Prólogo

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23 de maio de 2050

O ano que eu conheci os “amores” da minha vida foi 2009. Eu estava entre meus 10 e 11 anos de idade, quando eles se mudaram para a casa ao lado da minha. A casa estava à venda tinha uns dois meses, até eu ver o caminhão de mudanças parado na frente da casa, e descobrir que a família Lehmann a havia comprado. Eu não sabia quem eram essas pessoas, nem essa família formada pelas quatro pessoas, depois da minha família, que se tornariam as mais importantes da minha vida, dali a alguns anos. Os Lehmann são: a dona Analice e o seu Claudio, pais de dois meninos, e os gêmeos Bruno e Christian.
Eu diria que o dia mais especial da minha vida, foi quando a dona Analice e o seu Claudio foram à minha casa jantar, que meus pais tinham feito o convite horas antes, quando se encontraram fazendo a mudança e os meus pais estava chegando em casa. Como boas vindas para os nossos novos vizinhos, mais tarde naquela noite, a família Lehmann foi jantar na minha casa para as duas famílias se conhecerem por completo, como disseram meus pais naquela tarde, antes do jantar das duas famílias. Meus pais, Alberto e Elisa, sempre foram assim, muito receptivos seja com novos vizinhos, ou com até um animalzinho abandonado na rua que eles encontram. Uma vez aconteceu que eles encontraram um filhote de vira-lata numa calçada perto de casa. Estava chovendo e quando viram, minha mãe saiu do carro, pegou o cachorrinho, o levaram pra casa, cuidaram dele por uma semana e depois o entregaram para um abrigo, onde, segundo meus pais, ele foi bem cuidado e logo um casal o adotaram. E eu, depois disso passei a ter um grande orgulho deles por isso.
Naquela noite de sábado, dia 23 de maio de 2009, quando a família Lehmann chegou à minha casa, fiquei normal. Cumprimentei a dona Analice e o seu Claudio e logo me perguntaram:
-Quantos anos você tem, minha linda? - palavras de dona Analice, que sempre me chamou assim.
-Tenho 11 anos, senhora – respondi super tímida.
-Vai fazer 11 daqui um mês né, Jenny? – falou minha mãe, sempre dizendo o oposto de mim.
- Tá pertinho, Elisa. E ela é uma graça de menina. – disse o seu Claudio que adorava me elogiar a todo o momento, sempre que possível.
- Sabia que você é mais nova que meus gêmeos um pouco mais de um ano? – perguntou novamente dona Analice. Naquele momento fiquei me perguntando, quem seriam esses “gêmeos” que ela estava falando?
-Sabia não, dona Analice, cadê eles? Eles são iguaizinhos que nem na TV? – perguntei eu, muito curiosa como sempre fui, apesar da timidez.
-Eles estão em casa, se arrumando. Desde pequenininhos adoram se arrumar pra tudo. – disse ela com um sorriso enorme no rosto.
-Quer ir lá conhecer eles, Jenny? – perguntou meu pai, que tinha acabado de entrar na sala, sem eu perceber e logo entrou na conversa.
-Não, papai, eu espero eles chegarem para o jantar. – respondi, morrendo de vergonha, pelo rumo que a conversa tomou.
Depois disso, felizmente, ninguém mais falou sobre o assunto e começaram a conversar sobre outras coisas. Após exatos 10 minutos, a campainha toca. E assim que minha mãe abre a porta, vejo dois meninos bem arrumadinhos, de camisa social branca, colete, calça e sapatos pretos. Fiquei tão impressionada com aquilo que cheguei a pensar que estava babando. Os gêmeos, logo na primeira impressão mostraram como eram e com certeza ainda são, muito unidos.
Eles entraram e se dirigiram para os pais, depois cumprimentaram os meus e assim que me viram, vieram na minha direção, e sentaram um de cada lado, perto de mim. Em poucos minutos, já tinham me perguntado até quantas roupas visto no dia. E eu, também perguntei sobre tudo para cada um deles.
Foi mais ou menos assim que nos tornamos amigos e em alguns anos, éramos melhores amigos inseparáveis.
Até que um dia, isso tudo mudou. Separamo-nos de uma forma que eu nunca esperava que fosse acontecer. Tudo por causa de uma decisão que eu tinha que tomar, um pouco antes de me formar na faculdade. E apesar disso, continuamos juntos. De um jeito, um pouco diferente. Descobrimos um sentimento que veio "depois do amor".

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