suas e não demorou muito para os dois estarem deitados e mais uma vez o mais próximos um do outro que podiam estar, a cama do jogador era confortável e nada e nem ninguém podiam negar isso. 

— Sabe, eu quis amputar a mão daquele babaca — Ele disse enquanto apertava sua cintura e beijava seu cabelo, descendo os beijos para seu rosto e então seu pescoço. 

— Ciúme essa hora da madrugada? — Ela olhou brincalhona para o garoto, bom, pelo menos ela não era a única tendo ciúme naquela noite

— Eu só cuido do que é meu — Ele deu de ombros — Sendo o menos machista que essa frase podia ter soado pelo amor — Ele disse e ela riu afagando seus cabelos

— Se serve de consolo — Disse posicionando sua cabeça no pescoço do Espanhol e distribuindo beijos, sorrindo levemente ao perceber que o efeito que ele tinha nela estava sendo reciprocado — Eu também quis cometer algumas ações não muito boas com algumas meninas hoje

— Então chegamos em um consenso, só cuidamos do que é nosso. — Ele sorriu sorrateiro para a morena que sorriu aceitando o beijo que ele havia iniciado, suas línguas já conheciam uma a outra e era impressionante como cada beijo que compartilhavam se tornava melhor

— Gosto desse consenso. 


@sophiak via stories

"sim, foto no banheiro porque o look já denuncia que foi de última hora"

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"sim, foto no banheiro porque o look já denuncia que foi de última hora"


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