Me afundei dentro do meu mundo, havia me tornado incapaz de sentir o êxtase sobre sentimentos novos.
Um dia percebi que estava em um ciclo de incapacidade e sobrevivência, sem conseguir desfrutar de toda a tristeza ou alegria que o mundo real me proporcionava.
Foi aí que conheci um novo ser, de uma forma inesperada e divertida.
Esse ser estava gritando por estar em um ciclo parecido com o meu, seus gritos despertaram minha, até então esquecida, assassinante curiosidade.
Com minha curiosidade desperta, passei a pensar naquele ser como "ela", me sentindo extremamente animado por receber uma nova destrutiva euforia.
Quão confusos são meus recém desenterrados sentimentos, que me fazem pensar nela quando deveria pensar apenas em mim mesmo.
Afogado em hipocrisia eu me encontro, desejando que sentimentos irritantes como a "felicidade" aqueçam a alma daquele ser angustiado.
Eu conheço as minhas limitações, sei que não sou capaz de transformar as dores dela em sentimentos bons, não posso sumir com a sua letargia.
Doce egoísmo que corta minha pele, me dizendo para abraçá-lo ao invés de rejeitá-lo.
Estou me tornando fraco e cedendo ao egoísmo, isso me fez pensar naquele ser não como "ela", mas como "você".
Meu egoísmo deu as mãos à minha curiosidade e talvez seja isso o que chamam de paixão.
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Quimera
PoetryEsta é uma escritura feita apenas para um certo alguém. Foi a primeira vez que escrevi pensando em outra pessoa. Neste "livro" eu expresso em palavras (ou tento) a transação dessa pessoa entre o "conhecer", "descobrir" e o "gostar". Algo como vê...