Eu olho para lá olho para cá
Nunca encontro meu destino certo.
Eu já limpei o banheiro, e deitado nele fico cantando olhando para teto
Tentando buscar a inspiração
Através da improvisação
Eu tento cantar algo feliz
Mas minha felicidade falou hoje não
Alguém avisa para minha mente
Que já não me importo mais
Eu quero lutar pra não ser mais um delinquente
E acabo um a cada dia eu me torno mais
Eu fico olhando para todo o mundo
Falando mesmo no literal
Eu fico arrasada quando te assassinam
Em busca de capital .
Eu busco ser jovem, e não banal
E eu tento não deixar me iludir
E parece que tentam me impedir
Tentando me compactar a um socioeconômico estrutural Mas eu vim da selva, sou leão, sou demais pro seu quintal.
Eu penso e eu falo demais
Por isso citei racionais
.
.
Como que morador do queto vai chegar no seu filho
E falar que bala na cabeça de preto significa a cor branca de paz?
E quando entrar, pode deixar o preconceito a ideia da vitimismo, e todo seu racismo, eu não vou me cansar de falar disso
Até o dia que eles não vão nos excluir e sim nos acrescentar nisso
E esse dia vai demorar
Vai demora Pra chegar
Por causa de achismo estrutural
Olham pra tua cara e já te julgam
E acabam de pouco a pouco matando nosso protesto cultural
Eles não cansam de falar
E por que logo eu vou me cansar?
E lutar pelos direitos não significa trocar com as mesmas moedas
Eu busco ser maior
E isso eu escolto
E como Ray Charles eu digo
Não e só por que você não enxerga não significa que você tem o olho!
Eu vejo um monte de criança sofrer
pra sustento de casa trazer,
e um sistema em dominação
Dia 12 passou aí
Eu só vi gente abrindo a boca pra falar não
E eu já escutei de mais e cadê a ação?
Eu nunca falei sobre submissão
E sim sobre uma geração
E não é não é pelo fato de querer ou não
E Porque hoje em dia liberdade é prisão
E eu nunca vou sair Ilesa
Eu não quero entrar em nenhuma empresa
Quando que isso vai entrar na sua cabeça?
E eu digo com firmeza
Como balas em nossas cabeças
Eu sou teimosa e vou falar
Tenho bastante pra te mostrar
De seguir sendo vigiada quando entro em loja
E isso não ensina nas escolas
Porque um branco ganha por horas
E preto recebe cotas
Eu sigo vagante
Minha mente se formando inteiramente ambulante
Eu lembro de tudo que você fez
E eu te digo mais uma vez
Porque suor do meu trabalho vai cair como lava na cabeça de reis
