Bônus

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Megumi

Fushiguro


Caminho com as mãos nos bolsos pelo extenso corredor no quinto andar do prédio enorme. Tive sorte de ter conhecido Gojo quando saí de casa por causa de Toji, afinal, além de todo apoio e incentivo, meu tutor narcisista me presenteou com um quarto só meu em um dos grandes bares da cidade quando concluí o terceiro ano da faculdade.

O tipo de bar onde alfas e ômegas buscam seus casos de uma noite.

Eu, particularmente, gosto quando tenho alfas aos meus pés. A maioria deles me deixa puto com o comportamento autoritário, como se todos os ômegas fossem meros submissos sem dignidade. Bando de degenerados imbecis, mas essa é uma das coisas que me deixam duas vezes mais empolgado ao ter um desses caído aos meus pés.

Apesar de tudo, hoje quero algo mais calmo e é bom a dupla dessa vez ser bem menos radical do que de costume. O cheiro deles é bastante distinto, porém, se completam de um jeito estranho, isso me atraiu.

Logo após abrir minha porta com a chave magnética, encaro os dois. O mais alto e mais velho, Ryomen Sukuna, sustenta meu olhar com uma malícia descabida. Gostei dele. Já o mais novo, Yuji Itadori, parece um pouco nervoso e é fofo como ele está ficando vermelho durante o momento de silêncio.

Sukuna é quem avança primeiro, seus passos firmes rumam o quarto enorme ao meu lado. Antes de passar pela soleira, me lança um meio sorriso e um olhar de soslaio. Sorrio de volta, avaliando a sua bela bunda enquanto ele explora o cômodo.

— E você? — Viro-me para Yuji. Ele me olha de volta, um pouco sem jeito. — Sua primeira aqui?

— Bem, sim. — Ele ri fracamente, enfiando as mãos nos bolsos da calça. Hum.

— Parece nervoso. — Me aproximo dele devagar, vendo-o recuar e o prendo contra a parte ao lado da porta. — Você é um alfa bem tímido. Se for virgem e me disser agora, posso ser carinhoso com você.

Seu olhar, até então fixado nos meus lábios, sobe quando ele franze as sobrancelhas sutilmente. Diferente do irmão, ele controla seus feromônios muito bem, eu mesmo só distingui seu gênero quando me sentei à mesa entre os dois. Ele tem um cheiro bastante envolvente.

— Não sou virgem. — Yuji diz com convicção. — E nem tão inocente assim.

Que droga, ele é fofo mesmo tentando ser mais erótico. Seguro seu rosto com delicadeza, não consigo conter uma carícia sobre seus lábios bonitinhos antes de lhe dar um selinho. Posso ver seu semblante ficar mais calmo. Seria bem interessante desvirginar-lhe, é uma pena ele ter tido outros.

— Tá tentando me seduzir?

— Não sei, está funcionando? — Ele retruca, trocando de lugar comigo e me encurralando contra a parede.

Sorrio de canto percebendo seus feromônios me rodearem.

— Se eu fosse você tomaria mais cuidado. — Yuji parece interessado no mesmo momento, novamente encarando meus lábios. — Não sou como seus últimos amantezinhos.

Itadori não me responde, ao invés disso fica confuso ou curioso, então, deixo meus feromônios exalarem minimamente, sobrepondo-se aos dele totalmente, e o observo quase querer fechar os olhos para apreciar. Seu semblante está muito mais relaxado. Se um beta o visse agora, pensaria que está começando a ficar embriagado. Suscetível demais.

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