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Médico — Eu sinto muito, mas o caso do senhor é de pouca motilidade nos espermatozóides.

Eduardo — Então quer dizer que eu sou estéril?

Médico — Estéril não, mas dificilmente conseguiríamos uma gravidez natural no caso de vocês, só mesmo com uma fertilização in vitro.

Aquela notícia caiu como uma bomba sobre o casal, já havia alguns anos que o casal estava tentando engravidar, mas não conseguiam até que decidiram investigar mais a fundo e descobriram que o problema era com Eduardo, com baixa motilidade nos espermatozóides o único jeito de conseguirem uma gravidez era com uma inseminação artificial, mas justo naquele momento o casal estava passando por privações financeiras e não poderiam se dispor de tanto dinheiro, fora que corria o risco do tratamento não funcionar de primeira e eles teriam que investir todo aquele dinheiro novamente.

Eduardo até conversou com Sidney sobre a possibilidade de adotar, mas o rapaz era totalmente contra.

Eduardo — Tem tantas crianças precisando de um lar, a gente pode adotar uma e deixamos a inseminação mais pra frente, ainda temos a casa e o carro pra quitar, fora as dividas da minha construtora que eu comecei agora.

Sidney — Eu não tenho nada contra a adoção, mas eu queria ter um filho meu de sangue primeiro.

Aquela questão de ter ou não ter filhos de adotar ou não e da inseminação artificial acabou desgastando o casamento dos dois que já não estava bem e eles se separaram, Eduardo acabou saindo sem nada daquele casamento ficando apenas com a sua construtora mesmo, Eduardo também desenvolveu uma depressão principalmente depois de Sidney se casar de novo e ter ficado grávido do novo marido em pouco tempo fazendo com que Eduardo ficasse ainda pior.


       Alguns Anos Depois


Os anos se passaram e as coisas mudaram para Eduardo, ele encontrou no trabalho uma válvula de escape o que fez com que a sua construtora crescesse e se tornasse a maior da cidade e mesmo agora já com 40 anos de idade Eduardo não se envolveu com mais ninguém.

Naquela manhã ele levantou cedo como sempre foi tomar banho, depois do banho ele aparou um pouco da barba em frente ao espelho, Eduardo tinha 1,90 de altura, corpo musculoso da academia que ele fazia no seu tempo livre, alguns pelos pelo corpo já que ele não curtia muito depilação, barba por fazer, olhos castanho escuro e cabelo preto cortado baixinho e já com alguns fios grisalhos.

Como não tinha o costume de cozinhar em casa ele sempre tomava café da manhã na construtora, Eduardo era engenheiro civil e empresário também. Ao sair do seu carro no estacionamento ele viu um lençol jogado em um canto e estranhou aquilo.

Chegando na construtora ele tomou seu café e já começou o seu dia de trabalho um pouco antes da hora do almoço ele precisou ir verificar uma obra com o engenheiro Felipe e os dois foram no carro do próprio Eduardo e no estacionamento passaram pelo lençol novamente.

Eduardo - Esse lençol ainda tá aí?

Felipe - É...parece que tem um mendigo dormindo aí de noite.

Eduardo - Um mendigo?  Disse estranhando, pois não era muito comum moradores de rua naquele bairro.

Aquele dia de trabalho foi longo e Eduardo decidiu ficar até um pouco mais tarde na construtora, pois tinha algumas pendências para resolver e já era costume dele ficar até mais tarde na construtora pelo menos duas vezes na semana.





***




Miguel - Acho que não tem ninguém aqui mais. Disse o jovem grávido entrando com cuidado no estacionamento no seu colo tinha um bebê de oito meses e e do seu lado caminhando ainda um pouco desengonçado um outro bebê de 2 anos.

Miguel era um jovem de apenas 18 anos e desde os 15 após a morte de sua mãe que ele foi parar nas ruas e teve que lutar para sobreviver e já sendo difícil sobreviver sozinho ele agora tinha que fazer isso com mais duas crianças pequenas e ainda estando grávido de 4 meses, Miguel sempre foi muito ingênuo e se apaixonava fácil e assim acabou sendo abandonado pelos três namorados que teve todos eles sumiram após engravida-lo.

Miguel era um jovem bonito apesar de estar em uma situação de mal trato, baixinho com 1,55 de altura, corpo curvilíneo com uma bunda bem grande, quadris largos, coxas grossas, a barriguinha estufada que já anunciava sua gravidez e seios grandes já que o mesmo ainda amamentava, a pele branquinha e delicada, cabelos loiros ondulados e bem compridos que iam até metade das costas, olhos verdes e lábios rosados que eram bem carnudinhos.

Mesmo tendo ainda um carro no estacionamento Miguel não se intimidou, pois era comum alguns carros dormirem ali e ele já sabia que naquele horário já não tinha mais ninguém trabalhando na construtora. Ele se deitou no mesmo canto com as suas crias e ele dividiu com os dois filhos uma quentinha de macarrão, feijão e ovo que havia ganho, algumas pessoas o olhavam torto ao verem o jovem grávido e com duas crianças, mas alguns poucos o ajudavam.

Depois de comerem ele ficou ali fazendo carinho nos filhotes,  Gabriel o mais velho era quase um clone de Miguel, branquinho e loiro dos cabelos ondulados a única diferença eram os seus olhos que eram azuis, já o caçula Henrique era ruivo com algumas sarninhas e olhos verdes e algum tempo depois os dois meninos pediram para mamar também, Henrique pedia puxando a blusa do pai já Gabriel que era um pouco mais espertinho pedia verbalizando.

Gabriel - Mama, tetê.

Miguel tirou a camisa e começou a amamentar os dois filhotinhos ao mesmo tempo enquanto fazia carinho na sua barriga de grávido quando se assustou ao ouvir passos no estacionamento.





         Continua...



Oiê meus amores espero que tenham gostado do capítulo logo logo teremos mais.

Beijos♥️♥️♥️♥️

Improvável AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora