Pov Natasha Romanoff
Não tinha prestado atenção para onde estávamos indo até Wanda parar o carro e eu ver que estávamos em frente de sua casa e de Pietro. Ela dá um aperto em minha mão e logo sai do carro. Vem até minha porta e abre, estende sua mão a mim e logo eu agarro, como se eu dependesse daquilo, e naquele momento eu dependia muito dela.
Entrámos pela casa e estava tudo escuro, afinal, já era tarde.
- Pietro está fora essa noite, então temos a casa só pra gente. - Ela diz e dou um sorriso a ela, que tratou de retribuir. - Vem, vou cuidar do seu nariz.
Ela me levou até a cozinha e logo limpou melhor meu rosto com gazes e soro.
- Está doendo? Quer ir no hospital?
- Não, Wan, não machucou. - Falo e ela me olha meio desconfiada mas concorda.
- Vem, vamos subir. - Ela novamente segura minha mão me puxando, subimos as escadas e logo estávamos em seu quarto. Estava tudo arrumado como da última vez que estive aqui, na noite em família. - Vá tomar um banho, deixarei uma muda de roupas no banheiro daqui a pouco.
Ela diz e logo me deixa na porta do banheiro que tinha em seu quarto. Entro porém deixo a porta encostada. Tiro minhas roupas com uma falta de ânimo porém logo estava em baixo da água quente.
Um tempo depois vejo batidas na porta.
- Posso entrar? vou deixar as roupas. - Sua voz soa por trás da porta.
- Claro.
Por conta do vidro jateado do box, ela não conseguiria me ver e nem eu a ela. Apenas a silhueta do seu corpo através dele. Vejo ela colocar a roupa em cima da tampa da privada e quando se virava para sair, eu a chamo.
- Wanda? - Ela para ainda de costas.
- Sim?
- Entre aqui comigo. Por favor. - Falo e sinto o choro se formando. - Se não gostar da ideia, tudo bem. Eu entendo que sou diferente e tudo mais, não precisa se sentir mal se ne..
Paro de falar quando vejo seus braços puxar seu vestido por cima da cabeça. Então vejo ela tirar sua calcinha e algo em mim acender. Meu coração parecia uma bateria tocando eletrônica.
Vejo seu corpo girar e logo sua mão abrir lentamente a porta do box. Nossos olhos se cruzam e eu me sinto perder o ar quando ela leva sua mão até seu cabelo, desfazendo o rabo de cabelo, assim seu cabelo caindo em cascata por seu ombros e costas.
Ela era a mulher mais linda desse mundo.
Estendo a mão a ela que segura e logo entra de vez no chuveiro. Levo minha mão fechando o box, porém nunca deixando seus olhos.
A trago para baixo do chuveiro, capturando o exato momento que a água caiu em seu rosto, olhando seus cabelos, rosto. Ela sorriu para mim e ali eu tive a certeza, que eu não estava apenas apaixonada por ela.
Eu estava amando Wanda Maximoff.
Ela leva sua mão até meu rosto e vejo que secava minhas lágrimas que pareciam sair livremente, por conta da água do chuveiro, nem tinha percebido. Mas Wanda sim.
Ela sempre percebia tudo.
Vejo ela pegando o shampoo e logo despejando em sua mão um pouco.