Quando suas mãos trazem meu corpo para se encaixar ao seu, sinto seu calor incinerar minha pele, espalhando um rastro caótico de sentimentos. O prazer invade cada centímetro de meu ser me fazendo balbuciar seu nome com minha voz ofegante, graças a forma que me deixa sem fôlego. Me enlouquecendo de desejo, me fazendo querer mais, a luxúria transborda de nossos beijos e reluz em nossos olhos, somos dois seres nós fundindo apenas por instantes, nós emaranhando pela pura necessidade carnal que sentimos um pelo outro, parecemos íntimos, sabemos tudo sobre os nossos corpos, entretanto não somos amigos, não somos amentes e nem tanto somos queridos, não nós conhecemos, não sei sua cor preferida, não sei qual livro mais gosta, não saberia dizer se não come nozes por que não gosta ou porque é alérgico, não sei. Porém entendo que quando estou nua sobre você, sei que prefere que eu lhe olhe nos olhos, sei onde gosta de ser tocado e compreendo que sempre beija minha testa quando terminamos porque tem medo que eu me sinta usada. Eu acho que somos corpos íntimos com almas desconhecidas.