3. Nightmares - Juliette

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  23.04.2020 - Quinta-feira

  A procura de Jules e Ben durante o dia anterior pelo apartamento perfeito foi longa,  mas por fim fecharam em uma lindo Loft, com um quintal maravilhoso, Jules bateu tanto o pé pois queria ter ar livre, algum espaço para deitar e olhar o céu com calmaria, e além disso ele ficava menos de 10 minutos da universidade, a tão sonhada por ambos Universidade College of Art and Design em Savannah, ambos desde pequenos se identificavam muito com Arquitetura e o sonho de ambos era irem juntos.

  Jules acordou na madrugada com o coração acelerado e a boca seca, correu até a cozinha cambaleando pelo sono, abriu a geladeira e bebeu toda a água que tinha em sua garrafa, e mesmo assim a sensação não passava

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  Jules acordou na madrugada com o coração acelerado e a boca seca, correu até a cozinha cambaleando pelo sono, abriu a geladeira e bebeu toda a água que tinha em sua garrafa, e mesmo assim a sensação não passava.

  - Que droga é essa? - disse Jules baixinho, colocou a mão na boca e logo teve a sensação de ter colocado os dedos em agulhas

  "Não, não, não, agora não, não assim, não, não, não"

  Correu o mais rápido para seu banheiro, porém como Jules não era nenhum pouco desastrada, para não dizer o contrário, enquanto subia as escadas esbarrou em um vaso que sua mãe tinha colocado no patamar no final do último degrau, e claro Ben estava dormindo logo a frente.

  - JULES, É VOCÊ??? - gritou Ben do quarto já se direcionando para a porta
  - JULES?? - gritou Ben de novo pegando um taco de beisebol que tinha como decoração
  - SIM BEN, SORRY - gritou Jules já fechando a porta do banheiro

  "Que merda, como sou desastrada" pensou baixinho

  Jules estava com tanto medo do que encararia olhando no espelho que se esqueceu da sede, se esqueceu do vaso, de Ben, só ficou alguns minutos sentada no chão com a cabeça entre os joelhos, até que:

  - Jules, você ta bem? - disse Ben com leves batidas na porta
  - Oi Ben, sim, acordei de um pesadelo (Ou não), foi só isso, desculpa ter acordado você, sou um desastre em pessoa... - disse Jules quase em um sussurro
  - Amiga, não faz mal, sei que sempre que tem esses pesadelos você fica 30x mais atordoada, e agora estamos finalmente morando juntos e sozinhos, está tudo bem, quer que eu fique aqui com você? - disse Ben com a voz barganhada de compreensão e carinho
  - Obrigada Ben, pode deitar, vou tomar um banho e voltar a dormir, temos muita coisa para fazer amanhã, eu te amo e... obrigada - disse Jules tentando ao máximo não chorar
  - Ok, qualquer coisa grita, mas não quebra outro vaso, por favor, eu te amo maninha - disse Ben saindo do quarto

  A boca da Jules se curvou em um leve sorriso com as palavras de Ben, mas logo se lembrou do motivo de estar naquele banheiro, respirou fundo várias e várias vezes e se levantou.

  "Coragem Jules, é quem você é, encare isso, aceite isso, quanto mais cedo melhor, Elisa nunca disse palavras muito fáceis mas ela está certa, preciso me aceitar assim, e depois lidar com tudo, um passo de cada vez"

  Jules sentindo sua espinha arrepiada com tudo que estava acontecendo, ter a visão das suas presas foi algo um tanto inesperado ainda mais no meio da noite, deu um leve pulo para trás e logo voltou o corpo para frente se curvando para o espelho, mais perto, quase tocando o espelho, analisou cada parte daquilo, cada parte de si mesma.

  Jules sentindo sua espinha arrepiada com tudo que estava acontecendo, ter a visão das suas presas foi algo um tanto inesperado ainda mais no meio da noite, deu um leve pulo para trás e logo voltou o corpo para frente se curvando para o espelho, ...

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  "Até que tem seu charme" pensou consigo mesma e riu do próprio pensamento

  Entrou na banheira com leveza, tentando acalmar seus pensamentos, dúvidas e anseios, já sabia que precisaria ligar para Elisa, pois sentia a sede subindo pela garganta, queimando e ardendo como quem acaba de tomar vodka pura, sabia que em nenhum momento iria ferir Ben, não conscientemente, e não gostaria de descobrir se inconscientemente o faria.

  Sua família possuía um hospital particular justamente para ter com o que se alimentar, foi assim desde de que Margot se apaixonou pelo seu pai.
  Dessa forma, Sebastian pai de Juliette cuidava de toda a parte burocrática como dono, sua mãe Margot administrava a parte financeira e Elisa fazia o que queria dentro dos limites estabelecidos.

  Na linhagem de vampiros imaculados, eles possuem muitos privilégios, vivem a milhões de anos entre os humanos, pois podem sair no sol, se alimentam de comida comum, não com o mesmo tesão que um humano e nem satisfazendo a fome com isso, mas podem, os antepassados de Jules acham um desrespeito a família se negar a matar para saciar a sede e ficar se contentando com bolsas de sangue, mas foi a forma mais justa que Margot e Sebastian encontram de criar as filhas longe de todo o patriarcado que o título de imaculados levava, foi desta forma.
  Até porque o romance proibido faz parte da família.

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