Entrei no anime Naruto: Uma nova vida se inicia

Rasengan

Após terminarmos a nossa "missão de viagem" continuamos nosso caminho rumo a não sei onde.

Cheguei a conclusão nesses dias de que mesmo estando com medo de ser fraco ou insuficiente eu posso me superar e ser forte. Agora de alguma forma me sinto renovada, é como tivesse me superado, e estou mais capaz de assumir minhas responsabilidades como uma chunin.

– Chegamos! – a voz de Jiriya se fez presente depois de um bom tempo.

Olhando a nossa volta, notei o clima se tornar mais úmido conforme avançávamos e nuvens escuras aparecerem mais a frente.

– Bem-vinda a Amegajure! – ergueu os braços sorrindo.

– Uau... – analisei a fronteira – É bem diferente do País do Fogo – sorri – E, eu não quero pegar essa chuva com esse frio, não – tombei a cabeça franzindo o cenho, ele riu alto – É sério...

– Tudo bem, não se preocupe. Eu posso cuidar disso.

Atravessamos a fronteira e adentramos o país.

Assim que começamos a andar pelas ruas da cidade fomos parados por um trio bem familiar para mim, Nagato, Konan e Yahiko nos levaram para conhecer alguns lugares legais.

Conforme conversamos eles nos explicaram como iam as coisas, e pelo que entendi os três seguiam com o plano original de trazer a paz, o que se tornou mais palpável, começando por Hanzou não estar no comando da vila faz um tempo. O grupo agora contavam com o apoio do líder do país e isso abril portas para a realização do sonho.

Ficamos um longo período por lá, eu achava tudo muito incrível, os três são exatamente como pensei e o casal, Yahiko e Konan são muito fofos juntos! Nagato era um pouco tímido no início, com o passar dos dias começou a se soltar e nos tornamos bons amigos no fim.

Jiraiya disse de uma hora por outra que iriamos embora, mal tive tempo de me despedir dos meus novos amigos. Certamente meu mestre está seguindo com mais uma missão, embora ele não tenha me contado, mas eu já consigo descifrar algumas características dele em relação a isso.

Durante alguns meses ficamos nos movendo sem ficarmos muito tempo em um só lugar. Meu treinamento acabou não se desenvolvendo muito por conta disso, alguns ensinamentos base, passei um tempo com uns sapos treinando e trabalhando meu chakra e outras coisas, mas nada de novos jutsus propriamente ditos.

Enquanto meu mestre saía para suas investigações eu ficava com pergaminhos, vezes sozinha vezes pedia para ele invocar Gamashi, um sapinho bem alegre e simpático que me fazia companhia.

Então enfim nos instalamos em um vilarejo calmo, lugar onde finalmente comecei a aprender sobre o rasengan. Comecei já treinando duro, não a ponto de ficar na situação de extremo e não conseguir treinar por conta disso, precisava saber dos meus limites, e dessa forma peguei o jeito até rápido.

Antes de começar com a primeira atividade, a bexiga, me certifiquei de perguntar em que sentido meu cabelo crescia, para não perder um tempo valioso, Jiraiya riu e só então compartilhou comigo que era para a esquerda.

Acabei levando algumas semanas para passar pelas fases e conseguir encorporar a forma só com uma mão, assim como Minato e Jiraiya.

– Jiraiya-San! – gritei com força abrindo as portas do puteiro, digo... Salão – Eu consegui! – o localizei me aproximando para o encontrar rodeado de belas, algumas nem tanto, mulheres.

– Quem é? – uma delas perguntou fazendo cara feia para mim.

– Não interessa – respondi a olhando de volta – Ele é meu avô! – peguei a mão dele o puxando delas e o trazendo comigo para fora, o ouvi resmungar depois de as dizer que voltaria logo – Certo – eu quase dava pulinhos quando paramos em um local calmo sem pessoas – Eu consegui! – estiquei o braço formando na palma de minha mão o melhor rasengan que conseguia. Meus olhos deviam brilhar enquanto viam a esfera – Vamos diga algo, ou então invoque Gamashi para que ele possa ver também...

– Você foi muito bem – o mais velho sorriu analisando o jutsu de todos os ângulos – Parabéns – tocou brevemente meus cabelos – E da próxima vez você é quem vai ter que o invocar, não posso ficar fazendo isso o tempo todo por você...

– Eu não tenho um contrato para poder fazer isso – disse dando de ombros.

– Você quer?

– Não sei ao certo, seria incrível formar um contrato com ele, mas não sei, talvez seja melhor esperar um pouco para ter certeza, não quero acabar me arrependendo depois – sorri fraco.

– Muito bem. Sabe... – me olhou de lado – Há casos, raros, muito raros, em que se é possível fazer contrato com duas espécies, mas eu mesmo nunca vi, a não ser que seja feito sem contrato, só com o consentimento de ambas as partes, entretanto você é bem especial, não é...?

– Sou!?

– É sim, mas não fique se achando, e esse rasengan pode ficar melhor, hein.

– O quê? Por quê!?

– Tá meio pequeno... – fez uma careta.

– M-mas... – refiz o jutsu o olhando com desanimo – Pra mim está bom – soltei um longo suspiro, de repente senti uma grande tristeza – Parece que terei que treinar mais amanhã.

– Não se preocupe, só mais um pouco e você o fará perfeitamente.

– Tsi – estalei a língua e lancei a esfera para qualquer lado – Parece que não será tão rápido quanto eu queria que fosse – lhe dei as costas começando a andar de volta.

– Ei, ei! Espera aí! – ele gritou animado.

– Ãn?

– Você viu? Você acabou de aprimorar o rasengan! Criou um novo jutsu! – veio até onde eu estava o olhando sem entender nada – Quando fez o movimento de o lançar, o fez percorrer um caminho sinuoso. O acompanhei desviar de alguns obstáculos – seus olhos brilhavam – Se você trabalhar mais nisso, seu jutsu pode se mover em curvas, como desviar de oponentes para acertar um alvo em específico.

– Tipo... Como mísseis balísticos? – minha boca formou um O de admiração, então o vi um pouco confuso – É algo que tinha de onde eu vim – ri sem jeito – Mas enfim...

– Certo – chacoalhou a cabeça animado – Você é uma genia!

– M-mas foi sem querer – encolhi os ombros quando o vi se aproximar mais.

– No entanto, me parece que você acabou de criar algo surpreendente, e por conta própria – sorriu de orelha a orelha – Vai com calma, tá? Não quero que minha aluna me supere tão rápido.

– Não seria capaz – sorri envergonhada.

Nesse um ano viajando junto a Jiraiya percebi de uma vez que não precisava duvidar de minhas capacidades, e de que sou capaz de muito mais sempre. Mesmo nós tendo ficado pouco tempo parados em um só lugar completamos esse primeiro ano comemorando meu aprendizado.

Além de eu ter aprendido o original, o aprimorei e batizei minha criação de Rasenkumori.