Doloroso

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Quem é vivo sempre aparece galerinhaera pra eu ter postado domingo mas eu me embolei todo essa semana e eu só consegui revisar e postar agr ☠✨Eu acho que proximo cap só sai daqui umas duas semanas, pq eu n tenho ele pronto e n sei muito bem como seguirmas acho que n vai passar dissovou ir postando e atualizando outras fics enquanto isso

Eu mudei levemente o nome da menina tbm pq achei mais bonito e é isso, vida que segue

É isso bora pro cap 🤧💖

Seu peito subia e descia de modo desenfreado, estava chorando desesperadamente por horas

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Seu peito subia e descia de modo desenfreado, estava chorando desesperadamente por horas. Parece errado ainda amá-lo, mesmo depois de todo esse tempo. Doía como o inferno lembrar dele indo embora, Eijirou não se virou quando o loiro gritou implorando para que ele ficasse.

É excruciante lembrar que ele não o escolheu, por que ele escolheria agora? Sua mente lógica não conseguia entender todas aquelas ações. Queria acreditar, queria ter a certeza de que Eijirou realmente o amava e não iria usá-lo de novo. Mas ele não tinha tem como saber, é um mal seu, queria ter o controle de tudo, ter conhecimento dos sentimentos alheios.

Horas atrás, estava correndo pelas ruas com sua filha desnorteada, gritando seu nome, ela esperando que lhe explicassem toda a conversa. Mas Katsuki não podia, seu cérebro não estava processando a conversa de minutos atrás, tentando desesperadamente encontrar as respostas que procurava.

Ouviu a campainha tocar, mas não a abriu, continuou chorando no quarto, tentando inutilmente puxar o ar entredentes. Quem atendeu foi Tanashi, abrindo a porta depois de ver quem era pelo olho mágico. Explicou toda a situação para a Alfa. A rosada a abraçou, tentando acalmar a garotinha abalada, seus feromônios de frutas vermelhas inundando a sala. Não era um cheiro que a Alfa odiava, mas mesmo assim, era um pouco enjoativo para si, preferia o do seu pai.

Quando o homem finalmente saiu do quarto, se deparou com Ashido mexendo uma panela no fogão, usando um avental velho que ela encontrou em uma das gavetas. Aproximou-se tímido, quase envergonhado, pelo horário, esperava não encontrar ninguém em casa, e que sua filha estivesse dormindo, mas conseguia ouvir o barulho da TV passando algum desenho aleatório.

– O que você está fazendo aqui?

– Cuidando da sua filha e de você

– Eu não pedi a sua ajuda.

– Mas Tanashi sim, ela estava desesperada no telefone, porque você se trancou no quarto e deixou de lado o seu filhote.

Isso fez seu estomago se revirar, a culpa o imundando aos poucos, soltando inconscientemente um cheiro azedo na cozinha, não queria ter causado toda essa situação, ele era melhor que isso, sabia que sim, criou uma filha sozinho afinal.

– Eu não queria que ela me visse daquele jeito – Ele foi sincero, sentando no banco ao redor da ilha da cozinha.

– O que você fez Katsu?

— Perguntou pacientemente, largou a comida por um minuto, circulou a ilha e sentou-se em outro banco ao lado do Ômega.

– Eijirou veio atrás de mim.

A rodada sentiu que o ar em seus pulmões havia sumido, seus olhos lacrimejaram e ficaram arregalados por um tempo, observando o homem à sua frente fungar.

– O Que? Por quê?

– Ele disse que quer meu perdão e que está pensando nisso durante anos – Soltou uma risada amarga e sem graça que fazia seu estômago se revirar e as costelas doerem – Ele vai atrás de vocês, do squad.

– Por quê?

– Eu não sei, talvez ele tenha percebido que era um filho da puta estúpido.

– Eijirou sabe da Tanashi?

Bakugou olhou para ela, a mulher parecia mais compreensiva, afinal, eles também tinham uma amizade de muitos anos, ele não sabia de onde tirou ela que ela poderia julga-lo.

– Você sabe que eu não contei, mas Kirishima continuou perguntando a ela sobre sua idade, e Tanashi não me obedeceu quando eu pedi para ela não contar.

Não culpava a garotinha, ela ainda era muito nova e aquela discussão estava começando a ficar fora de controle, e o loiro sabia muito bem como o ex vilão podia ser persuasivo.

– Isso é horrível – Ela sorriu, não era seu sorriso bonito, mas um sorriso triste e aterrorizado.

– É sim.

A alfa se levantou do banco, foi para a sala, olhando ao redor rapidamente, para se certificar de que a filhote não estava ouvindo a conversa, depois de ter a certeza de que a garotinha estava vidrada na TV voltou para a cozinha. Então ela desligou o fogo e olhou para o Ômega com incerteza.

– Vou pegar algo pra' gente beber.

Katsuki assentiu, seria bom tomar um pouco, ou talvez apenas acompanhar a mulher, conversar um pouco sobre aleatoriedades antes dela ir atrás de sua ômega que provavelmente ainda estava patrulhando pelas ruas da cidade.

A menção do trabalho fez Bakugou resmungar, incomodado com o fato de ter que se levantar da cama no dia seguinte. Ele não sabia se conseguiria se concentrar em uma luta quando tinha um turbilhão de pensamentos intrusivos dançando em sua mente.

Então mandou uma mensagem para a sua agência, torcendo que eles entendessem pelo menos um pouco e lhe dessem um tempo de folga. Suspirou vendo Mina trazer uma garrafa de vinho, colocou duas taças na mesa, as enchendo até a borda. Pegou uma delas e observou a rosada praticamente virar o líquido de uma vez goela abaixo.

– Me desculpe, eu não deveria ter contado.

–Claro que tinha, eu preciso saber dessas coisas – Ela ralhou, depois voltou a mexer na comida, servindo o risoto em três pratos enfeitados que ela pegou nos armários – Quando você vai contar para ela?

– Eu não sei, eu tenho que contar? – Perguntou, mesmo sabendo que sim, ele deveria já ter dito isso, aquilo era um direito de Tanashi, ele não sabia como fazer isso de qualquer maneira.

– Katsu...

– Certo, eu vou tentar falar sobre isso amanhã, espero que ela não me odeie.

Ele não zombou nem mesmo fora debochado, sua voz estava calma, como se estivesse tudo sob controle. Mas ele não tinha o controle de nada disso, e isso estava o deixando apavorado, completamente perdido depois que sua vida foi virada de cabeça para baixo em uma tarde.

– Ouvi dizer que Eijirou conseguiu uma licença de pro hero, uma negociação com o governo e algum tempo em reformatório. Vão encobrir tudo o que aconteceu para a mídia, ele vai tentar ganhar popularidade aos poucos, aposto que não vai demorar muito.

– Ashido comentou sobre esse detalhe, que estava esquecido até então, xingou o governo mentalmente por fazer isso com um ex vilão. Estava começando a duvidar das escolhas do governo, embora nunca tenha realmente colocado muita fé nele.

– Eu queria que ele nunca tivesse voltado, que ele não existisse mais.

– Eu sei, Kirishima ainda mexe comigo também , é uma droga.

– Vou chamar Tanashi, acho que esse é um assunto que não quero mais falar hoje.

Encerrou o assunto, ainda estava tudo embaçado dentro da sua cabeça, um ruído no fundo do ouvido o deixando zonzo e sem ar. Enfrentaria isso de qualquer jeito, como sempre fez, sozinho.

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⏰ Última atualização: Jul 01, 2022 ⏰

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