"𝐄𝐥𝐞 𝐞𝐫𝐚 𝐟𝐫𝐢𝐨,𝐞 𝐞𝐥𝐚, 𝐩𝐨𝐫 𝐜𝐨𝐢𝐧𝐜𝐢𝐝ê𝐧𝐜𝐢𝐚, 𝐚𝐦𝐚𝐯𝐚 𝐨 𝐢𝐧𝐯𝐞𝐫𝐧𝐨"
Após as notas baixíssimas em matemática, você é obrigada a ter aulas particulares com Tsukishima Kei, o garoto que você odeia desde a infância.
Corri para escola o mais rápido que consegui, os poucos minutos que eu tinha passaram voando. O vento batia no meu rosto suavemente e eu julgava que chegaria na sala toda suada, feliz aniversário, [Nome]!
Eu deveria estar pensando na bronca que a professora iria me dar? Provavelmente. Mas eu só conseguia pensar em um loiro e como eu talvez tenha sido dura demais com ele, mas só talvez... Não que eu fosse pedir desculpas mas eu gostaria de agradecer o presente e não deixar o clima ruim, afinal, ele era meu professor particular! Era só isso, não era porque eu estava percebendo seu lado carinhoso...
Nada disso, jamais!.
Cheguei na escola e subi as escadas confiante de que posso ser chamada para o time de corrida da escola. Cada degrau parecia um muro inteiro quando se está atrasada.
Olhei pela janela da minha sala de aula e o professor estava de costas, talvez ele nem notasse que eu estava...
– O que você tá fazendo?
Me assustei e olhei para o lado, só podia ser ele.
O uniforme de alguma forma que eu só conseguia notar agora caia bem nele, e os óculos... Para de pensar nisso, pelo amor de Deus!
– Ah...oi Tsukki,bem...– Estava tentando achar palavras que se encaixassem para o que eu queria dizer. "Obrigada"?Não, seria muito genérico, "desculpa"? Também não...
E de repente o barulho da porta abrindo se fez presente.
– O que vocês estão fazendo ai fora?– A voz grossa e firme da professora de matemática surgiu me libertando dos meus pensamentos, seria isso um livramento ou um castigo?.
– Eu acabei de chegar, desculpa o atraso realmente...
– É por isso que estava demorando no banheiro, Tsukishima Kei? E [Nome e sobrenome], pensei que quisesse melhorar mas ainda se dá o desprazer de chegar atrasada?
– Não seja tão grosseira, é aniversário dela professora– Ele me defende. ME DEFENDE? DESDE QUANDO ELE LIGA PARA ALGUÉM?
–Ah, então...– A mulher de baixa estatura tenta achar alguma palavra certa– Certo, hoje eu deixo passar, mas não chegue mais atrasada– E aponta diretamente o dedo na minha cara.
– Com certeza, professora!
E entramos na sala. Nada diferente do normal. Sento na única cadeira vaga, que, por uma coincidência infernal, era atrás de Kei.
Eu queria agradecer pelo presente, mas não sabia como. Até que uma ideia apareceu na minha cabeça e eu rasquei a folha do meu caderno, escrevi e passei para ele pelo braço da mesa.
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Ele pareceu surpreso quando eu cutuquei seu braço chamando atenção para o papel. Não demorou nem 5 segundos e ele devolveu. Alguma coisa remexeu no meu estômago, como se fosse uma ansiedade crescente... Para, é coisa da sua cabeça.
