O alarme tocou, era quinta-feira. Hoje não teria nada bom no meu dia e eu teria aula com Tsukishima novamente.
Ao chegar na escola, todas as pessoas já estavam em seus grupinhos conversando alto em plena 7h da manhã. Cheguei na sala e me sentei na única cadeira vaga do lado da janela.
Kenma e Kuroo tem estado muito ocupados desde que entraram na seleção da Nekoma, então as ligações ficaram menos frequentes e cheguei a me perguntar o que seria de mim sem eles dois.
E então finalmente o professor de artes chegou na sala.– Bom dia! Se sentem em duplas para fazer um desenho sobre o interior de vocês!– Ele falou animado.
Depois de baratas, trabalho em grupo era a segunda coisa que mais me dava medo, porque eu sabia que nunca ia conseguir um grupo ou dupla para faze-lo.
– [Nome]!– o professor te chamou– Faça com o Kei, ele também está sem dupla.
Ao olhar para Tsukishima, ele encarava o professor como se quisesse matá-lo.
Peguei minha mesa e me juntei a ele do lado de sua mesa.
Com um papel em branco em cima dela, nenhum dos dois sabia o que fazer.
– O que tem no seu interior além de sarcasmo e humor ácido?– perguntei pegando meus lápis.
– Coca-Cola– Ele falou– E o que tem no seu interior além de Kageyama?
– Ele não está na minha mente, mas no meu interior tem decepção.
A conversa morre de imediato. Pegamos nossos lápis e começamos a desenhar.
Ele não tinha muita prática mas estava aparentemente se esforçando. Enquanto eu comecei o esboço de um rosto por algum motivo.
– A aula particular vai ser depois da última aula– Ele informou.
– Ok.
– Se você quiser sair para tomar sorvete depois, pode ser por minha conta...– Ele falou baixo.
Tsukishima Kei me convidando para tomar sorvete? Eu não sei o que deu nele para fazer esse convite, mas espero que dê mais vezes.
– Aceito!
Sem perceber, eu estava desenhando ele, e no auge do desenho, eu não iria apagar tudo.
– Estou te desenhando– Falei rápido.
Ele parou e olhou a outra metade do papel que era a sua parte.
– Parece um cachorro.
☆
A aula acabou, Kei e eu saímos em direção à biblioteca. Depois de comer um pedaço de bolo no intervalo, eu não via necessidade de almoçar e ele não falou sobre.A biblioteca estava mais cheia do que a última vez, porém continuava silenciosa. As mesas do segundo andar estavam ocupadas e a única vaga era uma no fundo do local.
Lá estava mais frio do que o resto do ambiente e cheguei a pensar que seria impossível aprender calculo naquele frio até sentir um tecido ser arremessado em mim.
– Toma– Ele falou ao jogar o moletom em mim. O moletom era preto e ficava sem dúvida duas vezes maior em mim.
–Obrigada– Falei colocando-o.
Ele pegou os cadernos e as folhas e começou a te explicar a teoria e depois passar os exercícios.
♡
– Por hoje é só– Ele falou guardando suas coisas.– meu Deus como eu odeio matemática– Falei colocando minha cabeça na mesa.
– Não é culpa da matemática que você é lerda e não lembra quanto é 4×4– Ele falou.
– Quem em sã consciência decidiu criar a multiplicação– Falei tirando o moletom e entregando para ele.
– Pelo menos agora vamos tomar sorvete– Ele falou. Quando nós éramos crianças, ele sempre amou sorvete, principalmente, o de morango.
Saímos da biblioteca, que já estava vazia novamente.
– Onde é a sorveteria?– perguntei andando ao seu lado.
– A um quarteirão, eu acho.
– Acha? Você nem sabe aonde você tá me levando?– Ri da situação e ele me encarou sorrindo de lado.
– Quando chegarmos lá, você vai saber.
Andamos e andamos passando por milhares de casas e calçadas não tão bem niveladas, jogando conversa fora até que vi luzes coloridas.
– Que lindo!– exclamei ao ver uma praça com sorveterias e food trucks espalhados ao redor.
– Vem– Ele pegou minha mão e andou até a barraquinha rosa. Senti um choque eletrizante na barriga com o contato físico e uma pequena sensação de tristeza quando ele soltou minha mão para pegar o dinheiro.
– Boa noite!– A atendente falou animada– o que vão querer?
– Dois sorvetes por favor– Ele respondeu.
– O dia de sorte de vocês, estamos com uma promoção para os casais!– Ele sorriu para nós dois.
Antes que eu pudesse falar qualquer coisa ele colocou o braço nos meus ombros.
– Que bom– Falou para a atendente–É uma promoção não fala nada– Ele sussurrou para mim.
– Quais os sabores?
– Um de morango e o outro de...– Ele olhou para mim esperando minha resposta.
– Chocolate.
– Morango e chocolate saindo– ela pegou os sorvetes e entregou para nos.
Na volta para casa, nós tomávamos os sorvetes então não havia como conversar, e quando vocês terminaram de toma-los, já estavam na frente da casa dele.
– Tchau, Tsukishima, obrigada por hoje– Me despedi indo abraçá-lo. Ele correspondeu o abraço.
– Tchau [Nome], e pode me chamar só de Kei.
Olhei ele entrar em sua casa e fui em direção à minha no final do quarteirão. Ao chegar lá, surpreendentemente, seus pais estavam em casa.
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°•ᴍᴀᴛᴇᴍáᴛɪᴄᴀ•° - 𝑻𝒔𝒖𝒌𝒊𝒔𝒉𝒊𝒎𝒂 𝑲𝒆𝒊
Romance"𝐄𝐥𝐞 𝐞𝐫𝐚 𝐟𝐫𝐢𝐨,𝐞 𝐞𝐥𝐚, 𝐩𝐨𝐫 𝐜𝐨𝐢𝐧𝐜𝐢𝐝ê𝐧𝐜𝐢𝐚, 𝐚𝐦𝐚𝐯𝐚 𝐨 𝐢𝐧𝐯𝐞𝐫𝐧𝐨" Após as notas baixíssimas em matemática, você é obrigada a ter aulas particulares com Tsukishima Kei, o garoto que você odeia desde a infância.