Capítulos cinco

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Helena
O dia está perfeito digno de ser aproveitado. Levanto-me lentamente da cama, abro a janela e deixo a claridade do dia e o calor do sol me banhar. O céu não podia estar mais impressionante, observo as nuvens e elas andam umas de encontro às outras. Assim também somos nós, vivemos tentando encontrar o que nos complete. Espero que um dia encontre minha nuvem. Talvez eu esteja sonhando demais, mas a verdade é que acordei com vontade de viver, de aproveitar todas as coisas belas que Deus tem me proporcionado. Vejo um raio de sol pousar em minha escrivaninha e é lindo como a luz fica colorida vejo pequenos fragmentos de poeira virar uma dança de cores. Como pode algo tão simples, se observado com atenção se tornar tão belo, me aproximo da luz colorida e passo meus dedos entre ela, e posso ver as cores através dos meus dedos, pego meu celular na cabeceira para registrar aquele momento. Desço as escadas com cautela, pois não quero interromper o sono de mamãe. Entro na copa e começo a preparar o café da manhã. Como conheço bem minha mãe sei exatamente o que a deixa feliz. Então pego o liquidificador e jogo, farinha de trigo, amido de milho, ovos, leite, e manteiga. Em poucos minutos estou com minha massa perfeita. Jogo na frigideira e deixo dourar em seguida acrescento mel, repito o processo mais umas seis vezes e minhas panquecas estão prontas para serem degustadas. Preparo também alguns ovos com bacon. Faço um delicioso e saudável suco de laranja e claro meu cafezinho que não pode faltar. Decido arrumar a mesa do jeito que mamãe faz. Pego as louças japonesa que ela ganhou de vovô e os copos grandes de cristal, coloco na mesa um jarro com algumas margaridas brancas. E olho de longe para ver como ficou. Ela está perfeita.
—Hum! O cheiro esta tão bom que me derrubou da cama.—Diz mamãe, já atacando os bacons.
—Pelo jeito alguém aqui, acordou animada. Continua ela.
—Eu sempre estou animada dona Vera. —Chamei-a pelo nome o que sempre a faz rir. O porquê eu não sabia, mas ela sempre ria quando eu chamava assim.
— Mas hoje, até parece que você viu um passarinho azul. Quando ela terminou a frase, lembrei-me de Matt, sempre que alguém falava azul, eu via nitidamente seus olhos em minha mente boba. Meu coração ganhou vida quando me lembrei do dia anterior que foi confuso e tenso, mas ainda assim eu gostei.
— Mamãe! Não plante ideias nessa sua linda cabecinha loira.
Mamãe sorri, e eu a observo. Como ela é linda, eu queria ter herdado sua beleza, seus cabelos lisos e loiros seus olhos verdes. Vejo que os olhos de mamãe estão com um brilho diferente como se ela ocultasse algo de mim. Contudo decido não invadi sua privacidade. Eu notei no último almoço com membros da igreja, vi que o senhor José um homem muito enxuto estava conversando bastante com mamãe, e depois disso sempre vejo mamãe com o celular mandando mensagem. Acho engraçado ela parece uma adolescente, mas minha linda tem todo direito de ser feliz.
—Filha você vai participar do show de talentos?  Pergunta ela meio duvidosas.
—Sim! Ela arregala os olhos como se não acreditasse no que eu acabo de dizer. Ela me olha fixamente durante alguns segundo. Esperando que eu diga que é brincadeira ou algo parecido. Mas eu mantenho em silêncio. Dou uma garfada em minha panqueca e me delicio com a doçura do mel. Quando ela percebe que não vou mudar de ideias. Diz:
— Quem é você? E o que você fez com minha tímida filha?— Pergunta ela perplexa, mas num tom de brincadeira.
—Ela está apenas abrindo portas para novas possibilidades. Conhecendo pessoas novas e aprendendo a ouvir.
— Não sei quem são essas novas pessoas, mas se deixa minha filha com um sorriso lindo no rosto e a encoraja, Já os amo.—Diz mamãe, passando o polegar no meu rosto.
Mamãe e eu, terminamos o café e conversando sobre  coisas aleatórias.            Íamos almoça na minha vó. Então subi para meu quarto tomei um banho demorado. Visto um Jeans escuro com pequenos desfiados, uma regata lilás e um par de allstar branco de couro. Faço uma trança solta no meu cabelo e decidi ligar para Elise, para contar os últimos acontecimentos.

- Oi Lena, estava exatamente querendo te ligar, mas como sei que seu humor não é dos melhores de manhã decidi esperar.
Sua voz estava engasgada, meio triste. E logo percebi que tinha acontecido alguma coisa. Até perdi a empolgação de contar sobre os acontecimentos de ontem, pois eu precisava saber o que tinha acontecido com ela.
—Lise, amor por que sua voz me parece tão triste. Aconteceu alguma coisa?
— Amiga, quando acho que tudo está sem encaixando. Sempre acontece alguma coisa. Antes que eu conseguisse perguntar por que, ela diz:
—Alex, teve que ir embora. Ele foi estudar em Londres. E vai ficar lá por seis anos,  por isso achou melhor terminamos o que nem se quer havia começado. Acho que eu estou na fossa Lena, fico aqui ouvindo musicas melosas. Credo nem me reconheço.
—Sinto muito amiga, ele parecia um cara legal.
Me arrependi na hora de ter dito isso. Que espécie de amiga que sou.
—Quero dizer ele é legal, mas esta cheio de caras legais por aí. Vamos dar um jeito nisso.
—Lena ele era diferente. Não vou encontrar um cara divertido como ele.— Diz ela, desanimada.
—Lise vou almoçar com minha vó, vem pra casa a gente almoça, depois vamos até o Timmons Park. Tenho que encontrar Gabriel lá, para fazermos um trabalho.— Falei esperando que ela aceitasse minha oferta.
—Lena, não quero estragar seu momento com Gabriel. -Diz ela, e eu revirei os olhos.
—Não existe momento nenhum, pode parar com isso. É só um trabalho.— digo irritada.
— Desculpa amiga, mas a única que vai para fazer trabalho é você.— Tagarelou ela rindo.
O que me fez perceber que ela já estava bem melhor.
—Tanto faz, fique bem. Eu te amo!
Desliguei o celular e joguei-o na cama. Como ela pode ser tão irritante. Até mal a garota conseguia me tirar do sério. Estava um pouco apreensiva por ter que encontrar com Gabriel sozinha, mesmo que seja só para o trabalho de biologia ainda assim me incomodava.
Escuto meu celular vibrar, olho para tela. É uma mensagem de Gabriel.
"Bom dia! Espero não ter te acordado. É só para te lembrar de que hoje vamos nós encontra no Timmons Park. Te encontro lá às  2:00hr então?"
Sorri pelas carinhas de preocupado que ele me mandou. Responde, no mesmo instante. Pois odiava ficar esperando. Então imagino que ninguém goste.
"Às 02h00min estarei lá."
Queria escrever mais alguma coisa, mas não fazia ideia do que escrever. Então achei melhor não escrever mais nada.
Em menos de um minuto ele respondeu.
"Que bom! Então Te vejo lá daqui a 3h45mn."
Sorrio! Impressão minha ou ele estava contado às horas. Nossa Helena Como você, é infantil. Olhei a hora no celular e eram 10:16hr Como não tinha nada pra fazer fui da uma volta de bicicleta.
O ar estava meio gelado embora o dia estivesse ensolarado. Coloquei um casaquinho fininho, passei um quilo de protetor solar e fui. Eu amava andar pelo Swamp Rabbit hail, era uma maravilhosa trilha 28,2 km distâncias a pé e de bicicleta, era um canteiro que atravessa ao longo do rio Reedy, um corredor de estrada de ferro velho, parques e pontos de interesses da cidade para se conectar Travelers Rest com a cidade Grenville, era um sistema de trilhas em que grande parte segue o leito de uma antiga ferrovia que tinha sido apelidado depois dos indígenas Pântano Coelho.
Eu era uma negação para caminha então quando queria colocar meu corpo em forma eu pedalava.
...
Chegando à entrada da trilha sinto-me livre, as gigantesca árvores me cerca de um lado e do outro, exalando seu cheiro com efeito calmante. Sinto-me totalmente relaxada. Solto minhas mão para o alto e contemplo toda beleza que está em minha volta, às árvores parece lamber os céus de tão imensas que elas são. Passando pelo Falls Park, consigo ver dentre as árvores o lago que percorre grande parte do parque. Tem um monte de gente com seus cachorros, jogando objetos na água e o cachorro vai busca. Eu os observo, e é muito satisfatório ver os quão contentes eles ficam por pegar um minúsculo objeto e levar para seu dono, que repete novamente a brincadeira. Olho fascinada de como é fácil fazer um animalzinho feliz.
Contínuo pedalando por mais uns trintas minutos. Até que vejo uma figura totalmente conhecida, vindo em minha direção. Meu Deus! Tomara que ele não me veja, tomara que ele não me veja... Olho para o lado, fingindo que não  o vi.

A canção da Borboleta( EM REVISÃO )Onde histórias criam vida. Descubra agora