george weasley. ぉ

683 38 12
                                    


𓂃 aquele em que nos reencontramos

Se tem uma data esperada por todo aluno de Hogwarts - Além das férias e os fins de ano, essa data é a páscoa. Esse feriado é marcado com a volta dos alunos para suas casas, para que aproveitem com suas famílias. Bom, quem quiser ir. Afinal, casa não signficava lar, e disso Harry entendia muito bem

O garoto havia se recusado a passar o feriado com os Dusleys. "nem que duda se vista de coelho" ele disse. Estaria disposto a passar em qualquer lugar do mundo, menos onde era tão indesejado.

Então, era de se imaginar sua resposta a Ron quando recebeu o convite para passar com a família Weasley - E comigo, já que, com Molly e Arthur sendo meus padrinhos, era normalmente com eles onde eu estava a maior parte do tempo fora de Hogwarts

Havíamos acabado de chegar na toca, e eu desfazia a minha pequena bagagem no quarto de Ginny. Foi então que eu ouvi uma risada vindo da porta, uma risada muito mais que conhecida

George

Desde que os Gêmeos Weasleys terminaram Hogwarts, a escola não tem sido mais a mesma. Mesmo sendo a bagunça personificada, inegávelmente eles faziam falta. Eram minha alegria naquele lugar

Era mais difícil ainda sem George. Ele foi por anos pra quem eu corria quando as coisas ficavam difíceis demais com Draco, quando terminei com Harry, ou quando o Oliver foi embora. George era basicamente um pilar indispensável na minha vida, um amigo para todas as horas e derrepente, me vi sem isso

Mas lá estava o ruivo, com o mesmo sorriso travesso de sempre e me olhando de uma forma incrivelmente nostálgica

- Não reconhece mais seu Weasley Favorito? - ele zombou erguendo a sobrancelha em uma falsa magoa

Sem pensar duas veses corri em sua direção e me joguei em seu colo enlaçando seu pescoço. Primeiro George segurou minhas coxas pra ter certeza que eu não iria cair e depois deslizou seus braços para minhas costas, onde me girava de um lado pro outro apertando nosso abraço mais e mais. Meu rosto estava enfiado em seu pescoço. O perfume que ele usava não era o mesmo da escola, mas quem era eu pra dizer alguma coisa, eu também não era a mesma de alguns meses atrás.

- Também senti sua falta, Merlin - ele sussurrou de forma quase inaudível

Afrouxei o aperto lentamente e voltei pro chão, sem conseguir desfazer o sorriso

- Meu Deus é você! É você mesmo, eu não acredito! - exclamei em meio a pulinhos de animação

- O primeiro e o único. Não o primeiro porque Fred veio antes, mas único, com certeza - Zombou se encostando no batente da porta

Foi então que a ficha caiu. Eu não tinha notícias de George a meses. A magoa tomou conta de mim

- Por que não escreveu? Não existe carta onde você estava? Qual o seu problema? Eu senti a porra da sua falta! - Praguejei enquanto distribuia tapas nele. O êxtase havia passado, só restava a raiva pela falta de notícias

- Ei! Calma! - Respondeu enquanto tentava desviar dos meus tapas - Eu estava ocupado com a loja. E minha mãe escreveu pra você dizendo que estavamos bem

- Não é a mesma coisa, George! Como pode me deixar no escuro por tanto tempo? Sou tão dispensável assim? - Cruzei os braços

- Não faça perguntas idiotas, Merlin. É claro que não - Respondeu, transparecendo estar ofendido - É isso que você acha? Que eu esqueci de você?

- Foi o que eu senti depois dos primeiros meses sem nenhuma notícia. Eu não estava acostumada com o seu silêncio - Admiti envergonhada

Mas era verdade, nos primeiros meses eu costumava esperar por cartas dos gêmeos, e ainda mais as de George, mas depois de um tempo, simplesmente cansei de ficar triste

- Sinto muito por isso. Não era a minha intenção, de verdade - O ruivo admitiu, franzindo o cenho. Ele realmente pareceu se sentir culpado - Não achei que era tão importante pra você - Finalizou

- Quem está falando idiotices agora? Claro que você é importante, imbecil - Falei voltando a me animar.

Afinal, sentimentalismo não era muito a nossa coisa

- Então está tudo bem? - Ele perguntou em um sorriso frouxo

- 1 sicle e não se fala mais nisso - Mostrei a ele minha mão, dando uma piscadinha

- Vigarista - Respondeu colocando a mão no bolso e pondo uma moeda na minha mão, mas, antes que eu pudesse sorrir vitoriosa a moeda virou um pequeno bichinho dentado e me mordeu. Joguei o suposto cicle no chão e observei ele voltar ao seu formato de moeda

- Que merda, George! Que porra é essa? - Urrei de dor arregalando os olhos, olhando para a pequena marca de dente em minha mão

- Protótipo novo para a loja, legal, não é? - Disse sorrindo do resultado

- Eu vou matar você! - O ameacei tentando acerta-lo com um tapa, mas antes que conseguisse, George me segurou e me puxou pra outro abraço

- Deveria passar menos tempo tentando me bater e mais tempo me abraçando - Ele sussurrou, apoiando sua cabeça no topo da minha

- Me odeio por sentir tanta saudade de você como eu sinto - Fiquei na ponta dos pés me aconchegando novamente em seus braços - Mas teste essas coisas em mim novamente e eu quebro esse seu nariz de palhaço

- Mais agressiva que nunca. Devo me preocupar? - George me provocou, enquanto nos afastavamos

- É bom que se preocupe só em não me usar como cobaia - Disse levando minhas mãos até a cintura, fingindo uma pose ameaçadora

- Vou me esforçar - Ele riu. Sentia falta daquele sorriso. Sentia falta dele.

- George - O chamei - Me promete uma coisa?

- Não antes de saber o que é

- Promete nunca mais ficar sem me escrever. - Meu tom não era muito sério, mas eu mantinha uma expressão cautelosa

- Se você me tratar bem, talvez eu até anote na minha agenda ocupada sobre isso - O ruivo disparou

- George!

- Tudo bem. Anoto nas duas agendas

- Eu estou falando sério - Suspirei o encarando

- Temos uma promessa. - Ele sorriu me erguendo a mão para um comprimento - Eu prometo se você prometer ser minha cobaia

Mostrei a ele meu dedo do meio

- Nunca vai acontecer, Weasley. - Anunciei em um sorriso - Onde esta Fred?

- Na loja com a Angelina. Mamãe disse que você estaria aqui, mas eu só vim pegar uma caixa, e já estou voltando pra lá

- Posso ir com você? - Perguntei animada. Não conhecia a loja direito. Seria a oportunidade perfeita

- Claro. Se você quer trabalhar de graça, quem sou eu pra dizer não?

- E onde fica os direitos trabalhistas nisso? - Ergui uma das sobrancelhas

- O único direito trabalhista que eu uso é o "tempo é dinheiro". Conhece? - Zombou

- Tenho quase certeza que isso é crime

- E quem vai me denunciar. Você?

・。。・゜゜・。

saudade do meu ruivinho :(

The Bends - Uma experiência entre realidadesOnde histórias criam vida. Descubra agora