A Troca 💕

#1

Meu coração acelerou loucamente pelo medo do que poderia ser.

- Preciso que você preste bastante atenção em tudo o que vou falar, tudo mesmo. (Sara)

- Você está me assustando, Sara... (Ana)

- Aquele dia que brigamos pela última vez, quando tiamos apenas 18 anos.
Você decidiu sair de casa e seguir o seu caminho, criar uma vida nova, sem familiares, sem ter nenhum contato com a vida antiga.
Realmente ter um recomeço. (Sara)

- Você também... (Ana)

- E eu consegui.
Criei uma vida nova para mim, renegando todo o meu passado e esquecendo que um dia tive família... (Sara)

Ela estava triste e envergonhada por me contar isso, mas a entendo, fiz o mesmo.

- Estudei e trabalhei muito para me tornar uma Presidente bem sucedida.
Abri minha própria empresa e nunca vi tanta sorte para obter tanto sucesso em tão pouco tempo. (Sara)

- Fico feliz que você tenha conseguido tudo o que sempre quis... (Ana)

- Tive muito mais que isso.
O que eu sempre quis era ser famosa, aparecer em revistas e ter uma empresa própria.
Mas, consegui mais... (Sara)

Ela estava com lágrimas nos olhos.

- A três anos, conheci um homem maravilhoso, cavaleiro, gentil, amável comigo e com todos a sua volta, uma ótima pessoa.
Foi inevitável não me apaixonar por ele.
Nós saímos, nos apaixonamos, namoramos e a um ano atrás ficamos noivos. (Sara)

- E imagino que não contou para a nossa família sobre esse noivado. (Ana)

- Não, como eu disse, eles não tem notícias minhas a anos e nem o meu noivo sabe sobre a minha família. (Sara)

Ela nos esqueceu de vez.

Isso é o verdadeiro significado de começar do 0...

- Estou com ele a três anos, Ana.
Eu verdadeiramente o amo, mas ele é de uma família muito importante aqui.
Eles tem influência, reputação impecável e muito dinheiro, isso acaba atraindo maus olhares e muita inveja... (Sara)

- Onde quer chegar, Sara? (Ana)

Já estou assustada...

- A  um mês comecei a receber cartas escritas a mão me ameaçando, dizendo para deixar o meu noivo ou eles colocariam um fim na minha vida. (Sara)

Eu apertei suas mãos.

- Sara, isso é muito sério.
Contou para ele? (Ana)

- Não quis preocupa lo com isso.
Tentei resolver sozinha, falei com um amigo detetive, ele me aconselhou a procurar a polícia e assim eu fiz.
Mas, ele me disse para não confiar em ninguém nesse meio tempo... (Sara)

- E mesmo assim você me escreveu? (Ana)

- A semanas estou sendo seguida por um carro preto não importa onde eu vá.
Me assustei e te mandei aquela carta.
Aí, hoje fui convocada para fornecer mais informações sobre a minha denúncia na delegacia e lá eles me fizeram pergunta estranhas, como:
" Contou para o seu noivo?" "Alguém mais sabe disso? " " Se contou para alguém?"  "Nos conte agora!".
Eu sempre respondia que não, porém eles insistiam demais...
E ao ver que a minha resposta era a mesma, me deixaram ir.
Peguei minha bolsa e voltei ao meu carro e lá estava ele... (Sara)

- Um dos policiais que conversei estava dentro do meu carro apontando uma arma para mim.
Ele me mandou ficar quieta e dirigir o carro e assim eu fiz.
Fui guiada até um lugar abandonado e completamente sujo, lá tinha outros polícias, eles disseram algo sobre " Já temos a ordem, o dinheiros está na conta, agora é só se livrar dela."
Eles me bateram até não conseguir ver mais nada e por final me deram um tiro.
Me deixaram lá achando que eu ia morrer e como era um lugar abandonado deixaram o meu carro também.
O resto você já sabe, vim para casa e você me encontrou... (Sara)

- Sara, isso é muito sério...
Por que querem você longe desse homem? (Ana)

- Eu não sei, mas somos importantes aqui.
O nosso casamento é daqui algumas semanas, alguém quer impedir essa união a qualquer custo. (Sara)

- Nós temos que pedir ajuda agora! (Ana)

- Ana, nas cartas diziam para não envolver ninguém se não matariam o meu noivo.
E outra, a polícia trabalha com essa pessoa que quer impedir esse casamento. (Sara)

- Você tem ideia de quem é essa pessoa? (Ana)

- Tenho uma lista de suspeitos.
Poucas pessoas sabiam sobre o meu casamento.
Tenho que descobrir quem é... (Sara)

- Como?
Se eles acham que você está morta. (Ana)

- Ana, eu tenho um plano e preciso da sua ajuda para isso. (Sara)

- O que posso fazer? (Ana)

- Eu me caso em duas semanas.
Preciso estar nesse casamento e preciso deixar o meu noivo o mais longe possível de toda essa confusão. (Sara)

- Eu te ajudo.
O que quer fazer? (Ana)

- Dizem que o laço de sangue falam alto, mas me diz, o que está disposta a fazer por sua irmã? (Sara)

- Como assim, Sara?
Sabe que faria qualquer coisa para te ajudar. (Ana)

- Até mesmo uma troca? (Sara)

- O que quer dizer com troca? (Ana)

- Olha, meu plano é o seguinte.
Eu não vou estar recuperada até o dia do meu casamento, estou toda roxa, cheia de hematomas e com um tiro perto do peito...
Pensei que você poderia se casar no meu lugar e... ( Sara)

A interrompi .

- Espera, o que??
Sara, você bateu a cabeça?
Eu não posso me passar por você e me casar com o seu noivo! (Ana)

- Ana, me escute!
Só quero deixa lo o mais longe e seguro de toda essa armação.
Depois que vocês se casarem, vocês vão viajar para a lua de mel, vão estar seguros longe de tudo por pelo menos um mês.
Enquanto isso, fico investigando com o meu amigo detetive para descobrir quem armo isso para mim. (Sara)

- Sara, não posso fazer is... (Ana)

Ela começou a chorar.

- Ana, eu amo ele!
Não suportaria perde lo, ainda mais se algo acontecer a ele por minha culpa.
Acha que eu não gostaria de me casar e afasta lo de todos os problemas?
Mas, olha para mim!
Se alguém me ver assim vão fazer perguntas e isso vai acabar com alguém morto... (Sara)

Vê-la nessa situação me parte o coração.

A conheço, ela não me pediria algo assim se não estivesse desesperada...

Com muita relutância e briga interna, aceitei...

- Tá, irei ajuda lá.
Mas, como planeja fazer isso? (Ana)

Ela colocou o prato de lado e se deitou na cama com um sorriso de agradecimento que aqueceu meu coração.

- Falamos disso amanhã.
Vem, vamos dormi. (Sara)

Eu me deitei ao seu lado me perguntando se o pedido que ela havia me feito era realmente sério e com esse pensamento acabei sendo vencida pelo sono.

Continua...