1. Noite cinza

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Oi, podem me chamar de milk, sou a autora dessa obra, eu só estou aqui para um pequeno mas importante aviso: para algumas pessoas o conteúdo desse primeiro capítulo pode ser sensível, então se você não se sentir confortável lendo, tem um breve resumo do capítulo no final desse mesmo. Mas enfim sem mais enrolação tenha uma boa leitura ('▽'ʃ♡ƪ)

A cama está vazia, igual a minha alma, com um sentimento facilmente comparado a uma casca vazia, igual minha mente, acompanhada de uma pressão intensa em meu peito, que sobe e desce, as vezes para... mas retorna, pelo reflexo de meu corpo.

- Porra...  - sussurro entre suspiros, acompanhados de uma voz fraca, meio trêmula, eu diria.

A janela está aberta, a cortina se balança de acordo com o vento. Olho para o céu, o observo por alguns instantes, viro meu rosto, e fecho meus olhos com força, abrindo minha boca o máximo que consigo, em uma tentativa falha de aliviar a pressão que carrego em meu peito.

Meus ouvidos começam a zumbir, e pequenas lágrimas recém acumuladas começam a escorrer pela minha face já dolorida, a única coisa que solto são suspiros, tão desesperados mas ao mesmo tempo tão calmos.

Tento repetir o processo, mas nada muda. Tudo está tensionado, com a cabeça em turbulência, pernas e braços trêmulos, respiração acelerada, e um grande bolo de culpa preso no fundo da garganta.

A luz me deixa ansiosa, então tento me cobrir com as cobertas já úmidas pelas lágrimas, sinto-me sufocada com minha respiração abafada retornando aos pulmões. Então minha mente para, a respiração é cessada, o corpo relaxa, o zumbido se transforma em um branco. Me viro para a janela, na intenção de respirar um ar mais frio.

O vazio retorna, mas dessa vez é diferente, sinto- me acolhida pela lua inexistente no céu nublado. A cama ainda está vazia, mas logo é preenchida pelos meus devaneios, fazendo- me viajar por uma fantasia visionária, meio incompreensível eu diria. Me levanto indo em direção à janela, olho o céu, cinza, como minha mente, essa semelhança me conforta, mas ao mesmo tempo me assusta.

Fecho a janela, e retorno para a cama, me deito, mesmo sabendo que não conseguirei dormir. Vou ao encontro do meu celular, desbloqueio a tela, indo em busca do nome que tanto anseio encontrar.

Quando encontro, logo clico no mesmo, e aguardo na chamada. Não está tão tarde, são 23:51, ele deve está acordado, ele tem que está acordado, eu preciso que ele esteja acordado. Aguardo na linha por mais alguns momentos, e quando estou quase perdendo a esperança, ele atende.

- Suh, o que aconteceu? Você está bem? Não é de costume você ligar pra alguém, muito menos pra mim...- ele fala baixo e com a voz calma, brincalhona e irônica com sempre, um pouco rouca, mas deduzo que é resultado do seu sono, provavelmento o acordei.

- Klaus...- Minha voz falha, ele já sabe oque está acontecendo, escuto barulhos no outro lado da linha, provavelmente Klaus já está vindo me ver.

- Você tá em casa ? - ele pergunta calmo

- Sim - respondo baixo

- Se arruma vamos dar uma volta, chego em 15 minutos, não precisa se apressar.

- Ok... mas onde vamos ?- perguntei meio incerta

- Não sei ainda, fica a seu critério, só quero te levar pra tomar um ar.

- Obrigada... - respondo baixo, mais pra mim do que para ele, mas o infeliz escuta e começa a dar lição de moral, falando que não está fazendo nada demais e eu provavelmente faria o mesmo por ele.

Me levanto preguiçosamente ao encontro do armário, não vou me preocupar tanto com minha roupa, já que não pretendo ficar na rua, então procuro algo confortável e simples, mas não desengonçada, provavelmente Klaus estará com uma roupa confortável, mas estilosa então vou á procura de uma roupa com os mesmo atributos.

Me levanto preguiçosamente ao encontro do armário, não vou me preocupar tanto com minha roupa, já que não pretendo ficar na rua, então procuro algo confortável e simples, mas não desengonçada, provavelmente Klaus estará com uma roupa confortável, ...

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Meu cabelo é loiro cacheado e quase sempre está bagunçado, ocasionando um certo volume, dando um contraste entre minhas roupas, que por sua maioria são escuras. Já pronta, desço em direção da portaria do meu condomínio, saindo do mesmo e parando na calçada, aguardando o Klaus chegar, naquela rua deserta, com o céu cinza e clima calmo com uma leve brisa gelada, mas não o suficiente para me deixar com frio.

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Oii, pra quem preferiu pular direto para o breve resumo aqui vai:

Surih não está se sentindo muito bem, pois devido a transtornos psicológicos, acabou sofrendo um ataque de ansiedade durante a noite, então quando fica um pouco melhor, a mesmo liga para o seu melhor amigo( o Klaus), buscando apoio e acolhimento, o mesmo sem precisar de muitas palavras de Suh, já compreende a situação e agora esta á caminho de sua casa para buscá- la, enquanto a mesma se arruma e o espera na frente de seu condomínio.

A roupa que Suh escolhe para se encontrar com Klaus é a que está na foto em cima do último parágrafo antes da divisória. 

Enfim obrigada por ler e até o próximo capítulo. (^///^) .

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